PAULO MELO CORUJA NEWS
JOICE HASSELMANN
Do blog do Josias de Souza
De passagem por Brasília, Lula produziu uma reviravolta na rotina do Palácio do Planalto. Portou-se como se ainda fosse o presidente.
Empurrada pelo ex-chefe, Rousseff trocou a parcimônia nos contatos políticos por uma volúpia de afabilidade.
De uma tacada, marcou duas reuniões com congressistas. Nesta quinta (26), almoça com a bancada de senadores do PT.
Na próxima semana, Dilma vai receber as lideranças dos outros partidos do condomínio governista.
JOICE HASSELMANN
Da Agência Senado
Os livros didáticos com erros de português distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio pelo Ministério da Educação (MEC) levaram o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), a entrar com representação contra o ministro da Educação junto ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O anúncio da providência foi feito pelo parlamentar em discurso da tribuna nesta quarta-feira (25).
Na opinião do senador, os livros em questão transmitem “um ensinamento que compromete a formação dos jovens”. Ele também apontou, nas obras, “proselitismo político afrontoso à Constituição”, argumentando que “todos eles criticam a gestão de um ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso”.
Alvaro Dias disse que o ministro Fernando Haddad foi convidado a comparecer à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) na semana passada, mas não o fez e que, por isso, optou pela representação. O parlamentar embasou a representação considerando que as obras em questão causam prejuízo ao patrimônio cultural e histórico brasileiro, conforme previsto no art. 1º, inciso IV, da Lei 7.347/85. Ele afirmou que entrará também com ação cautelar para suspender a prática dos atos lesivos, com base no artigo 4º dessa lei.
Os livros didáticos com erros de português distribuídos a alunos do ensino fundamental e médio pelo Ministério da Educação (MEC) levaram o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), a entrar com representação contra o ministro da Educação junto ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O anúncio da providência foi feito pelo parlamentar em discurso da tribuna nesta quarta-feira (25).
Na opinião do senador, os livros em questão transmitem “um ensinamento que compromete a formação dos jovens”. Ele também apontou, nas obras, “proselitismo político afrontoso à Constituição”, argumentando que “todos eles criticam a gestão de um ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso”.
Alvaro Dias disse que o ministro Fernando Haddad foi convidado a comparecer à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) na semana passada, mas não o fez e que, por isso, optou pela representação. O parlamentar embasou a representação considerando que as obras em questão causam prejuízo ao patrimônio cultural e histórico brasileiro, conforme previsto no art. 1º, inciso IV, da Lei 7.347/85. Ele afirmou que entrará também com ação cautelar para suspender a prática dos atos lesivos, com base no artigo 4º dessa lei.
O Paraná participa de um fórum estadual de educação para discutir a elaboração de um plano nacional 2011/2020. Desde o início da semana, são apresentadas as metas do programa e as propostas para melhorar a educação no estado. O fórum conta com representantes das universidades estaduais e federais do Paraná, do Instituto Federal do Paraná, das secretarias de Estado da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do Conselho Estadual de Educação. Para o vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, a educação tem que ser uma prioridade.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, ressalta a importância do investimento na educação profissional.
O fórum vai até o dia 20 de junho, quando os parlamentares vão receber as contribuições do evento. Além de Curitiba, cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Guarapuava e Ponta Grossa também vão receber sessões de debate.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, ressalta a importância do investimento na educação profissional.
O fórum vai até o dia 20 de junho, quando os parlamentares vão receber as contribuições do evento. Além de Curitiba, cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Guarapuava e Ponta Grossa também vão receber sessões de debate.
O kit contra a homofobia preparado pelo governo federal gerou muito bate boca antes mesmo de ficar pronto, e agora rende discussão porque a distribuição nas escolas foi suspensa. Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o material apresentado à presidente Dilma Rousseff foi equivocado.
Toni Reis defende o conteúdo do material. Por outro lado, a ala evangélica, que sempre se colocou contrária ao kit, aprova a decisão da presidente.
Toni Reis defende o conteúdo do material. Por outro lado, a ala evangélica, que sempre se colocou contrária ao kit, aprova a decisão da presidente.
Os servidores da prefeitura de Curitiba marcaram para este final de semana manifestações para protestar pela desvalorização da categoria. Há cinco meses, os trabalhadores tentam negociar com os gestores municipais melhorias no salário, nas condições de trabalho e nas gratificações. No sábado e no domingo, cerca de 150 funcionários públicos vão as ruas com bonecos gigantes em uma representação ao prefeito e aos servidores. O prefeito Luciano Ducci oferece um piso de 901 reais, mas a categoria quer que esse valor seja de mil e cem reais, segundo o que explica o diretor do sindicato do servidor do meio ambiente, Leandro Fransél Alves. Ele afirma que os servidores também reclamam das más condições de trabalho. Os protestos vão ocorrer no final de semana, a partir das nove horas da manhã.
