PAULO MELO CORUJA NEWS
Jovem foi assassinada em maio de 2011, em Curitiba, com tiros na cabeça.
Louise Maeda tinha 21 anos, quando foi morta. Ela desapareceu após sair do trabalho em uma iogurteria de um shopping da capital paranaense. A família ficou 18 dias sem notícias da jovem, até que o corpo foi encontrado no bairro Campo do Santana. De acordo com a polícia, a jovem foi morta por Márcia Nascimento, por outra colega de trabalho e também pelo namorado de Márcia.
Ao todo, 15 pessoas serão ouvidas. Sete testemunhas convocadas pela defesa de Márcia e oito pela acusação. Em uma visão otimista, o resultado do julgamento pode sair ainda nesta terça-feira. Entretanto, Gianfranco Petruzziello, advogado assistente de acusação, não descarta a possibilidade de o julgamento se estender até quarta-feira (7).
De acordo com ele, é sabido que o então namorado de Márcia foi o autor de um dos tiros, porém, não se tem certeza quem efetuou o segundo disparo. Segundo ele, nenhuma das duas assumiu esta responsabilidade.
Ele afirmou ainda que, por não existir um controle preciso na loja, os supostos desvios feitos pela Márcia eram pensados para serem enquadrados na tolerância da contabilidade. “Não é que faltava dinheiro no caixa. Faltavam produtos, falta o gel usado para fazer os iogurtes e copos (...) tudo leva a crê que ela não registrava uma venda ou outra e colocava o dinheiro diretamente no bolso”, acrescentou.
A advogada de Márcia, Andrea Tenório, desqualifica a tese da acusação. Segundo ela, Márcia não nega o envolvimento do crime, porém, diz que não atirou contra Louise. A Márcia, disse a advogada, sabia o que iria acontecer, mas não tinha o domínio final do fato, porque não estava com a arma em mãos.
Tenório alega que não existia ambição por parte da cliente, uma vez que, de acordo com ela, não havia possibilidade de crescimento na empresa. “A diferença salarial é questão de R$ 70, R$ 80. É uma empresa relativamente pequena. Não havia condição de qualquer pessoas crescer ali dentro no limite de R$ 820, que era o valor a vítima ganhava, enquanto o delas [acusadas] girava em torno de R$ 760”, afirmou a advogada. Tenório negou a ocorrência de desvios na empresa.
A jurista disse que nem ela sabe a verdadeira motivação do crime. Tenório afirmou que Márcia tem medo de retaliação dentro da unidade prisional. “Dentro da unidade prisional existe outra lei, que é um pouco mais severa do que a própria lei aqui fora. Se ela contar o que aconteceu, da forma como aconteceu, lá dentro ela vai ser punida. Lá dentro ela vai ser a famosa X9”, argumentou a advogada.
A Márcia, ainda conforme a advogada, afirma que a mentora do crime foi a outra acusada. A advogada diz que o trabalho será centrado para diminuir a pena e fazer com que Márcia pague pela real culpa.
Relembre o caso
Louise foi vista pela última vez em uma terça-feira, dia 31 de maio, depois que saiu do trabalho, por volta das 22h30. De acordo com a família, a jovem tinha o costume de avisar quando iria sair mais tarde, para que o pai a buscasse no ponto de ônibus, o que não ocorreu naquele dia.
O corpo da universitária foi encontrado em estado de decomposição avançado. Um dia depois, Márcia e a outra acusada foram presas. Na ocasião, a polícia divulgou que encontrou com Márcia R$ 2.400,00 e avaliou que o dinheiro era incompatível com a renda dela.
O namorado de Márcia ficou foragido por alguns dias e se entregou mais tarde. A mochila de Louise foi encontrada na casa dele. Durante a reconstituição do crime, o rapaz confessou, de acordo com a polícia, que atirou em Louise.
Começa o julgamento da primeira acusada de matar Louise Maeda
Jovem foi assassinada em maio de 2011, em Curitiba, com tiros na cabeça.
MP diz que colegas de trabalho e mais um rapaz são os autores do crime.
Louise Maeda estudava administração
(Foto: Arquivo pessoal)
Um dos três acusados de matar a jovem Louise Sayuri Maeda, em maio de
2011, com dois tiros na cabeça, começa a ser julgado nesta terça-feira
(6), às 9h, em Curitiba.
