PAULO MELO CORUJA NEWS
Ocidente prepara texto para impedir
Marco Longari/AFP
- Os franceses e os britânicos estão trabalhando em um texto que será submetido bastante rápido pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU. Há um sentimento de urgência. Não podemos deixar que a população seja esmagada sem fazer nada.
Com a zona de exclusão, ficam impedidos de circular aviões militares – ou mesmo civis – no espaço determinado. Ela pode ser adotada para impedir ataques aéreos e evitar um massacre, além de envolver questões de segurança.
Outro diplomata ouvido pela France Presse disse que a resolução pode acontecer ainda nesta semana.
- Depende do que acontecer no local. Se houver graves violações dos direitos humanos ou se mercenários estiverem envolvidos [poderão atacar].
A adoção de uma nova resolução sobre uma zona de exclusão aérea pelos 15 membros do Conselho de Segurança parece delicada, segundo uma terceira fonte. Alguns países, como China e Rússia, são reticentes a esta opção.
Decisão precisa de apoio regional
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, confirmou que o Reino Unido está trabalhando em um projeto que estabeleça uma zona de exclusão aérea, mas disse que o texto necessita do apoio regional e de "uma base legal clara".
O chanceler britânico indicou que os rebeldes líbios "já pediram explicitamente uma zona de exclusão aérea".
A Liga Árabe transmitiu nesta segunda-feira (7) seu apoio ao projeto de resolução, anunciou o ministério francês das Relações Exteriores.
Também demonstraram favoráveis à criação da zona as monarquias árabes do Golfo, segundo um comunicado emitido ao término de uma reunião de chanceleres do Conselho de Cooperação do Golfo, em Abu Dabi.
Ministro líbio acusa conspiração do Ocidente
De Trípoli, o ministro líbio das Relações Exteriores, Mussa Kussa, acusou Estados Unidos, Reino Unido e França de "conspirar" para dividir a Líbia.
Por sua vez, o embaixador dos EUA ante a Otan, Ivo Daalder, afirmou que seu país considera "uma zona de exclusão aérea como uma possibilidade" e acrescentou que a atividade aérea das forças leais ao coronel Gaddafi diminuiu depois de alcançar o pico na semana passada.
Após uma reunião para discutir as diferentes opções que existem para responder à violência registrada na Líbia, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, advertiu que os ataques contra populações civis na Líbia podem constituir "crimes contra a humanidade" e afirmou que, se prosseguirem, a comunidade internacional não poderá permanecer "passiva".
EUA admitem possibilidade de intervenção militar
O presidente americano, Barack Obama, advertiu os assessores do ditador líbio que deverão responder pela violência em seu país, em declarações a jornalistas.
A Casa Branca também afirmou que avalia entregar armas aos rebeldes, mas estimou "prematuro" agir agora, segundo Jay Carney, porta-voz de Obama.
Até agora, a Rússia se converteu no primeiro país do Conselho a rejeitar qualquer ingerência estrangeira na Líbia, explicou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
- Não consideramos a ingerência externa, em especial militar, como um meio para resolver a crise na Líbia. Os líbios devem resolver seus problemas.
O Conselho de Segurança adotou no dia 26 de fevereiro uma resolução sobre a Líbia que impunha sanções contra Gaddafi, sua família e pessoas próximas, que contemplam principalmente a proibição de viajar e o congelamento de bens.
Ocidente prepara texto para impedir
circulação de aviões na Líbia
França e Reino Unido trabalham no projeto com urgência, para evitar mais mortes
Do R7, com AFP
Marco Longari/AFPRebeldes se protejem depois que bomba foi lançada por um jato da Força Aérea na periferia da cidade de Ras Lanuf
A França e o Reino Unido trabalham em um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia, que será apresentado "bastante rápido", afirmou uma fonte diplomática à agência de notícias France Presse que não quis se identificar.
- Os franceses e os britânicos estão trabalhando em um texto que será submetido bastante rápido pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU. Há um sentimento de urgência. Não podemos deixar que a população seja esmagada sem fazer nada.
Com a zona de exclusão, ficam impedidos de circular aviões militares – ou mesmo civis – no espaço determinado. Ela pode ser adotada para impedir ataques aéreos e evitar um massacre, além de envolver questões de segurança.
Outro diplomata ouvido pela France Presse disse que a resolução pode acontecer ainda nesta semana.
- Depende do que acontecer no local. Se houver graves violações dos direitos humanos ou se mercenários estiverem envolvidos [poderão atacar].
A adoção de uma nova resolução sobre uma zona de exclusão aérea pelos 15 membros do Conselho de Segurança parece delicada, segundo uma terceira fonte. Alguns países, como China e Rússia, são reticentes a esta opção.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, confirmou que o Reino Unido está trabalhando em um projeto que estabeleça uma zona de exclusão aérea, mas disse que o texto necessita do apoio regional e de "uma base legal clara".
O chanceler britânico indicou que os rebeldes líbios "já pediram explicitamente uma zona de exclusão aérea".
A Liga Árabe transmitiu nesta segunda-feira (7) seu apoio ao projeto de resolução, anunciou o ministério francês das Relações Exteriores.
Também demonstraram favoráveis à criação da zona as monarquias árabes do Golfo, segundo um comunicado emitido ao término de uma reunião de chanceleres do Conselho de Cooperação do Golfo, em Abu Dabi.
Ministro líbio acusa conspiração do Ocidente
De Trípoli, o ministro líbio das Relações Exteriores, Mussa Kussa, acusou Estados Unidos, Reino Unido e França de "conspirar" para dividir a Líbia.
Por sua vez, o embaixador dos EUA ante a Otan, Ivo Daalder, afirmou que seu país considera "uma zona de exclusão aérea como uma possibilidade" e acrescentou que a atividade aérea das forças leais ao coronel Gaddafi diminuiu depois de alcançar o pico na semana passada.
Após uma reunião para discutir as diferentes opções que existem para responder à violência registrada na Líbia, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, advertiu que os ataques contra populações civis na Líbia podem constituir "crimes contra a humanidade" e afirmou que, se prosseguirem, a comunidade internacional não poderá permanecer "passiva".
EUA admitem possibilidade de intervenção militar
O presidente americano, Barack Obama, advertiu os assessores do ditador líbio que deverão responder pela violência em seu país, em declarações a jornalistas.
A Casa Branca também afirmou que avalia entregar armas aos rebeldes, mas estimou "prematuro" agir agora, segundo Jay Carney, porta-voz de Obama.
Até agora, a Rússia se converteu no primeiro país do Conselho a rejeitar qualquer ingerência estrangeira na Líbia, explicou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
- Não consideramos a ingerência externa, em especial militar, como um meio para resolver a crise na Líbia. Os líbios devem resolver seus problemas.
O Conselho de Segurança adotou no dia 26 de fevereiro uma resolução sobre a Líbia que impunha sanções contra Gaddafi, sua família e pessoas próximas, que contemplam principalmente a proibição de viajar e o congelamento de bens.