PAULO MELO CORUJA NEWS
Manifestantes querem fim do regime de Kadhafi, há 42 anos no poder.
Protestos e violência na Líbia começaram há uma semana
Manifestantes querem fim do regime de Kadhafi, há 42 anos no poder.
Entidades de direitos humanos calculam que pode haver até 400 mortos.
O regime do coronel Muammar Kadhafi, há mais de 40 anos no poder, enfrentava protestos de magnitude sem precedentes nesta segunda-feira (21), e várias cidades líbias caíram em poder dos manifestantes.
Seguem os principais acontecimentos registrados durante a última semana:
15/16 de fevereiro: a polícia dispersa manifestação contra o governo em Benghazi, a segunda cidade do país e baluarte dos opositores ao regime, a 1.000 km a leste de Trípoli. Pelo menos 38 pessoas ficam feridas.
17: seis pessoas morrem em confrontos em Benghazi e duas em Al-Baida.
Desde quarta-feira são realizados comícios e passeatas a favor do regime, na capital. O coronel Kadhafi aparece rapidamente em meio à multidão à noite.
A rede de socialização Facebook já não é acessível e as conexões à internet sofrem fortes perturbações.
19: Em Benghazi, pelo menos 12 pessoas perdem a vida, quando o exército tenta dispersar com balas reais os manifestantes que atacavam um quartel.
20: os protestos parecem transformar-se em insurreição no leste do país. Em Benghazi, morrem 60 pessoas.
As autoridades anunciam a detenção de dezenas de cidadãos árabes pertencentes a uma rede encarregada de desestabilizar o país.
As sedes de un canal de televisão e de uma rádio públicas são saqueadas por manifestantes, e incendiados vários postos policiais e locais de reunião dos comitês revolucionários.
Como todos os dias da semana, os partidários do regime desfilam pela capital. À noite, foram registrados confrontos na Praça Verde.
Durante discurso transmitido pela televisão, Saif al Islam, filho do coronel Kadhafi, reconhece que o país está à beira da guerra civil e adverte para o risco de um massacre.
De acordo com Al Islam, a Líbia é alvo de uma conspiração de elementos líbios e estrangeiros, para destruir a unidade do país e instaurar uma república islamita.
21: Human Rights Watch (HRW) assinala mais de 233 mortos e a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), entre 300 e 400 mortos.
O ministro da Justiça Mustapha Abdel Jalil renuncia "para protestar contra o uso desmedido da força" contra os manifestantes.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse ao dirigente líbio, em telefonema, que a violência contra os manifestantes deve "cessar de imediato".
A UE e a Otan "condenam" a repressão e pedem o fim "imediato" da violência. O Brasil e diversos outros países repudiaram a violência contra manifestantes desarmados.
Muitas empresas estrangeiras, como as franceses Total e Vinci e a italiana ENI, anunciam a retirada de seus empregados.
Os Estados Unidos ordenam a repatriação de seu pessoal diplomático "não essencial".
Saif al Islam anuncia a criação de uma comissão de investigação sobre a violência.
Seguem os principais acontecimentos registrados durante a última semana:
15/16 de fevereiro: a polícia dispersa manifestação contra o governo em Benghazi, a segunda cidade do país e baluarte dos opositores ao regime, a 1.000 km a leste de Trípoli. Pelo menos 38 pessoas ficam feridas.
17: seis pessoas morrem em confrontos em Benghazi e duas em Al-Baida.
Moradores sobre tanque com a bandeira nacional pré-Kadhafi, nesta segunda-feira (21), na cidade líbia de Benghazi. (Foto: AP)
18: Mais de 40 mortos nos enfrentamentos, no leste do país, sobretudo em Benghazi. Em Al-Baida, dois policiais que tentam dispersar manifestação são capturados por manifestantes e enforcados.Desde quarta-feira são realizados comícios e passeatas a favor do regime, na capital. O coronel Kadhafi aparece rapidamente em meio à multidão à noite.
A rede de socialização Facebook já não é acessível e as conexões à internet sofrem fortes perturbações.
19: Em Benghazi, pelo menos 12 pessoas perdem a vida, quando o exército tenta dispersar com balas reais os manifestantes que atacavam um quartel.
As autoridades anunciam a detenção de dezenas de cidadãos árabes pertencentes a uma rede encarregada de desestabilizar o país.
As sedes de un canal de televisão e de uma rádio públicas são saqueadas por manifestantes, e incendiados vários postos policiais e locais de reunião dos comitês revolucionários.
Como todos os dias da semana, os partidários do regime desfilam pela capital. À noite, foram registrados confrontos na Praça Verde.
Durante discurso transmitido pela televisão, Saif al Islam, filho do coronel Kadhafi, reconhece que o país está à beira da guerra civil e adverte para o risco de um massacre.
De acordo com Al Islam, a Líbia é alvo de uma conspiração de elementos líbios e estrangeiros, para destruir a unidade do país e instaurar uma república islamita.
21: Human Rights Watch (HRW) assinala mais de 233 mortos e a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), entre 300 e 400 mortos.
O ministro da Justiça Mustapha Abdel Jalil renuncia "para protestar contra o uso desmedido da força" contra os manifestantes.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse ao dirigente líbio, em telefonema, que a violência contra os manifestantes deve "cessar de imediato".
A UE e a Otan "condenam" a repressão e pedem o fim "imediato" da violência. O Brasil e diversos outros países repudiaram a violência contra manifestantes desarmados.
Muitas empresas estrangeiras, como as franceses Total e Vinci e a italiana ENI, anunciam a retirada de seus empregados.
Os Estados Unidos ordenam a repatriação de seu pessoal diplomático "não essencial".
Saif al Islam anuncia a criação de uma comissão de investigação sobre a violência.