MANIFESTANTES FAZEM ATO PÚBLICO CONTRA A ABERTURA DA ESTRADA DO COLONO

PAULO MELO CORUJA NEWS

Manifestantes realizam ato público contra abertura da Estrada do Colono

Ato público foi realizado na manhã deste domingo (23), em Foz do Iguaçu.
Eles também protestaram contra a construção da usina do Baixo Iguaçu.

Cassiane Seghatti Do G1 PR, em Cascavel
 
Cataratas do Iguaçu (Foto: Neide Duarte/ TV Globo)Ato público foi realizado nas Cataratas do Iguaçu (Foto: Neide Duarte/ TV Globo)
Cerca de 150 pessoas participaram de um ato público na manhã deste domingo (23) no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Entidades e ambientalistas protestaram em defesa ao meio ambiente e também querem despertar a atenção das autoridades. O grupo entregou panfletos em quatro idiomas para explicar aos turistas o motivo da manifestação.
Ao G1, o presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu (ADEAFI) André Alliana, explicou que o motivo do ato público é porque o segundo parque nacional mais visitado do Brasil está ameaçado. Segundo ele, por causa da autorização da abertura da Estrada do Colono e a construção da usina do Baixo Iguaçu, entre Capanema e Capitão Leônidas Marques.
 
“Uma série de pessoas vieram até o parque fazer a defesa da manutenção do Parque Nacional do Iguaçu, que está com a integridade ameaçada com a abertura da Estrada do Colono”, disse. André afirmou que com a abertura da estrada, uma das áreas mais sensíveis do parque será afetada. “Vai acabar com 5% do parque. O problema é que é 5% bem ao meio do parque. Os animais vão acabar deixando de transitar nesse espaço. Acaba tendo a perda de uma biodiversidade muito grande”, complementou.
Sobre a Usina do Baixo Iguaçu, ele disse que a preocupação é como o processo construtivo não vai impactar o parque, já que está a 500 metros da reserva. “A usina é uma ameaça principalmente na sua construção. E como construir uma usina desse porte a 500 metros do parque? A quantidade de equipamento, gente, maquinários, e dessa distância? Obviamente que o empreendimento desse tamanho é algo que vai impactar”, assegurou.
Alliana também informou que as entidades e ambientalistas vão continuar fazendo atividades para chamar a atenção das autoridades até que os problemas sejam resolvidos.