PAULO MELO CORUJA NEWS
Os pais de Flávia Anair de Lima, de 16 anos, não acreditam que a jovem pulou da sacada do 15° andar do prédio onde morava com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, 20 anos. “Eu não acredito que minha filha se suicidou”, diz o pai Francisco Carlos Lima, de 42 anos. Segundo vizinhos, a queda foi depois de uma briga do casal.
Durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, os pais de Flávia explicaram que ela conheceu Rafael com 13 anos e, em 2010, os dois resolveram morar juntos. “Simplesmente, ele a veio buscar. Ela nem me deu tchau”, conta mãe Luara Adriana de Lima, de 38 anos.
Segundo eles, depois de já estar namorando com o jogador, a filha passou a chegar em casa com muitos hematomas. “Ela sempre aparecia em casa com uma mancha roxa. Eu perguntava 'Flávia o que está acontecendo' e ela sempre dizia que tinha caído ou escorregado”, diz o pai.
Além disso, segundo relatos que a filha passava para a mãe, o jogador tinha o hábito de beber e ficar agressivo. No último dia 16, o casal foi parar na delegacia. “A Flávia me ligou dizendo: ‘Mãe, ele está bêbado. Está descontrolado. Vem logo porque ele está me batendo’.” Os três foram até o 10º Distrito Policial, mas a jovem não quis fazer exame de corpo de delito.
Depois desta briga, a garota voltou para casa dos pais, ficou lá por uns dias, mas resolveu voltar a morar com o namorado. “Ontem, eu enterrei a minha filha e hoje quem está morta sou eu”, diz a mãe. “A única coisa que espero é saber a verdade.”
Questionado sobre a possibilidade de Flávia ter se encantado com a vida ao lado de um jogador de futebol, Francisco nega. “Ela se apaixonou demais. Dinheiro o cara não tem”. A mãe acrescenta: “Ela sempre reclamava que ele não tinha dinheiro para comprar pão e roupas, mas para beber sim.”
Flávia trabalhava como manicure e, com o dinheiro, ajudava nas despesas da casa. Francisco conta que sempre que o jogador não estava em concentração ia para algum bar. “Na hora que tinha uma folguinha, era barzinho, noite.”
O advogado da família, Ademar Gomes, diz que pediu a reconstituição do crime, que, segundo ele, não está mais registrado como suicídio e sim como morte suspeita.
Depoimento
O jogador Rafael Silva prestou depoimento no 10° Distrito Policial na segunda-feira e afirmou que a namorada se jogou do apartamento onde os dois moravam havia seis meses. De acordo com o jogador, a briga começou em um bar, onde ele estava na madrugada. E teria continuado no apartamento, segundo o delegado José Raimundo da Silva. Ela chegou ao local e, com ciúme, começou a agredi-lo com um sapato. Em seguida, quebrou os espelhos retrovisores do carro dele.
Silva chegou à delegacia com um ferimento na cabeça e alegou que a namorada teria jogado uma caixa de som nele. Segundo o delegado, o jogador afirmou que Flávia se jogou da sacada. O próximo passo é aguardar a perícia. Em 30 dias, espera-se que o caso seja definido.
Pela Portuguesa, o clube informou que não irá se pronunciar oficialmente enquanto as investigações não forem concluídas. A assessoria continuou, dizendo que a Lusa dará todo o apoio jurídico e psicológico ao atleta, que está afastado por uma lesão no olho.
“Eu não acredito que minha filha se suicidou”, diz pai
Flávia Anair de Lima, de 16 anos, morreu após cair de sacada do 15° andar do prédio onde morava com jogador da Portuguesa
Os pais de Flávia Anair de Lima, de 16 anos, não acreditam que a jovem pulou da sacada do 15° andar do prédio onde morava com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, 20 anos. “Eu não acredito que minha filha se suicidou”, diz o pai Francisco Carlos Lima, de 42 anos. Segundo vizinhos, a queda foi depois de uma briga do casal.

Foto: Futura Press
Flávia de Lima, 16 anos, caiu do 15º andar do prédio onde morava com o jogador Rafael Silva
Segundo eles, depois de já estar namorando com o jogador, a filha passou a chegar em casa com muitos hematomas. “Ela sempre aparecia em casa com uma mancha roxa. Eu perguntava 'Flávia o que está acontecendo' e ela sempre dizia que tinha caído ou escorregado”, diz o pai.
Além disso, segundo relatos que a filha passava para a mãe, o jogador tinha o hábito de beber e ficar agressivo. No último dia 16, o casal foi parar na delegacia. “A Flávia me ligou dizendo: ‘Mãe, ele está bêbado. Está descontrolado. Vem logo porque ele está me batendo’.” Os três foram até o 10º Distrito Policial, mas a jovem não quis fazer exame de corpo de delito.
Depois desta briga, a garota voltou para casa dos pais, ficou lá por uns dias, mas resolveu voltar a morar com o namorado. “Ontem, eu enterrei a minha filha e hoje quem está morta sou eu”, diz a mãe. “A única coisa que espero é saber a verdade.”
Questionado sobre a possibilidade de Flávia ter se encantado com a vida ao lado de um jogador de futebol, Francisco nega. “Ela se apaixonou demais. Dinheiro o cara não tem”. A mãe acrescenta: “Ela sempre reclamava que ele não tinha dinheiro para comprar pão e roupas, mas para beber sim.”
Flávia trabalhava como manicure e, com o dinheiro, ajudava nas despesas da casa. Francisco conta que sempre que o jogador não estava em concentração ia para algum bar. “Na hora que tinha uma folguinha, era barzinho, noite.”
O advogado da família, Ademar Gomes, diz que pediu a reconstituição do crime, que, segundo ele, não está mais registrado como suicídio e sim como morte suspeita.
Depoimento
O jogador Rafael Silva prestou depoimento no 10° Distrito Policial na segunda-feira e afirmou que a namorada se jogou do apartamento onde os dois moravam havia seis meses. De acordo com o jogador, a briga começou em um bar, onde ele estava na madrugada. E teria continuado no apartamento, segundo o delegado José Raimundo da Silva. Ela chegou ao local e, com ciúme, começou a agredi-lo com um sapato. Em seguida, quebrou os espelhos retrovisores do carro dele.
Silva chegou à delegacia com um ferimento na cabeça e alegou que a namorada teria jogado uma caixa de som nele. Segundo o delegado, o jogador afirmou que Flávia se jogou da sacada. O próximo passo é aguardar a perícia. Em 30 dias, espera-se que o caso seja definido.
Pela Portuguesa, o clube informou que não irá se pronunciar oficialmente enquanto as investigações não forem concluídas. A assessoria continuou, dizendo que a Lusa dará todo o apoio jurídico e psicológico ao atleta, que está afastado por uma lesão no olho.