Quase cinco milhões de paranaenses participaram do Dia do Desafio, realizado ontem em todo o mundo. O número representa 51,68% da população do estado. Dos 399 municípios paranaenses, 345 participaram do evento. O resultado das cidades vencedoras deve ser divulgado ainda hoje. Curitiba competiu com Región de Los Lagos, no Chile. No ano passado, a cidade venceu a disputa contra Caracas, capital da Venezuela. 790 mil curitibanos praticaram atividades físicas no dia do desafio do ano passado, o equivalente a 42,72% da população.
Da Agência Estado
A presidente Dilma Roussef fez nesta quinta-feira, 26, uma defesa veemente do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, durante uma solenidade pública de assinatura de convênios para a construção de quadras esportivas em escolas, na qual Palocci estava presente.
“Palocci está dando todas as explicações. Espero que essa questão não seja politizada como (foi) ontem (quarta-feira)”, disse a presidente, numa referência à questão levantada pelo PSDB em torno da restituição do imposto de renda da empresa WTorre, para a qual o ministro Palocci prestou consultoria.
Dilma considerou o episódio “lastimável” e explicou que a Receita Federal demorou dois anos para fazer a restituição do imposto de renda à empresa e que uma decisão judicial determinou o pagamento.
A presidente Dilma Roussef fez nesta quinta-feira, 26, uma defesa veemente do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, durante uma solenidade pública de assinatura de convênios para a construção de quadras esportivas em escolas, na qual Palocci estava presente.
“Palocci está dando todas as explicações. Espero que essa questão não seja politizada como (foi) ontem (quarta-feira)”, disse a presidente, numa referência à questão levantada pelo PSDB em torno da restituição do imposto de renda da empresa WTorre, para a qual o ministro Palocci prestou consultoria.
Dilma considerou o episódio “lastimável” e explicou que a Receita Federal demorou dois anos para fazer a restituição do imposto de renda à empresa e que uma decisão judicial determinou o pagamento.
Do Josias de Souza
Em dois dias, a oposição obteve no Senado o apoio de 20 senadores à abertura de uma CPI para investigar o ‘Paloccigate’.
Para que a investigação seja inaugurada, são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Faltam, portanto, sete.
A marca de duas dezenas foi alcançada nesta quarta (26), graças a uma adesão inesperada.
Levou o jamegão ao requerimento da CPI o senador governista Clésio Andrade (PR-MG), presidente da Confederação Nacional do Transporte.
Coube ao líder tucano Alvaro Dias (PR) coletar a assinatura de Clésio, um insurgente com o qual o Planalto não contava.
Em dois dias, a oposição obteve no Senado o apoio de 20 senadores à abertura de uma CPI para investigar o ‘Paloccigate’.
Para que a investigação seja inaugurada, são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Faltam, portanto, sete.
A marca de duas dezenas foi alcançada nesta quarta (26), graças a uma adesão inesperada.
Levou o jamegão ao requerimento da CPI o senador governista Clésio Andrade (PR-MG), presidente da Confederação Nacional do Transporte.
Coube ao líder tucano Alvaro Dias (PR) coletar a assinatura de Clésio, um insurgente com o qual o Planalto não contava.
Do Contas Abertas
Depois de passar 12 anos tentando discutir o novo Código Florestal, a Câmara dos Deputados aprovou ontem o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB). Foram 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção. Agora a expectativa é para novos embates no Senado, de forma a definir o texto final sobre como deve ser a preservação de rios, florestas e encostas junto com o plantio de culturas e da criação de animais.
Na redação do novo código votado na Câmara, constam pontos cruciais para a atividade agrícola, entre eles, a anistia dos responsáveis por desmatamentos ocorridos até 2008 e a determinação que pequenas propriedades não precisam manter a chamada reserva legal.
Ontem o governo não entrou em consenso com as bancadas ambientalista e ruralista, em todo caso, o orçamento deste ano mostra que há recursos para serem usados nas ações de combate ao desmatamento.
Depois de passar 12 anos tentando discutir o novo Código Florestal, a Câmara dos Deputados aprovou ontem o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB). Foram 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção. Agora a expectativa é para novos embates no Senado, de forma a definir o texto final sobre como deve ser a preservação de rios, florestas e encostas junto com o plantio de culturas e da criação de animais.
