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Dez pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo dois ônibus na manhã desta segunda-feira, no bairro Santa Felicidade. Um dos ônibus envolvidos é do transporte coletivo da cidade e o outro é fretado, para o transporte de funcionários de empresas. A suspeita inicial é de que um deles teria furado o sinal. O motorista do coletivo, André Machado Soares, diz que o sinal estava verde. O Soldado Damásio, do Corpo de Bombeiros, conta que uma mulher, em estado grave, foi encaminhada para o Hospital do Trabalhador, com várias fraturas. Dos sete feridos encaminhados para o Hospital Evangélico, nenhum corre risco de morte. Outros três foram levados para o Hospital do Trabalhador. Destes, dois já foram liberados. No último dia 8, 40 pessoas ficaram feridas em outro grave acidente entre dois coletivos, na Travessa da Lapa, centro da cidade. Um laudo do Instituto de Criminalística vai apontar a causa desse acidente. O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e região, Anderson Teixeira, denuncia que a pressão sobre os motoristas pode contribuir para a ocorrência de acidentes. Teixeira diz que o estresse gera pedidos de afastamento do trabalho. Outro problema está nas punições que a categoria recebe, segundo o sindicalista. O salário da categoria é de pouco mais de mil reais. Mas eles podem receber multas por falhas no trabalho, como atrasos, que podem chegar a mil reais. De acordo com a Urbs, só existe multa para atrasos injustificados. A Urbs notifica a empresa de ônibus, para que ela apresente defesa. Se não houver justificativa, só a empresa é multada. A Urbs informou ainda que há controle de horários e pesquisa de demanda do Transporte Coletivo. Quando necessário, a tabela é flexibilizada, com aumento do tempo de viagem ou do número de ônibus.
Cerca de 130 detentos fizeram uma rebelião hoje, de madrugada, em Arapongas, na região noroeste do estado. Por volta de duas horas da manhã, eles fizeram um dos presos reféns, e tentaram fugir da carceragem. Segundo o delegado Valdir Fernandes, os detentos simularam uma situação médica para começar a rebelião. O preso refém foi amarrado em um colchão, e ameaçado de ter o corpo queimado. A rebelião foi controlada meia hora depois. No entanto, a carceragem ficou bastante destruída. A previsão é de que os detentos voltem às celas até o começo da noite. Durante o pente fino, a polícia encontrou apenas alguns carregadores improvisados de telefones celulares, uma tesoura, e outros pequenos objetos. A cadeia de Arapongas está superlotada, com 160 presos em um espaço para 36. Em agosto do ano passado, o local chegou a ser interditado pelo Ministério Público, mas continuou recebendo presos. Não há previsão de novas transferências para outras cadeias.