GUERRA AO TRÁFICO..ONDE O CRIME PEDE REMÉDIO AMARGO

PAULO MELO CORUJA NEWS

Guerra ao tráfico

Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Vista geral da Vila Hamburguês, em Piraquara: ocupação virou sinônimo de violência sem limite Vista geral da Vila Hamburguês, em Piraquara: ocupação virou sinônimo de violência sem limite
UPP no Paraná?

Onde o crime pede remédio amargo

Estado tem 24 áreas com acentuado controle do crime organizado, a maior parte em Curitiba e região metropolitana
  Mauri König, Diego Ribeiro e Aline Peres
    As facções criminosas do Paraná não têm força bélica e organizacional como as do Rio de Janeiro, mas conseguem impor o medo. Com base em estatísticas criminais e estudos de campo realizados pela Gazeta do Povo, identificou-se 24 áreas em todo o estado onde o tráfico exerce poder desmensurado, aterrorizando a população. O problema se acentua na região mais populosa, onde está a capital (veja quadro) e as cidades vizinhas, é o caso do Jardim Holandês, em Piraquara. Mas não é menos preocupante em municípios como Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Sarandi, Londrina e Guaratuba. Essas zonas cinzentas comportariam algo semelhante às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), instaladas nas favelas cariocas dominadas pelo narcotráfico.
    Ouvidos pela reportagem, líderes comunitários e moradores de áreas dominadas pelo tráfico acreditam que o Paraná deve aproveitar os bons resultados das UPPs para fazer o mesmo. O estado tem uma experiência parecida, na Vila Osternack, em Curitiba, mas o programa, há seis meses, enfrenta falta de efetivo.