Na redação do novo código votado na Câmara, constam pontos cruciais para a atividade agrícola, entre eles, a anistia dos responsáveis por desmatamentos ocorridos até 2008 e a determinação que pequenas propriedades não precisam manter a chamada reserva legal.
Ontem o governo não entrou em consenso com as bancadas ambientalista e ruralista, em todo caso, o orçamento deste ano mostra que há recursos para serem usados nas ações de combate ao desmatamento.
Do Ivan Santos
O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) defendeu ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) decida pelo veto integral ao texto que revoga o atual Código Florestal, aprovado na noite de terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados. “Não há meio-termo. Se o Senado não corrigir o texto do Aldo Rebelo, o veto de Dilma ao novo Código Florestal tem que ser total”, afirma. “A maioria dos artigos do projeto está interligada, não há como vetar apenas alguns deles de forma isolada”, alega. “A anistia a desmatadores não é uma vergonha nacional, é uma vergonha mundial”, declarou o petista.
Já o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD) comemorou a aprovação do texto. Segundo ele, os produtores rurais estavam sendo ameaçados por uma legislação que deixava na ilegalidade cerca de 90% dos agricultores do país. “Não tem cabimento um País como o nosso, que depende da agropecuária para suas divisas, para a geração de emprego, penalizar seus produtores, homens que trabalham de sol a sol, por uma visão muitas vezes unilateral de quem nem conhece a realidade do campo brasileiro”, afirmou Sciarra.
O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) defendeu ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) decida pelo veto integral ao texto que revoga o atual Código Florestal, aprovado na noite de terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados. “Não há meio-termo. Se o Senado não corrigir o texto do Aldo Rebelo, o veto de Dilma ao novo Código Florestal tem que ser total”, afirma. “A maioria dos artigos do projeto está interligada, não há como vetar apenas alguns deles de forma isolada”, alega. “A anistia a desmatadores não é uma vergonha nacional, é uma vergonha mundial”, declarou o petista.
Já o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD) comemorou a aprovação do texto. Segundo ele, os produtores rurais estavam sendo ameaçados por uma legislação que deixava na ilegalidade cerca de 90% dos agricultores do país. “Não tem cabimento um País como o nosso, que depende da agropecuária para suas divisas, para a geração de emprego, penalizar seus produtores, homens que trabalham de sol a sol, por uma visão muitas vezes unilateral de quem nem conhece a realidade do campo brasileiro”, afirmou Sciarra.
Do Política em debate
O sumiço da presidente Dilma Rousseff vem fazendo crescer os rumores sobre um suposto agravamento dos problemas de saúde da petista. Nos bastidores dos meios políticos, é corrente o comentário de que a suposta “pneumonia leve” apontada pelos médicos da presidente como motivo do recolhimento de Dilma já não é suficiente para justificar seu silêncio e a insistência em evitar aparições públicas. As dúvidas são alimentadas ainda pelo câncer linfático que a petista teve pouco antes de iniciar a campanha eleitoral — e que na época foi dado como curado.
O sumiço da presidente Dilma Rousseff vem fazendo crescer os rumores sobre um suposto agravamento dos problemas de saúde da petista. Nos bastidores dos meios políticos, é corrente o comentário de que a suposta “pneumonia leve” apontada pelos médicos da presidente como motivo do recolhimento de Dilma já não é suficiente para justificar seu silêncio e a insistência em evitar aparições públicas. As dúvidas são alimentadas ainda pelo câncer linfático que a petista teve pouco antes de iniciar a campanha eleitoral — e que na época foi dado como curado.
Do G1
Após protestos das bancadas religiosas no Congressso, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira (25) a suspensão do “kit anti-homofobia“, que estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas, informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
“O governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC. A presidente decidiu, portanto, a suspensão desse material, assim como de um vídeo que foi produzido por uma ONG – não foi produzido pelo MEC – a partir de uma emenda parlamentar enviada ao MEC”, disse o ministro, após reunião com as bancadas evangélica, católica e da família.
Após protestos das bancadas religiosas no Congressso, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira (25) a suspensão do “kit anti-homofobia“, que estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas, informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
“O governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC. A presidente decidiu, portanto, a suspensão desse material, assim como de um vídeo que foi produzido por uma ONG – não foi produzido pelo MEC – a partir de uma emenda parlamentar enviada ao MEC”, disse o ministro, após reunião com as bancadas evangélica, católica e da família.
Da Folha
A liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas nesta terça-feira de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).
A Folha revelou, na última sexta-feira, que a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou hoje à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora.
A liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas nesta terça-feira de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).
A Folha revelou, na última sexta-feira, que a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou hoje à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora.
