SÍRIO FOGE DA GUERRA E ENCONTRA ESPOSA NO BRASIL

PAULO MELO CORUJA NEWS


'Vou continuar a minha vida no Brasil', diz sírio que 


fugiu de guerra civil

Hekmat Bacha é marido de uma brasileira que tem família em Foz do Iguaçu.
Ela chegou no país na terça-feira (28), acompanhada dos filhos.

Do G1 PR, com informações da RPC TV Foz do Iguaçu
Depois de três dias da chegada da brasileira Priscila Eroud Ibrahim Bacha ,de 25 anos, que estava no meio do fogo cruzado entre as tropas do governo de Bashar Al-Assad e das Forças Rebeldes, chegou na noite de sexta-feira (31), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, o marido dela, Hekmat Bacha. Ele não pôde embarcar com a família porque teve problemas com o passaporte.
Hekmat conseguiu vir para o Brasil depois que o governo brasileiro o concedeu um passaporte para estrangeiros. A passagem foi paga pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. “Estou muito feliz. Vou continuar minha vida no Brasil”, disse o sírio assim que chegou ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
Na quarta-feira (29), em entrevista ao G1, Priscila relatou os momentos de tensão que passou durante o tempo em que estava no meio dos conflitos na Síria. Sem um lugar para se proteger, a família tomou a decisão de voltar ao Brasil. “Naquele momento de desespero, a primeira coisa que pensei foi em ligar para minha mãe e dizer: ‘Mãe, me tira daqui’. Aí, eu liguei para minha mãe e ela escutou os tiros no celular. A minha mãe sentiu o que eu estava sentindo”, disse.Alívio para a esposa, para os filhos e para os sogros, que foram recepcioná-lo. Priscila aguardava ansiosa pela chegada do marido. “Agora eu acho que vai ser minha primeira noite de um bom sono porque quem estava faltando, agora, era ele”, argumenta a brasileira que fugiu junto com os filhos.
Ela também contou que, além da saudade dos pais e das irmãs, também não via a hora de comer o feijão com arroz. “Eu falei para minha mãe. Vai preparando o feijãozinho”.
Agora, depois dos momentos de medo que passaram na Síria, o casal e os filhos pretendem ficar morando em Foz do Iguaçu. “Quem toma água do Brasil, tem que voltar. Ele não tem outra saída, tem que voltar, tem que viver aqui com esse povo doce”, afirmou o Sírio.