PAULO MELO CORUJA NEWS
Oswaldo Eustáquio/Agência de Notícias Gazeta do Povo
OSWALDO EUSTÁQUIO,
Morreu na manhã desta segunda-feira (1º) o prefeito de Paranaguá, Mário Roque (PMDB), que estava internado no Hospital Vita, em Curitiba, havia duas semanas, após sofrer um enfarte. Ele tinha 71 anos e teve falência múltipla de órgãos após um procedimento cirúrgico.
Oswaldo Eustáquio/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Morte pegou amigos e familiares de surpresa, porque, embora hospitalizado, Roque passava bem, segundo a Prefeitura
PERDAMorre o prefeito de Paranaguá, Mário Roque
Ele tinha 71 anos e estava hospitalizado havia duas semanas, após sofrer um enfarte
Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Vita Batel nesta manhã, o prefeito Mário Roque apresentou piora geral no seu quadro clínico, com falência múltipla de órgãos, o que culminou no óbito. Na semana passada, ele apresentou boa recuperação, mas teve de ser submetido novamente a uma cirurgia, para correção da caixa torácica, já que houve fratura do osso esterno (no peito).
De acordo com o médico Luiz Fernando Kubrusly, cardiologista responsável pela cirurgia do prefeito, a partir do segundo procedimento, a evolução não foi favorável. “No final de semana, o rim começou a falhar, o pulmão também, e o quadro não podia ser pior. Ele acabou, infelizmente, falecendo”.
O vice-prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB), que assumiu a prefeitura no último dia 24, permanece agora no lugar de Roque. A cidade, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), não contará com vice-prefeito, já que não existe o cargo de suplente a vice. Quando Kersten precisar se ausentar, o presidente da Câmara de Vereadores deve assumir o cargo de prefeito interinamente.
No último dia 24, o vice-prefeito Kersten tomou posse como chefe do Executivo do município. Na ocasião ele disse que seriam mantidas as ações da maneira como vinham sendo conduzidas por Roque. Segundo Kersten, a orientação seria para “continuidade e coesão de pensamentos”.
Velório e luto
Velório e luto
O velório será realizado nesta tarde, no Ginásio Albertina Salmon, em Paranaguá. “A princípio, pensamos em fazer o velório na Prefeitura, mas, por uma questão de espaço físico, optou-se por fazer o velório no ginásio, para que toda a comunidade parnanguara possa fazer a última homenagem ao prefeito Mário Roque”, disse Kersten.
Informações confirmadas pela família dão conta de que o corpo do prefeito deve ser trasladado de Curitiba a Paranaguá por volta de 15h desta segunda-feira. Depois, será encaminhado para velório. Ainda não foi confirmada a data e horário do sepultamento. Será decretado luto oficial de três dias no município.
De acordo com informações da Prefeitura de Paranaguá, todos os órgãos públicos permanecerão fechados nesta segunda, por luto. Apenas os postos de saúde devem permanecer abertos.
Trajetória
A história de Mário Roque em Paranaguá começou no fim da década de 1950, quando ele chegou do seu país de origem, Angola, com o sonho de ser jogador de futebol. Ele trabalhou alguns anos como vigia portuário e logo se destacou como líder, assumindo a presidência do Sindicato dos Vigias Portuários de Paranaguá.
Em 1992, Roque já era um dos maiores sindicalistas da cidade e, com o apoio dessa classe de trabalhadores, foi eleito vereador em Paranaguá. Em seu primeiro ano de mandato conquistou a presidência do Legislativo, cargo ocupado hoje pelo filho Marquinhos Roque. Em 1996 foi eleito prefeito, sendo reeleito em 2000 e novamente eleito para o Executivo do município em 2012. Ele também foi presidente do Rio Branco, time de futebol da cidade.
No dia 9 de junho de 2009, o político assumiu como deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep-PR), no lugar de Fernando Ribas Carli Filho (PSB). Este último tinha renunciado ao cargo depois de se envolver no acidente de trânsito que deixou dois jovens mortos em Curitiba, no qual Filho estaria dirigindo a uma velocidade pelo menos três vezes maior que o permitido. Roque permaneceu na vaga de Ribas Carli até 2011, após ter a vaga questionada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) por infidelidade partidária.
Nascido em 1942, Roque deixa a esposa, filhos e netos
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