PARA SERRA O ADVERSÁRIO DE 2014 SERÁ LULA E NÃO DILMA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Para Serra, o adversário de 2014 será Lula, não Dilma

Do Josias de Souza
Ao esboçar seus planos para 2014, o tucano José Serra faz apostas que destoam da média das opiniões disponíveis.
Para Serra, o antagonista do PSDB na próxima sucessão presidencial será Lula, não Dilma Rousseff.
Decidido a disputar pela terceira vez, Serra desdenha também da tese segundo a qual Aécio Neves tornou-se a bola da vez do tucanato.
Em privado, Serra acalenta a expectativa de que Aécio não se animará a medir forças com o PT se o oponente for Lula.
Algo que não ocorre com ele. Entre quatro paredes, Serra declara que tudo o que deseja é um novo confronto eleitoral com Lula.
Nos dois embates anteriores, levou a pior. Em 2002, perdeu para o próprio Lula. Em 2010, foi batido pela candidata de Lula, uma Dilma novata em urnas.
Serra acredita que o PSDB não terá como desprezar os 43,7 milhões de votos que ele obteve no ano passado.

Sob Passos, ‘aditivos’ dos Transportes subiram 154%

Do Josias de Souza
Escalado por Dilma Rousseff para higienizar a pasta dos Transportes, o “novo” ministro Paulo Sérgio Passos mais parece parte do problema do que da solução.
Um dos flagelos do setor confiado a Passos atende pelo nome de “aditivo”. Trata-se de um tipo de acerto por meio do qual o governo eleva o valor original das obras.
Foi por causa dos aditivos que Dilma Rousseff passou uma carraspana no staff dos Transportes dias antes de estourar o escândalo que eletrificou o ministério.
Pois bem. Descobriu-se que, em 2010, ano em que Paulo Passos foi ministro de Lula, a pasta elevou em 154% os aditivos que engordaram contratos firmados pelo Dnit.

Escândalos ainda incomodam casal de ministros

O tsunami de escândalos no Ministério dos Transportes ainda não terminou e os incômodos ao casal ministerial, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, não estão completamente superados. A revista IstoÉ da semana traz revelações. Mostra, por exemplo, que o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, pode ser tudo, menos um inocente que nada sabia sobre os subterrâneos do Ministério onde tinha um cargo chave. A matéria fala muito sobre a empreiteira Sanches e Tripoloni, que doou R$ 510 mil para a campanha ao Senado de Gleisi Hoffmann.
Já a revista Veja revela os bastidores da história de como foi amansado o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que ameaçava tudo e todos, inclusive o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Bernardo, segundo os vazamentos de Pagot, antes de seus depoimentos no Senado e na Câmara, seria, na condição de ministro do Planejamento, o homem chave na questão dos aditivos e acertos com as empreiteiras. Nos depoimentos, Pagot afinou. Veja conta o que teria acontecido:
“As ameaças [de Pagot] mobilizaram o governo. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, foi incumbido de demover Pagot de qualquer ideia extremista. Também vítima de insinuações maldosas por parte dos republicanos, o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, passou a defender a permanência de Pagot até que as denúncias de superfaturamento e cobrança de propina fossem devidamente esclarecidas. Apesar da determinação da presidente Dilma de afastar imediatamente toda a cúpula do ministério, Pagot era o único dos envolvidos no escândalo que continuava formalmente vinculado ao governo. Por fim, o diretor do Dnit, de férias, recebeu a garantia de que não haveria investigações pontuais contra ele. Satisfeito com as conquistas, Pagot, a fera enjaulada, apareceu no Congresso manso feito um gato.”

Elio Gaspari: ‘Dilma Rousseff roda o mesmo filme de Lula’

“O primeiro grande escândalo do governo Lula estourou em fevereiro de 2004, 13 meses depois de sua posse. Custou o cargo a Waldomiro Diniz, subchefe da Casa Civil de José Dirceu. Ele fora filmado num achaque ao tempo em que dirigia as loterias do Rio de Janeiro. Até o dia em que deixou o Planalto, em janeiro passado, Nosso Guia foi perseguido por escândalos que se sucederam em intervalos regulares.
O governo Dilma Rousseff foi mais veloz. Seu primeiro escândalo estourou cinco meses depois da posse e custou o cargo ao chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Um mês depois, Dilma perdeu o ministro dos Transportes e o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Dnit. (Em julho de 2003, quanto Lula tinha sete meses de Palácio, o mesmo Dnit deu-lhe uma pequena crise, com o ex-diretor financeiro acusando o ministro Anderson Adauto de favorecer a empreiteira Queiroz Galvão e sendo acusado de embolsar propinas.)

O maratonista

Do Luiz Carlos Zanoni na Revista Ideias
Vinhos do Porto são maratonistas cujo fôlego se mede pela sua capacidade de vencer as marcas do tempo. Podem durar muito, ninguém duvida. Quanto? A resposta talvez estivesse naquela preciosa garrafa que um devoto radical desses vinhos garimpou e trouxe a Curitiba. O conteúdo datava do longínquo ano de 1855 e tinha sua legitimidade avalizada pelo conceito da casa produtora, a Taylor’s, nome acima de qualquer suspeita no Douro.
Era um Tawny, categoria dos Portos que associam vinhos oriundos de diferentes colheitas, determinando-se a data pela idade média dos caldos que compõem a mescla. Ao contrário do Vintage, feito de uvas de uma única safra, apenas em anos excepcionais, e engarrafado aos dois anos de idade, o Porto Tawny passa por longo envelhecimento em pipas de madeira de 550 litros. Ganha, aí, a cor aloirada, que os ingleses chamam de Tawny, palavra que acabou batizando o produto. Maior o tempo de guarda, maior a reputação.

misses

Ao chegar à casa de Anna, às 10h da manhã e na típica manhã gelada de Curitiba, encontramos a pequena tomando café da manhã. Comia pão com requeijão e chá frente à TV. Estava com um vestidinho lindo e reforçado, muito bem aquecida. A mãe, Luciana, explicou que Anna sempre gostou de desfilar, de cantar e de palco. “Percebi o gosto dela nas apresentações do balé da escola. Ela ficava lá na frente fazendo tudo, enquanto algumas crianças estavam chorando”. Outra situação em que notou o talento natural da filha foi em uma viagem. A família fez um cruzeiro e a sensação da viagem foi a pequena Anna. “Ela fez sucesso porque subia no palco e ficava dançando. Todos sabiam quem era ela, o pessoal da recreação adorou ela”. Ao notar a espontaneidade da filha para se expressar, Luciana procurou atividades que permitissem a Anna Lúcia aflorar o seu talento.