A NOVELA ANA MARIA CONTINUA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Câmara de Ponta Grossa Analisa


possível cassação de vereadora

Ana Maria de Holleben (PT) é suspeita de forjar o próprio sequestro.
Suplente diz que ela ofereceu R$ 50 mil para evitar comissão, mas ela nega.

Do G1 PR com informações da RPC TV de Ponta Grossa
A sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, no interior do Paraná, foi tumultuada na tarde desta segunda-feira (27). Os parlamentares se reuniram para votar a criação da Comissão Parlamentar Processante (CPP), que deve decidir uma possível cassação do mandato da vereadora Ana Maria de Holleben (PT) ou arquivamento do caso do suposto falso sequestro após a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro.
No plenário, o suplente Francisco Valentim Filho, conhecido por Baixinho, acusou Ana Maria de ter oferecido R$ 50 mil para que ele votasse contra o projeto. Baixinho ainda disse que a vereadora sugeriu dar um cargo para ele ou para o filho do suplente. Ana Maria deu outra explicação que também envolve a votação do projeto. “Eu fui procurada e me pediram R$ 20 mil. Eu não faria isso. Eu sabia da instauração da CPP. O pedido era para ele comparecer e votar a meu favor”, afirma. 
Foram mais de três horas de sessão, que precisou ser interrompida por diversas vezes. Mesmo com bate-boca, a sessão terminou com a aprovação da CPP por unanimidade. A partir de agora, a comissão tem três meses para elaborar o relatório que vai definir o futuro de Ana Maria.
CPI concluída
Após a investigação da polícia, a Câmara de Vereadores criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e ouviu os envolvidos no caso, como o motorista que estava com a parlamentar naquele dia, a esposa dele e o homem que alegou ter acontecido o sequestro. A conclusão da CPI foi a de que houve quebra de decoro parlamentar.
Segundo os vereadores, a votação para criar a Comissão Parlamentar Processante foi necessária para analisar o resultado do inquérito. A vereadora Ana Maria ainda deve apresentar uma defesa.