PAULO MELO CORUJA NEWS
Quase metade da safra de 2014 deve ser perdida, segundo cooperativa.
“Dá pra sentir o odor de folhas queimadas nas propriedades. O café estava com uma produção muito alta neste ano e, por ter muita demanda, os pés estavam com poucas reservas nutritivas, o que os deixou frágeis”, explica o engenheiro agrônomo da cooperativa mandaguariense, Roberval Simões Rodrigues.
O município é principal polo cafeeiro da região, com 350 produtores do fruto, de acordo com a Cocari. Nenhum deles escapou dos prejuízos com a geada, afirma Rodrigues. O balanço com os números consolidados das perdas, no entanto, só pode ser feito dias depois da geada, já que os pés podem demorar alguns dias para reagir à queimada.
“Três tipos de geada atingiram Mandaguari
nesta noite [quinta-feira]: a geada branca, com a formação de gelo por
fora do café, a geada de vento e a própria geada negra, quando há
congelamento por dentro da planta. O prejuízo foi enorme ”, garante o
engenheiro agrônomo.
O técnico agrícola do Instituto Paranaense de Assistência Técnica (Emater) Sérgio Zafalon afirma que visitou lavouras do município durante a geada desta quinta-feira. O termômetro que ele carregava em mãos marcou -6 graus em algumas propriedades, conforme ele.
“Desde 2000 não há uma geada tão forte quanto essa. As folhas estão todas queimadas. O prejuízo se acumulou, já que foram duas noites seguidas de frio intenso. A safra de 2014 está completamente comprometida”, relata Zafalon.
O agricultor de Mandaguari, Antônio Rosseto Neto, terá que arrancar cerca de 300 mil pés de café das propriedades dele e começar uma nova produção. A lavoura foi completamente perdida. “Todo o trabalho de formação, de cultivo, de trato foi jogado fora. É muito triste. Uma geada dessas acaba com a vida de um cafeicultor”.
Neto afirma que toda a família foi afetada pelo frio – além dele, quatro irmãos e os filhos de todos eles sobrevivem do café. Com a devastação, os produtores terão safra para comercializar apenas em 2015. “É uma vida inteira prejudicada. Tudo que fizemos foi jogado fora. A gente gosta de trabalhar com o café, é o que sabemos fazer, mas esses momentos são bem difíceis”, lamenta o cafeicultor. “Agora, vamos voltar ao trabalho. Temos que começar do zero”.
Geada negra devasta lavouras de café em Mandaguari, no norte do PR
Quase metade da safra de 2014 deve ser perdida, segundo cooperativa.
Técnico agrícola afirma que a temperatura nas lavouras chegou a -6º.
Cerca de 350 cafeicultores foram prejudicados pela geada na região da Mandaguari (Foto: RPC TV Maringá/Reprodução)
As lavouras de café de Mandaguari, no norte do Paraná,
foram devastadas pela geada negra que atingiu o município na madrugada
desta quinta-feira (25), segundo a cooperativa Cocari. A estimativa é de
que quase metade da safra, que seria colhida em 2014, foi destruída
pelo fenômeno climático.“Dá pra sentir o odor de folhas queimadas nas propriedades. O café estava com uma produção muito alta neste ano e, por ter muita demanda, os pés estavam com poucas reservas nutritivas, o que os deixou frágeis”, explica o engenheiro agrônomo da cooperativa mandaguariense, Roberval Simões Rodrigues.
O município é principal polo cafeeiro da região, com 350 produtores do fruto, de acordo com a Cocari. Nenhum deles escapou dos prejuízos com a geada, afirma Rodrigues. O balanço com os números consolidados das perdas, no entanto, só pode ser feito dias depois da geada, já que os pés podem demorar alguns dias para reagir à queimada.
O técnico agrícola do Instituto Paranaense de Assistência Técnica (Emater) Sérgio Zafalon afirma que visitou lavouras do município durante a geada desta quinta-feira. O termômetro que ele carregava em mãos marcou -6 graus em algumas propriedades, conforme ele.
“Desde 2000 não há uma geada tão forte quanto essa. As folhas estão todas queimadas. O prejuízo se acumulou, já que foram duas noites seguidas de frio intenso. A safra de 2014 está completamente comprometida”, relata Zafalon.
O agricultor de Mandaguari, Antônio Rosseto Neto, terá que arrancar cerca de 300 mil pés de café das propriedades dele e começar uma nova produção. A lavoura foi completamente perdida. “Todo o trabalho de formação, de cultivo, de trato foi jogado fora. É muito triste. Uma geada dessas acaba com a vida de um cafeicultor”.
Neto afirma que toda a família foi afetada pelo frio – além dele, quatro irmãos e os filhos de todos eles sobrevivem do café. Com a devastação, os produtores terão safra para comercializar apenas em 2015. “É uma vida inteira prejudicada. Tudo que fizemos foi jogado fora. A gente gosta de trabalhar com o café, é o que sabemos fazer, mas esses momentos são bem difíceis”, lamenta o cafeicultor. “Agora, vamos voltar ao trabalho. Temos que começar do zero”.