DILMA PASSA PELO TESTE DE FIDELIDADE HOJE NA CÂMARA...MINÍMO TEM QUE SER R% 545

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Votação do mínimo será um teste de fidelidade

O projeto que estabelece o salário mínimo em R$ 545 mensais será usado pela presidenta Dilma Rousseff para verificar, afinal, o tamanho do apoio parlamentar ao seu governo. Ela proibiu os articuladores políticos, sob a coordenação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), de ceder a pressões por cargos ou para liberar emendas. “Vamos ver com quem o governo pode contar no Congresso”, disse a um senador.

Corpo-a-corpo

O vice Michel Temer arrumou um pretexto para entrar no corpo-a-corpo pelo mínimo de R$ 545: fará palestra na CCJ da Câmara, nesta quarta.

Fatura liquidada

O governo dispõe de “gordura” para ceder um pouco mais, na definição do valor do salário mínimo, mas não vê necessidade de “queimá-la”.

Musa

É notável a semelhança do pintor Romero Britto – que presenteou a presidenta com um retrato – com a própria retratada...

Último a saber

Nelson Jobim (Defesa) nem sabia que seu ministério fora duramente atingido pelos cortes no Orçamento, revelados ontem nesta coluna.

Líder continua brigando, agora com seu PMDB

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), entrou em 2011 com a faca nos dentes. Ele se estranhou com Dilma pela partilha de cargos, reclamou (foi o único) quando a presidenta livrou a estatal Furnas de Eduardo Cunha (RJ), e agora irrita o PMDB: de olho na sua candidatura a presidente da Casa, daqui a dois anos, cedeu ao PP a comissão de Minas e Energia, uma das três do PMDB.

Magoou

O deputado José Priante (PMDB-PA), que queria presidir a comissão de Minas e Energia, anda chateado com o líder de sua bancada.

Espelho meu

Jornalão paulista publicou ontem o que os nossos leitores já sabiam: o ex-ministro Helio Costa é pretendido para um cargo de direção na TIM.

Rio de quê?

Assim como culpou os prefeitos pela tragédia na região serrana, Sergio Cabral age como se a operação PF não tenha sido contra sua polícia.

Sete meses de espera

Completou sete meses segunda-feira (14) o “pedido de vista” do ministro Aroldo Cedraz, impedindo o Tribunal de Contas da União de homologar parecer de seu órgão técnico, com o objetivo de evitar a privatização os portos na marra, como querem poderosas empresas.

Omissão suspeita

Diante da suspeita omissão da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq) de cumprir a legislação vigente e impedir a privatização forçada dos portos, a Federação Nacional dos Portuários recorreu ao TCU.

Exame com lupa

Diante do descalabro que encontrou, o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, pediu a ajuda de quatro auditores para examinar com lupa cada contrato e cada novo edital. Isso retarda o processo, mas afasta o risco de maracatuaias.

Farra no ar

O Ministério Público do DF apurou que só a emissora de rádio de um ex-deputado faturou R$ 7 milhões nos oito meses do governo Rogério Rosso, no Distrito Federal. A farra anual consumia R$ 200 milhões.

Outra morte

Réu por homicídio doloso de Maria de Cristina da Silva há três anos, em Brasília, o cirurgião Lucas Seixas Doca Jr foi acusado ontem, na Justiça, de fraudar o prontuário de Fernanda Wendling, professora do UniCeub, morta em 2006. Também é acusado de demorar a socorrê-la.

E cadeia, nada?

Miguel Lucena, presidente da Codeplan, órgão de pesquisa do governo do DF, acabou com uma mamata: cinco servidores ganhavam R$ 9 mil por mês, há oito anos, para receber chamadas de bip ou torpedo de celular, para o caso de serem chamados ao trabalho com urgência.

Ligações de Decat

Citado como amigo de José Sarney, o novo presidente de Furnas, Flávio Decat, é mais ligado ao senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), em cujo governo dirigiu a estatal Cemig. Mas a principal ligação de Decat é mesmo à presidenta Dilma, de quem tem confiança total.

Que Mubarak?

Os norte-coreanos não souberam dos protestos e da queda do ditador Hosni Mubarak. O jornal sul-coreno JoongAngllbo diz que a única prestadora de serviço de celular da ditadura de Kim Jong-il é...egípcia.

Pensando bem...

...se o rei Ronaldo está “morto” para o futebol, então viva o gordo!

Poder sem pudor

O general inconfiável

Foto Após deixar a presidência, Ernesto Geisel soube que sua própria segurança estivera envolvida em conspiração para matá-lo. O general que extinguiu o AI-5 reagiu com bom humor, assim como o general Golbery do Couto e Silva. O então chefe da Casa Civil contou a Elio Gaspari, em “A Ditadura Encurralada” (Cia das Letras, SP, 525 pp, R$ 56), por que jamais confiou no chefe da segurança de Geisel, tenente-coronel Germano Arnoldi Pedrozo: - ...ele, depois de um dia de trabalho, ia para casa e ficava meia hora plantando bananeira, numa posição de ioga. Eu não confio em gente que faz essas coisas.