PAULO MELO CORUJA NEWS
Família ainda tenta liberação de corpo de dentista em Portugal
JOÃO ALBERTO PEDRINI
ENVIADO ESPECIAL A CRISTAIS PAULISTA
ENVIADO ESPECIAL A CRISTAIS PAULISTA
Familiares da dentista brasileira Luciana Pinheiro Coelho Garcia Gioso, 40, que morreu na última quarta-feira (22) numa explosão seguida de incêndio na casa onde morava em Castro Marim, em Portugal, tentam a liberação dos corpos dela e dos filhos --um menino de 10 anos e uma menina de 13--, que também morreram no local.
A Polícia Judiciária portuguesa informou nesta segunda-feira (27) à Folha que os corpos devem passar por autópsia, mas não revelou a data. A principal linha de investigação aponta que a dentista foi quem iniciou o fogo.
A imprensa portuguesa, como o 'Correio da Manhã', noticiou que Luciana sofria de depressão.
Hélio Kondo (PMDB), prefeito de Cristais Paulista (414 km de São Paulo), onde mora parte da família das vítimas, disse que no dia do incidente um irmão de Luciana afirmou que a dentista estava sofrendo porque queria retornar ao Brasil, contra a vontade do marido.
"É uma família tranquila, tradicional na cidade. Nunca vi nenhum tipo de problema. Sempre a víamos feliz. É lamentável que isso tenha acontecido", afirmou.
A reportagem conversou nesta segunda com pessoas próximas à família. A maioria diz desconhecer a suposta depressão da dentista.
"É uma família comum. Nunca vi nenhum problema", diz a comerciante Elza Helena de Oliveira Santos, 43.
SILÊNCIO
Procurados pela reportagem, familiares da dentista não falaram sobre o caso. A mãe, através da empregada doméstica, disse que não comentaria.
Irmãos da dentista também não atenderam aos telefonemas.