Mais uma secretaria do governo do Paraná ofereceu espaço para receber os servidores sem função da Assembleia Legislativa do Paraná. Ontem (quarta) o secretário especial para Assuntos Estratégicos Edson Luiz Casagrande mandou um ofício ao presidente da Casa Valdir Rossoni para oferecer a oportunidade de os funcionários trabalharem na pasta. A Secretaria de Justiça e a Secretaria do Trabalho já haviam aberto espaço para os 170 servidores sem função. Na próxima segunda-feira, a mesa executiva da Assembleia deve enviar um projeto para permitir que os funcionários excedentes trabalhem em gabinetes de deputados estaduais.
Da Gazeta do Povo
Menos de cinco meses após assumir a Presidência, Dilma Rousseff enfrenta a sua primeira grave crise com o Congresso. A derrota do Planalto na votação do Código Florestal sinalizou que a base aliada no Legislativo está desunida e não segue os comandos do governo, mas sim seus próprios interesses. Com o ministro Antonio Palocci abatido por denúncias sucessivas, Dilma convocou o ex-presidente Lula para assumir a coordenação política do governo, num claro sinal dos problemas que enfrenta. E, numa tentativa de reconquistar a base perdida, fez um afago à bancada evangélica no Congresso: suspendeu a distribuição nas escolas do kit anti-homofobia
Antes restrito a críticas e agressões veladas, o desentendimento entre PT e PMDB foi escancarado com a votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira. Uma emenda proposta pelos peemedebistas levou a presidente Dilma Rousseff à primeira derrota no Congresso Nacional. O clima pesado entre os “sócios” governistas terá reflexos nos próximos dias, em especial nos desdobramentos das denúncias sobre o crescimento patrimonial do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
Menos de cinco meses após assumir a Presidência, Dilma Rousseff enfrenta a sua primeira grave crise com o Congresso. A derrota do Planalto na votação do Código Florestal sinalizou que a base aliada no Legislativo está desunida e não segue os comandos do governo, mas sim seus próprios interesses. Com o ministro Antonio Palocci abatido por denúncias sucessivas, Dilma convocou o ex-presidente Lula para assumir a coordenação política do governo, num claro sinal dos problemas que enfrenta. E, numa tentativa de reconquistar a base perdida, fez um afago à bancada evangélica no Congresso: suspendeu a distribuição nas escolas do kit anti-homofobia
Antes restrito a críticas e agressões veladas, o desentendimento entre PT e PMDB foi escancarado com a votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira. Uma emenda proposta pelos peemedebistas levou a presidente Dilma Rousseff à primeira derrota no Congresso Nacional. O clima pesado entre os “sócios” governistas terá reflexos nos próximos dias, em especial nos desdobramentos das denúncias sobre o crescimento patrimonial do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
Do G1
A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre Marina Silva disse nesta quarta-feira (25) que a aprovação do novo Código Florestal é “um dos maiores retrocessos que já vi acontecer no Brasil”. Ela lamentou que o país esteja prestes a destruir um arcabouço legal de proteção às florestas que foi construído durante mais de 30 anos. “Estamos tornando o ilegal legal”, disse.
Ela agora espera que o Senado modifique o texto ou que, em último caso, a presidente Dilma Rousseff vete o texto, caso permaneça como está. “Ela disse [na reunião que teve com ex-ministros do Meio Ambiente] que vetaria qualquer texto que levasse ao perdão de desmatadores e que promovesse o aumento do desmatamento”, afirmou Marina.
A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre Marina Silva disse nesta quarta-feira (25) que a aprovação do novo Código Florestal é “um dos maiores retrocessos que já vi acontecer no Brasil”. Ela lamentou que o país esteja prestes a destruir um arcabouço legal de proteção às florestas que foi construído durante mais de 30 anos. “Estamos tornando o ilegal legal”, disse.
Ela agora espera que o Senado modifique o texto ou que, em último caso, a presidente Dilma Rousseff vete o texto, caso permaneça como está. “Ela disse [na reunião que teve com ex-ministros do Meio Ambiente] que vetaria qualquer texto que levasse ao perdão de desmatadores e que promovesse o aumento do desmatamento”, afirmou Marina.
De passagem por Brasília, Lula produziu uma reviravolta na rotina do Palácio do Planalto. Portou-se como se ainda fosse o presidente.
Empurrada pelo ex-chefe, Rousseff trocou a parcimônia nos contatos políticos por uma volúpia de afabilidade.
De uma tacada, marcou duas reuniões com congressistas. Nesta quinta (26), almoça com a bancada de senadores do PT.
Na próxima semana, Dilma vai receber as lideranças dos outros partidos do condomínio governista.