PAULO MELO CORUJA NEWS
No décimo segundo de paralisação, a greve dos
policiais militares da Bahia foi oficialmente encerrada. O ponto final a
paralisação foi decretado neste sábado, após assembleia da Associação
de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), no sindicato dos
bancários, em Salvador.
Após a assembleia, os policiais disseram que continuam insatisfeitos com a proposta do governo do Estado. “Mas voltaremos ao trabalho pela sociedade”, assinalou o líder da greve Ivan Leite, lotado na 14ª CIPM, em Lobato, subúrbio de Salvador.
Durante a greve, o número de homicídio cresceu assustadoramente. Do dia 31 até hoje, 166 pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana. Durante todo o mês de fevereiro de 2011, foram 172 homicídios.
Os policiais militares da Bahia saem da greve com a garantia de um reajuste de 6,5% (extensivo a todo o funcionalismo público), anistia administrativa para os grevistas e o pagamento da GAP IV até abril do ano que vem; e da GAP V até 2015. Segundo o governo, com o pagamento das gratificações, os policiais terão um ganho real de 30%. Uma das reivindicações dos grevistas, a revogação da prisão dos líderes do movimento, não foi aceita pelo governador Jaques Wagner.
A Aspra, que liderou o movimento grevista, deve ganhar mais associados. Há expectativa de que dois mil policiais insatisfeitos com a condução das demais associações ingressem na Aspra, que atualmente tem 900 associados. Essa foi a terceira assembleia em uma semana. O início atrasou em três horas e o número de policiais foi o menor já visto.
Em todas as assembleias realizadas desde a prisão de Marcos Prisco, que vinha liderando o movimento, a imprensa virou alvo de críticas dos grevistas. Neste sábado, não foi diferente. Enquanto o repórter Genildo Lawinsky fazia um entrada ao vivo no BATV (da Rede Bahia, afiliada da TV Globo), um manifestante empunhou cartaz com a inscrição ‘Rede Bahia mentira todo dia’.
A greve
A paralisação foi anunciada na noite do dia 31 de janeiro. Desde então, grevistas e suas famílias começaram a protestar em frente a Assembleia Legislativa do Estado.
O clima ficou mais tenso no dia 6, quando soldados do Exército, da Força Nacional e Polícia Federal, militares da Tropa de Choque e do grupo de operações especiais ocuparam os entornos da Assembleia para tentar cumprir mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estavam no pátio do local. Chegou a haver alguns confrontos, mas ninguém ficou ferido com gravidade.
A greve perdeu força na quarta-feira depois da divulgação de gravações mostrando líderes grevistas, como o presidente da Aspra, Marco Prisco, negociando atos de vandalismo. Na madrugada seguinte, grevistas e seus familiares deixaram a assembleia e Marco Prisco foi detido. A Aspra, que era a única entidade que ainda defendia a manutenção da greve, ficou sem líder. Desde então, ninguém assumiu a liderança do movimento e os outros representantes da Aspra preferiram não ser identificados com medo de serem presos.
No dia seguinte, os policiais começaram a retornar ao trabalho e, segundo o comandante-geral, coronel Alfredo Castro, 85% do efetivo já estaria nas ruas. Ele também informou que os grevistas que insistissem no movimento, a partir de então, teriam o ponto cortado e sofreriam sanções administrativas. Neste sábado, os policiais encerraram o movimento.
Assembleia decreta o fim da greve da Polícia Militar na Bahia
Policiais militares saem da greve com a garantia de um reajuste e pagamento de gratificações. Mas o governo não vai revogar os pedidos de prisão de 12 policiais
Após a assembleia, os policiais disseram que continuam insatisfeitos com a proposta do governo do Estado. “Mas voltaremos ao trabalho pela sociedade”, assinalou o líder da greve Ivan Leite, lotado na 14ª CIPM, em Lobato, subúrbio de Salvador.
Durante a greve, o número de homicídio cresceu assustadoramente. Do dia 31 até hoje, 166 pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana. Durante todo o mês de fevereiro de 2011, foram 172 homicídios.
Os policiais militares da Bahia saem da greve com a garantia de um reajuste de 6,5% (extensivo a todo o funcionalismo público), anistia administrativa para os grevistas e o pagamento da GAP IV até abril do ano que vem; e da GAP V até 2015. Segundo o governo, com o pagamento das gratificações, os policiais terão um ganho real de 30%. Uma das reivindicações dos grevistas, a revogação da prisão dos líderes do movimento, não foi aceita pelo governador Jaques Wagner.
A Aspra, que liderou o movimento grevista, deve ganhar mais associados. Há expectativa de que dois mil policiais insatisfeitos com a condução das demais associações ingressem na Aspra, que atualmente tem 900 associados. Essa foi a terceira assembleia em uma semana. O início atrasou em três horas e o número de policiais foi o menor já visto.
Em todas as assembleias realizadas desde a prisão de Marcos Prisco, que vinha liderando o movimento, a imprensa virou alvo de críticas dos grevistas. Neste sábado, não foi diferente. Enquanto o repórter Genildo Lawinsky fazia um entrada ao vivo no BATV (da Rede Bahia, afiliada da TV Globo), um manifestante empunhou cartaz com a inscrição ‘Rede Bahia mentira todo dia’.
A greve
A paralisação foi anunciada na noite do dia 31 de janeiro. Desde então, grevistas e suas famílias começaram a protestar em frente a Assembleia Legislativa do Estado.
O clima ficou mais tenso no dia 6, quando soldados do Exército, da Força Nacional e Polícia Federal, militares da Tropa de Choque e do grupo de operações especiais ocuparam os entornos da Assembleia para tentar cumprir mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estavam no pátio do local. Chegou a haver alguns confrontos, mas ninguém ficou ferido com gravidade.
A greve perdeu força na quarta-feira depois da divulgação de gravações mostrando líderes grevistas, como o presidente da Aspra, Marco Prisco, negociando atos de vandalismo. Na madrugada seguinte, grevistas e seus familiares deixaram a assembleia e Marco Prisco foi detido. A Aspra, que era a única entidade que ainda defendia a manutenção da greve, ficou sem líder. Desde então, ninguém assumiu a liderança do movimento e os outros representantes da Aspra preferiram não ser identificados com medo de serem presos.
No dia seguinte, os policiais começaram a retornar ao trabalho e, segundo o comandante-geral, coronel Alfredo Castro, 85% do efetivo já estaria nas ruas. Ele também informou que os grevistas que insistissem no movimento, a partir de então, teriam o ponto cortado e sofreriam sanções administrativas. Neste sábado, os policiais encerraram o movimento.