FUNDO PARTIDÁRIO FATURA R$ 800 MILHÕES ATÉ 2014

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

Fundo partidário fatura R$ 800
milhões até 2014

A distribuição do fundo partidário garantido por lei (11.459/07) virou um grande negócio para engordar o caixa das legendas. Com média de R$ 200 milhões dados aos 28 partidos por ano, a conta chegará a estupendos R$ 800 milhões até 2014, ano da campanha presidencial. O dinheiro do contribuinte banca sedes nababescas, carros de luxo blindados e viagens de jatinhos dos dirigentes, além de campanhas.

Nosso dinheiro

Em 2010, PT ganhou R$ 23 milhões, PMDB (R$ 22 milhões), PSDB (R$ 22 milhões) e DEM (R$ 14 milhões), de acordo com bancadas.

Comuni$ta$

O PCdoB, que comprou prédio de R$ 3 milhões, levou R$ 3,5 milhões em 2010 e teve upgrade este ano: ganhou R$ 5,8 milhões até agosto.

Berço de ouro

O PSD já nasce milionário. Terceira maior bancada do Congresso, estima engordar o caixa com R$ 15 milhões, por baixo, em 2012.

Rebeldes sem causa

Nanicos também fazem a festa. Só este ano, PTC levou R$ 1,5 milhão, PHS R$ 1,9 milhão, PSDC, R$ 760 mil e PSTU, R$ 592 mil.

Palácio do Planalto reduz verba dos
Transportes em 94%

O Palácio do Planalto fechou o cofre para o Ministério dos Transportes depois da demissão do ministro Alfredo Nascimento (PR). As obras contratadas para as estradas somavam R$ 1,6 bilhão só para este ano, e o governo só empenhou R$ 100 milhões – o que não garante o pagamento. Aos próximos, o ministro Paulo Passos diz que não foi retaliação: o governo simplesmente está sem dinheiro.

Na mão

O PR ainda mantém 17 superintendências regionais do DNIT em todo o País. O PT comanda as gerências e coordenadorias.

Vaivém

Apesar da dita independência, o PR continua a votar com o governo. E não vê a hora de ganhar outro ministério na reforma de janeiro.

Cafezinho

Em dois meses, o líder na Câmara, Lincoln Portela, já conversou com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) três vezes no Palácio.

Olhos do rei

Apadrinhada do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, Yolanda Corrêa continua chefe jurídica do ministério. É ela quem aprova todos os contratos do DNIT com empreiteiras.

Vapt-vupt

A diretoria da Valec, empossada há dias pelo ministro Paulo Passos (Transportes), já tem data para sair. Fica até março, quando assume Bernardo Figueiredo, da ANTT, o preferido da presidenta Dilma.

A volta de Saturnino

O ex-senador Saturnino Braga lança em Brasília, em 30 de novembro, no Carpe Diem, seu novo romance, “Cartas do Rio”. O Brasil lhe deve um favor impagável, do seu último mandato: Saturnino se recusou a cumprir um acordo que impediu Carlos Lupi de virar senador sem voto.

Já vai tarde

Malquisto pela maioria no Ministério do Turismo, perdeu o cargo Bento Afonso dos Santos, chefe de gabinete herdado por Gastão Vieira da gestão Novais. Há notícias de comemorações em todos os andares.

Nosso heroi

O ministro do TCU Valmir Campelo revelou a um grupo de turistas, durante viagem a Lisboa, que barrou um superfaturamento de R$ 80 milhões nas reformas do Aeroporto de Confins, numa só canetada.

Aldo & Dilma

Não é verdade que Dilma não goste do ministro Aldo Rebelo por causa do Código Florestal. No início da corrida pela vaga do TCU, ela disse a mais de um interlocutor que preferia Aldo Rebelo a Ana Arraes.

Máfia popular

A prefeitura de Belo Horizonte descobriu que uma máfia tem incentivado sem-teto a invadirem terrenos que serão desapropriados para obras da Copa, a fim de pediram indenizações na Justiça.

Plebiscito

Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Lincoln Portela (PR-MG) recolhem apoio para um projeto de plebiscito sobre reforma política. Querem saber se o povo aceita lista fechada e financiamento público.

Azia

O ministério da Saúde adverte: a Fifa faz mal ao governo.

 
Poder sem pudor

Corta, mas faz

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O marechal Castelo Branco enviou o general Carlos de Meira Mattos a São Paulo para checar se o governador Ademar de Barros era mesmo corrupto. Isentado, Ademar foi recebido por Castelo, que, solícito, ofereceu-lhe a indicação da chefia da Sunab, órgão fiscalizador de preços. Ele recusou:
- Quero um órgão que, ao se cortar, saia sangue...
Castelo entendeu a metáfora: jamais nomeou um ademarista no governo.