PAULO MELO CORUJA NEWS
O Instituto de Criminalística do Paraná reabriu ontem o
Laboratório de Hipnose Forense, o único da América Latina especializado
no uso desta técnica para colaborar com a investigação de crimes. O
serviço foi inaugurado em setembro de 1998 e funcionou até outubro de
2008, quando foi desativado. Agora, foi reaberto, em Curitiba, para
melhorar a solução de inquéritos criminais.
A hipnose é feita com vítimas ou testemunhas de crimes como estupro, homicídio, atropelamentos, assaltos e sequestros, desde que elas concordem com o procedimento. A técnica é utilizada em casos de trauma psicológico – chamado transtorno de estresse pós-traumático –, que provoca amnésia parcial ou total do momento do crime. Quando técnicos do Instituto de Criminalística ou delegados percebem dificuldade de a vítima descrever o crime ou criminoso, eles a encaminham ao laboratório.
O diretor do Instituto de Criminalística, Antônio Vaz de Siqueira, explica que algumas pessoas bloqueiam mentalmente os acontecimentos. A hipnose ajuda a lembrá-los e permite às vítimas colaborar na construção de um retrato falado, por exemplo. “A vítima deve concordar em participar da hipnose e, quando for adolescente, deve ter a autorização dos pais”, explicou.
O laboratório está instalado em sala acústica, à prova de ruídos, construída na sede do Instituto de Criminalística. Ao lado, há uma sala espelhada, onde familiares da vítima e policiais acompanham o procedimento.
O responsável pelo laboratório, Rui Fernando Cruz Sampaio, é médico psiquiatra, psiquiatra forense e psicólogo clínico. Ele afirma que com a prática, as vítimas podem lembrar-se de fatos ocorridos há dias, meses ou anos. “Em casos mais violentos, há dificuldade de esclarecimento também com a hipnose. Então, é usado medicamento por cerca de uma semana até que a pessoa esteja apta a dar todas as informações”, explica.
Sampaio citou o exemplo de uma mulher que, 14 anos depois da morte do marido, se lembrou do rosto do assassino e possibilitou a prisão do criminoso. Em outro caso, uma mulher que havia ficado sem movimento nas pernas após um trauma psicológico voltou a andar depois de algumas sessões de hipnose.
700 casos atendidos
Durante o período em que o laboratório funcionou no Instituto de Criminalística, foram atendidos mais de 700 casos e em quase 100% deles foi possível conseguir informações para elaborar o retrato falado ou esclarecer o que ocorreu no local do crime.
Criminalística volta a ofertar hipnose forense
A hipnose é feita com vítimas ou testemunhas de crimes como estupro, homicídio, atropelamentos, assaltos e sequestros, desde que elas concordem com o procedimento. A técnica é utilizada em casos de trauma psicológico – chamado transtorno de estresse pós-traumático –, que provoca amnésia parcial ou total do momento do crime. Quando técnicos do Instituto de Criminalística ou delegados percebem dificuldade de a vítima descrever o crime ou criminoso, eles a encaminham ao laboratório.
O diretor do Instituto de Criminalística, Antônio Vaz de Siqueira, explica que algumas pessoas bloqueiam mentalmente os acontecimentos. A hipnose ajuda a lembrá-los e permite às vítimas colaborar na construção de um retrato falado, por exemplo. “A vítima deve concordar em participar da hipnose e, quando for adolescente, deve ter a autorização dos pais”, explicou.
O laboratório está instalado em sala acústica, à prova de ruídos, construída na sede do Instituto de Criminalística. Ao lado, há uma sala espelhada, onde familiares da vítima e policiais acompanham o procedimento.
O responsável pelo laboratório, Rui Fernando Cruz Sampaio, é médico psiquiatra, psiquiatra forense e psicólogo clínico. Ele afirma que com a prática, as vítimas podem lembrar-se de fatos ocorridos há dias, meses ou anos. “Em casos mais violentos, há dificuldade de esclarecimento também com a hipnose. Então, é usado medicamento por cerca de uma semana até que a pessoa esteja apta a dar todas as informações”, explica.
Sampaio citou o exemplo de uma mulher que, 14 anos depois da morte do marido, se lembrou do rosto do assassino e possibilitou a prisão do criminoso. Em outro caso, uma mulher que havia ficado sem movimento nas pernas após um trauma psicológico voltou a andar depois de algumas sessões de hipnose.
700 casos atendidos
Durante o período em que o laboratório funcionou no Instituto de Criminalística, foram atendidos mais de 700 casos e em quase 100% deles foi possível conseguir informações para elaborar o retrato falado ou esclarecer o que ocorreu no local do crime.