PAULO MELO CORUJA NEWS
Incidente em Gravataí
Incidente em Gravataí
Ministério Público denuncia 12 pessoas pela morte de agricultor paranaense
Além de oito integrantes da quadrilha que
seria responsável pelo sequestro, também foram denunciados um delegado
gaúcho e três integrantes do grupo Tigre
O Ministério Público (MP) em Gravataí (RS)
denunciou, nesta quinta-feira (23), 12 pessoas por causa dos
desdobramentos de um sequestro de dois agricultores paranaenses que
terminou com a morte de um dos reféns e um policial da Brigada Militar
gaúcha em dezembro do ano passado. Além dos oito integrantes da
quadrilha que teria planejado o sequestro, um delegado gaúcho e três
paranaenses, sendo dois delegados e um investigador do grupo Tático
Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), também estão entro os denunciados.
De acordo com o MP, os dois delegados e o investigador do Tigre foram denunciados “em razão de omissão penalmente relevante com relação ao crime de extorsão mediante sequestro, por não terem evitado o crime quando podiam e deviam evitá-lo, dada a condição funcional dos policiais civis”. Já a denúncia contra o delegado do Rio Grande do Sul é pela prática de homicídio qualificado, “uma vez que agiu com dolo eventual na morte do refém, quando do “estouro” do cativeiro”.
Segundo o promotor de Justiça André Luis Dal Molin Flores, os oito integrantes de uma quadrilha foram denunciados por formação de quadrilha armada e extorsão mediante sequestro com resultado morte. De acordo com o MP de Gravataí, a quadrilha tinha integrantes gaúchos e paranaenses e cometeu vários sequestros no Rio Grande do Sul, atraindo vítimas do Paraná com o anúncio da venda de máquinas agrícolas. Entre os denunciados, quatro estão presos e quatro soltos.
O caso
Policiais paranaenses do Tigre foram acusados de matar o sargento Ariel da Silva no dia 21 de dezembro do ano passado, em Gravataí, quando investigavam o sequestro do agricultor Lírio Persch, que acabou morto.
Persch morreu depois que os policiais gaúchos assumiram o caso e foram atrás dos reféns. No dia 10 de janeiro, a perícia concluiu que o tiro que matou Persch saiu da arma do delegado gaúcho Leonel Carivali, da 1.ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em Gravataí. O policial alegou legítima defesa, já que ele disse ter ouvido barulho de estampidos no momento em que estouravam o cativeiro do agricultor.
Sobre a morte do sargento gaúcho, as investigações revelaram que houve confronto armado entre os investigadores paranaenses e Ariel da Silva. O confronto ocorreu após a tentativa de abordagem. O sargento estava à paisana e em uma moto sem identificação da polícia. Ele teria tentado interpelar os agentes do Tigre já com arma em punho e sem se identificar como policial.
Na época, o delegado-chefe do Tigre, Renato Bastos Figueiroa, defendeu a ação dos policiais paranaenses. Segundo ele, só houve confronto porque o sargento gaúcho sacou a arma enquanto seguia de moto em direção ao veículo do Tigre. “O grupo Tigre está com a consciência tranquila de ter agido de acordo com o que as circunstâncias exigiram. Tanto eu como outra equipe teria agido da mesma forma”, disse em entrevista à Gazeta do Povo.
Os policiais paranaenses chegaram a ficar um mês presos durante as investigações. Eles foram soltos no dia 20 de janeiro deste ano.
De acordo com o MP, os dois delegados e o investigador do Tigre foram denunciados “em razão de omissão penalmente relevante com relação ao crime de extorsão mediante sequestro, por não terem evitado o crime quando podiam e deviam evitá-lo, dada a condição funcional dos policiais civis”. Já a denúncia contra o delegado do Rio Grande do Sul é pela prática de homicídio qualificado, “uma vez que agiu com dolo eventual na morte do refém, quando do “estouro” do cativeiro”.
Segundo o promotor de Justiça André Luis Dal Molin Flores, os oito integrantes de uma quadrilha foram denunciados por formação de quadrilha armada e extorsão mediante sequestro com resultado morte. De acordo com o MP de Gravataí, a quadrilha tinha integrantes gaúchos e paranaenses e cometeu vários sequestros no Rio Grande do Sul, atraindo vítimas do Paraná com o anúncio da venda de máquinas agrícolas. Entre os denunciados, quatro estão presos e quatro soltos.
O caso
Policiais paranaenses do Tigre foram acusados de matar o sargento Ariel da Silva no dia 21 de dezembro do ano passado, em Gravataí, quando investigavam o sequestro do agricultor Lírio Persch, que acabou morto.
Persch morreu depois que os policiais gaúchos assumiram o caso e foram atrás dos reféns. No dia 10 de janeiro, a perícia concluiu que o tiro que matou Persch saiu da arma do delegado gaúcho Leonel Carivali, da 1.ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em Gravataí. O policial alegou legítima defesa, já que ele disse ter ouvido barulho de estampidos no momento em que estouravam o cativeiro do agricultor.
Sobre a morte do sargento gaúcho, as investigações revelaram que houve confronto armado entre os investigadores paranaenses e Ariel da Silva. O confronto ocorreu após a tentativa de abordagem. O sargento estava à paisana e em uma moto sem identificação da polícia. Ele teria tentado interpelar os agentes do Tigre já com arma em punho e sem se identificar como policial.
Na época, o delegado-chefe do Tigre, Renato Bastos Figueiroa, defendeu a ação dos policiais paranaenses. Segundo ele, só houve confronto porque o sargento gaúcho sacou a arma enquanto seguia de moto em direção ao veículo do Tigre. “O grupo Tigre está com a consciência tranquila de ter agido de acordo com o que as circunstâncias exigiram. Tanto eu como outra equipe teria agido da mesma forma”, disse em entrevista à Gazeta do Povo.
Os policiais paranaenses chegaram a ficar um mês presos durante as investigações. Eles foram soltos no dia 20 de janeiro deste ano.