PAULO MELO CORUJA NEWS
Cielo, Neymar e Isinbayeva estão entre as maiores decepções de Londres
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
- Arte/UOL
Neymar, Isinbayeva e Cielo: trio não conseguiu brilhar nos Jogos Olímpicos de Londres
Muitas estrelas do esporte deixaram os Jogos de Londres com o sorriso amarelo, surpreendidos por verem seu favoritismo desmoronar nas pistas, quadras ou piscinas. Campeões mundiais foram batidos e recordistas tiveram brilho apagado diante de desafiantes mais preparados, ou mesmo se complicando por conta própria.
Este grupo contou com nomes de peso do esporte, como o brasileiro Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre na natação. A musa Yelena Isinbayeva também voltou para a Rússia sem a medalha de ouro no pescoço, apesar de dominar o circuito do salto com vara em boa parte dos últimos anos.
Este grupo contou com nomes de peso do esporte, como o brasileiro Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre na natação. A musa Yelena Isinbayeva também voltou para a Rússia sem a medalha de ouro no pescoço, apesar de dominar o circuito do salto com vara em boa parte dos últimos anos.
Confira abaixo algumas das decepções dos Jogos Olímpicos de Londres 2012:
YELENA ISINBAYEVA
Favorita ao ouro no salto com vara, a russa não conseguiu saltar mais do que 4,70 m e deixou Londres com o bronze, ficando atrás da norte-americana Jennifer Suhr e da cubana Yarislei Silva. Recordista mundial com 5,06 m, a bicampeã olímpica saiu dos Jogos com a promessa de tentar a vitória no Rio de Janeiro em 2016. Na mesma prova a brasileira Fabiana Murer não conseguiu passar da etapa eliminatória, apesar de ser uma das candidatas a medalha. A atleta responsabilizou as condições do vento pelo fracasso.
ROGER FEDERER
O jogador mais vitorioso da história do tênis não conseguiu uma das últimas façanhas restantes na carreira. O número 1 do mundo Federer caiu na final diante do britânico Andy Murray, na mesma quadra onde havia derrotado o mesmo adversário na decisão de Wimbledon três semanas antes. O suíço começou a Olimpíada com sufoco na estreia diante do azarão colombiano Alejandro Falla e volta para a casa sem o ouro, em sua terceira tentativa olímpica.
MARMELADA NO BADMINTON
Um incidente de resultados comprometidos manchou a modalidade em sua presença nos Jogos de Londres. Geralmente o badminton não chama muita atenção em Olimpíadas, mas desta vez ele ganhou as manchetes em razão da expulsão de oito atletas, acusadas de tentar forçar derrotas para manipular o chaveamento de confrontos da fase decisiva. Foram excluídas atletas da China, Indonésia e Coreia do Sul.
ESPANHA NO FUTEBOL
Atual bicampeã europeia e vencedora da última Copa do Mundo, a Espanha não conseguiu confirmar sua condição de força dominante do futebol na Olimpíada. Mesmo com alguns jogadores presentes na conquista da última Euro, a equipe foi eliminada ainda na primeira fase, com derrotas para Japão e Honduras e empate com Marrocos. Após a competição o técnico Luis Milla foi demitido pela federação de futebol do país, apesar de vir de um título continental no Sub-21.
CESAR CIELO
Depois da glória em Pequim, o nadador brasileiro teve um desempenho apenas discreto em Londres. Primeiro Cielo passou longe do pódio nos 100 m livre, com a sexta colocação na bateria final. Favorito ao segundo ouro nos 50 m, o atleta do país dominou as eliminatórias, mas ficou apenas com a medalha de bronze (o francês Florent Manaudou foi o vencedor). A estrela quase foi superada na decisão pelo compatriota Bruno Fratus, que ficou em 4º lugar. Tudo isso apesar de ser poupado nas provas de revezamento. Também na natação o brasileiro Felipe França ficou longe de seu melhor desempenho pessoal e parou nas semifinais dos 100 m peito.
FUTEBOL BRASILEIRO
Com planejamento de prioridade dentro da CBF, o projeto olímpico masculino mais uma vez não conseguiu a medalha de ouro, disputando um torneio sem forças internacionais [e com quedas precoces de Espanha e Uruguai]. O técnico Mano Menezes contou com o melhor que podia, desfalcou times no Brasileirão e usou “veteranos” acima de 23 anos em posições chave. Mesmo assim o time acabou derrotado na final pelo azarão México por 2 a 1. Individualmente, Neymar passou longe de ser a estrela que se esperava, o líder até o inédito topo do pódio. Pior fez o futebol feminino do país. Se nas duas Olimpíadas anteriores a equipe havia chegado à prata, ficando no “quase”, desta vez o time de Marta e companhia caiu nas quartas de final, diante das campeãs mundiais japonesas, com uma performance técnica fraca.
OUTROS BRASILEIROS
Campeã defensora do salto em distância, Maurren Maggi teve desempenho apagado em Londres. Aparentemente competindo lesionada, não passou da eliminatória em sua prova (6,37 m como melhor salto). Na ginástica, pela segunda vez em Olimpíadas Diego Hypólito viu as chances de chegar ao pódio escaparem com um tombo em sua apresentação. O atleta até chegou a declarar que “amarelou”. Nas quadras, a seleção feminina de basquete do país jogou cinco vezes e só conseguiu vitória na última partida, em uma participação olímpica marcada pelo corte de Iziane por indisciplina e um festival de descontrole emocional.