PAULO MELO CORUJA NEWS
"É uma vingança pela morte de Osama bin Laden", disse à emissora um porta-voz identificado como Ehsanulá Ehsan, que ameaçou dar sequência aos "ataques contra as forças de segurança".
O massacre é o mais sangrento após um comando americano matar Osama Bin Laden na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão, o que estimulou a imediata promessa de vingança por parte dos taleban, aliados da rede terrorista Al-Qaeda.
Explosões
Duas explosões aconteceram quando os jovens cadetes do centro de treinamento se preparavam para pegar os ônibus para uma licença de dez dias, disse à AFP Nisar Khan Marwat. "A primeira explosão foi um ataque suicida. A natureza da segunda explosão é investigada."
O atentado dizimou os cadetes do centro de treinamento da polícia paramilitar de fronteira na região de Shabqadar, no distrito de Charsadda, a 30 km ao norte de Peshawar - a grande cidade do noroeste do Paquistão, alvo constante de ações do Taleban e da rede terrorista Al-Qaeda.
Charsadda está situada na porta das zonas tribais do noroeste do Paquistão, que fazem fronteira com o Afeganistão. A região é um conhecido feudo dos taleban paquistaneses e santuário para a Al-Qaeda.
Os taliban paquistaneses, que prometeram lealdade à Al-Qaeda em 2007, são os principais responsáveis pela onda de ataques, a maior parte suicidas, que nos últimos três anos já deixou 4,3 mil mortos em todo o Paquistão.
Repercussão
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou o duplo ataque suicida. "Esses ataques foram covardes e indiscriminados ao matar muitos inocentes e ter como alvo os que trabalham para proteger o Paquistão", disse."Isso demonstra mais uma vez que esses grupos radicais não levam em conta o valor da vida", afirmou.
O chefe da diplomacia britânica disse que o Reino Unido apoia o país asiático na luta contra a violência e que o governo do Reino Unido seguirá "trabalhando com o Paquistão para enfrentar essa ameaça compartilhada".
Rusga diplomática
O ataque ocorre em meio ao aumento de tensão entre os EUA e o Paquistão desde a morte de Bin Laden. Nesta sexta-feira, o general Khalid Shameem Wynne, considerado o número dois do Exército paquistanês, cancelou uma visita prevista aos Estados Unidos.
A visita foi anulada "em consequência do contexto atual" das relações entre os dois países, informou uma fonte militar, que pediu anonimato, em referência à operação unilateral do comando americano que matou o líder da Al-Qaeda em 2 de maio em Abbottabad, norte do país.
"O general Khalid Shameem Wynne entrou em contato com o colega americano, o almirante Mike Mullen, e o informou sobre o cancelamento da visita aos Estados Unidos prevista para 22 a 27 de maio", disse a fonte.
Segundo a BBC, o Exército do Paquistão, que está sob intenso questionamento e críticas desde a operação que matou Bin Laden, deve usar o atentado desta sexta-feira como um exemplo dos supostos sacrifícios que vêm fazendo na chamada “guerra ao terror”.
*Com AFP, EFE e BBC
Ataque Taleban deixa ao menos 80 mortos no Paquistão
Porta-voz de milícia islâmica diz que atentado contra centro de policiais paramilitares é vingança pela morte de Osama bin Laden
O movimento Taleban paquistanês reivindicou o duplo atentado suicida contra uma academia de forças de segurança no norte do Paquistão que deixou ao menos 80 mortos nesta sexta-feira, informou a emissora "Dunya"."É uma vingança pela morte de Osama bin Laden", disse à emissora um porta-voz identificado como Ehsanulá Ehsan, que ameaçou dar sequência aos "ataques contra as forças de segurança".
Explosões
Duas explosões aconteceram quando os jovens cadetes do centro de treinamento se preparavam para pegar os ônibus para uma licença de dez dias, disse à AFP Nisar Khan Marwat. "A primeira explosão foi um ataque suicida. A natureza da segunda explosão é investigada."
O atentado dizimou os cadetes do centro de treinamento da polícia paramilitar de fronteira na região de Shabqadar, no distrito de Charsadda, a 30 km ao norte de Peshawar - a grande cidade do noroeste do Paquistão, alvo constante de ações do Taleban e da rede terrorista Al-Qaeda.
Charsadda está situada na porta das zonas tribais do noroeste do Paquistão, que fazem fronteira com o Afeganistão. A região é um conhecido feudo dos taleban paquistaneses e santuário para a Al-Qaeda.
Os taliban paquistaneses, que prometeram lealdade à Al-Qaeda em 2007, são os principais responsáveis pela onda de ataques, a maior parte suicidas, que nos últimos três anos já deixou 4,3 mil mortos em todo o Paquistão.
Repercussão
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou o duplo ataque suicida. "Esses ataques foram covardes e indiscriminados ao matar muitos inocentes e ter como alvo os que trabalham para proteger o Paquistão", disse."Isso demonstra mais uma vez que esses grupos radicais não levam em conta o valor da vida", afirmou.
O chefe da diplomacia britânica disse que o Reino Unido apoia o país asiático na luta contra a violência e que o governo do Reino Unido seguirá "trabalhando com o Paquistão para enfrentar essa ameaça compartilhada".
O ataque ocorre em meio ao aumento de tensão entre os EUA e o Paquistão desde a morte de Bin Laden. Nesta sexta-feira, o general Khalid Shameem Wynne, considerado o número dois do Exército paquistanês, cancelou uma visita prevista aos Estados Unidos.
A visita foi anulada "em consequência do contexto atual" das relações entre os dois países, informou uma fonte militar, que pediu anonimato, em referência à operação unilateral do comando americano que matou o líder da Al-Qaeda em 2 de maio em Abbottabad, norte do país.
"O general Khalid Shameem Wynne entrou em contato com o colega americano, o almirante Mike Mullen, e o informou sobre o cancelamento da visita aos Estados Unidos prevista para 22 a 27 de maio", disse a fonte.
Segundo a BBC, o Exército do Paquistão, que está sob intenso questionamento e críticas desde a operação que matou Bin Laden, deve usar o atentado desta sexta-feira como um exemplo dos supostos sacrifícios que vêm fazendo na chamada “guerra ao terror”.
*Com AFP, EFE e BBC