Ação apreende 11 t de maconha e cocaína na fronteira
O volume é quase duas vezes superior ao que foi apreendido no mesmo período do ano passado, em junho de 2010
Agência Estado
Em trinta dias de ações integradas na fronteira do Brasil com dez países da América do Sul, a Operação Sentinela apreendeu 11 toneladas de maconha e cocaína. O volume é quase duas vezes superior ao que foi apreendido no mesmo período do ano passado, em junho de 2010. A informação faz parte do balanço do Plano Estratégico de Fronteiras, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O plano foi lançado pela presidente Dilma Rousseff no dia 8 de junho e se destina a intensificar as operações de combate ao tráfico de drogas e de armas nos 11 Estados brasileiros que fazem fronteira com os países vizinhos. Participam das ações a Polícia Federal (PF), a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O Plano Estratégico de Fronteiras prevê a integração da Operação Sentinela com a Operação Ágata, que é realizada periodicamente pelas Forças Armadas, sob o comando do Ministério da Defesa.
O ministro da Justiça se disse surpreso com o excelente desempenho das operações, o que demonstra que o governo está no caminho certo. "Melhoramos significativamente, mas há muito que fazer. A guerra não está ganha", afirmou Cardozo, explicando que a estratégia prevê também acordos com os governos dos países vizinhos para a eliminação de drogas do outro lado da fronteira.
Denúncias nos Transportes
Na ocasião, em entrevista a jornalistas, Cardozo fez menção às investigações das denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Ele informou que já encaminhou para a PF o pedido do PSDB e de outros partidos de oposição para que sejam rigorosamente investigadas as denúncias de cobrança de propina em obras conduzidas pelo ministério.
Cardozo disse que a PF já investiga regularmente denúncias na área dos Transportes há anos, mas que a PF analisará se há no pedido da oposição fatos novos que justifiquem a abertura de novos inquéritos. Para tanto, vai aguardar também a auditoria que a Controladoria-Geral da União (CGU) vem realizando nos contratos da pasta, a mando da presidente Dilma Rousseff.