PRESOS NO ESCÂNDALO DO TURISMO DEIXAM A CADEIA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Presos no escândalo do Turismo deixam cadeia

11 pessoas deixaram a prisão, incluindo o secretário-executivo da pasta
Agência Estado

A Penitenciária de Macapá informou que todos os presos pela Operação Voucher, da Polícia Federal, já foram libertados. Os últimos detidos, 11 pessoas, deixaram a prisão durante a madrugada deste sábado (13).
No fim da noite de ontem saiu o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva Costa. Ao ser solto, ele não quis dar entrevista. Frederico teve que pagar uma fiança de R$ 109 mil para conseguir a liberdade.
Também deixaram a prisão o ex-secretário-executivo Mário Moysés e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins Filho.
Ao todo, a Operação Voucher havia prendido 36 pessoas desde terça-feira (9), entre prisões preventivas e temporárias. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo após deixar a prisão, Colbert afirmou que vai provar sua inocência em relação às acusações de envolvimento no esquema de corrupção na Pasta.
- Tenho absoluta certeza da minha lisura. Preciso provar minha inocência para minha família e ao país.
Colbert lamentou o vazamento da foto de dentro da penitenciária do Amapá em que ele aparece sem camisa, segurando a placa de identificação de preso.
- Lamento esta situação. O importante é que haja preservação de todos os cidadãos.


Operação Voucher Ao todo, 36 pessoas foram detidas na operação da Polícia Federal na última terça-feira (11) e, do total de detidos, 18 já haviam sido libertados na quarta-feira (10).
A investigação sobre o esquema de corrupção de verbas do Ministério do Turismo começou em abril, depois que um levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) detectou irregularidades no contrato firmado entre o ministério e o Ibrasi. O valor do convênio fraudado é de R$ 4,4 milhões.
Após as prisões, o Ministério do Turismo endureceu as regras para convênios e suspendeu o repasse a ONGs temporariamente. O caso também passou a ser investigado pela CGU (Controladoria Geral da União) a pedido da pasta.
Em nota divulgada nesta semana, a Ibrasi negou irregularidades e disse acreditar que "a ampla investigação dos fatos comprovará a licitude de sua atuação".