Márcia Nascimento, que era colega de trabalho da vítima, é acusada de
homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver. Não há
previsão para o julgamento dos demais acusados.(Foto: Arquivo pessoal)
Louise Maeda tinha 21 anos, quando foi morta. Ela desapareceu após sair do trabalho em uma iogurteria de um shopping da capital paranaense. A família ficou 18 dias sem notícias da jovem, até que o corpo foi encontrado no bairro Campo do Santana. De acordo com a polícia, a jovem foi morta por Márcia Nascimento, por outra colega de trabalho e também pelo namorado de Márcia.
Ao todo, 15 pessoas serão ouvidas. Sete testemunhas convocadas pela defesa de Márcia e oito pela acusação. Em uma visão otimista, o resultado do julgamento pode sair ainda nesta terça-feira. Entretanto, Gianfranco Petruzziello, advogado assistente de acusação, não descarta a possibilidade de o julgamento se estender até quarta-feira (7).
De acordo com ele, é sabido que o então namorado de Márcia foi o autor de um dos tiros, porém, não se tem certeza quem efetuou o segundo disparo. Segundo ele, nenhuma das duas assumiu esta responsabilidade.
saiba mais
De qualquer forma, Petruzziello acredita, e vai defender em tribunal,
que o crime foi arquitetado por Márcia. “Tudo leva a crê que a Márcia
tinha uma certa ambição dentro da empresa e que ela não simpatizava
muito com a Louise, que era supervisora dela na loja e reprimia bastante
as atitudes da Márcia. E a Márcia não gostava muito disso. Então, tudo
leva a crê que uma insatisfação dela com as atitudes da Louise e,
principalmente, porque, existe a notícia nos autos, que a Louise estava
propondo a demissão da Márcia, por causa de supostos desvios na
empresa”, disse o advogado.- Audiência de instrução dos acusados do caso Maeda será nesta terça-feira
- MP quer júri popular para acusados de assassinar matar Louise Maeda
- Justiça nega habeas corpus a uma das acusadas de matar Louise Maeda
- Suspeito de ter matado Louise Maeda confessou o crime em reconstituição
- Não há nenhuma dúvida sobre quem matou Louise Maeda, diz delegado
- Preso aponta lugar onde estudante Louise Maeda foi morta, diz polícia
- Polícia descarta principal linha de investigação do caso Louise Maeda
Ele afirmou ainda que, por não existir um controle preciso na loja, os supostos desvios feitos pela Márcia eram pensados para serem enquadrados na tolerância da contabilidade. “Não é que faltava dinheiro no caixa. Faltavam produtos, falta o gel usado para fazer os iogurtes e copos (...) tudo leva a crê que ela não registrava uma venda ou outra e colocava o dinheiro diretamente no bolso”, acrescentou.
A advogada de Márcia, Andrea Tenório, desqualifica a tese da acusação. Segundo ela, Márcia não nega o envolvimento do crime, porém, diz que não atirou contra Louise. A Márcia, disse a advogada, sabia o que iria acontecer, mas não tinha o domínio final do fato, porque não estava com a arma em mãos.
Tenório alega que não existia ambição por parte da cliente, uma vez que, de acordo com ela, não havia possibilidade de crescimento na empresa. “A diferença salarial é questão de R$ 70, R$ 80. É uma empresa relativamente pequena. Não havia condição de qualquer pessoas crescer ali dentro no limite de R$ 820, que era o valor a vítima ganhava, enquanto o delas [acusadas] girava em torno de R$ 760”, afirmou a advogada. Tenório negou a ocorrência de desvios na empresa.
A jurista disse que nem ela sabe a verdadeira motivação do crime. Tenório afirmou que Márcia tem medo de retaliação dentro da unidade prisional. “Dentro da unidade prisional existe outra lei, que é um pouco mais severa do que a própria lei aqui fora. Se ela contar o que aconteceu, da forma como aconteceu, lá dentro ela vai ser punida. Lá dentro ela vai ser a famosa X9”, argumentou a advogada.
A Márcia, ainda conforme a advogada, afirma que a mentora do crime foi a outra acusada. A advogada diz que o trabalho será centrado para diminuir a pena e fazer com que Márcia pague pela real culpa.
Relembre o caso
Louise foi vista pela última vez em uma terça-feira, dia 31 de maio, depois que saiu do trabalho, por volta das 22h30. De acordo com a família, a jovem tinha o costume de avisar quando iria sair mais tarde, para que o pai a buscasse no ponto de ônibus, o que não ocorreu naquele dia.
O corpo da universitária foi encontrado em estado de decomposição avançado. Um dia depois, Márcia e a outra acusada foram presas. Na ocasião, a polícia divulgou que encontrou com Márcia R$ 2.400,00 e avaliou que o dinheiro era incompatível com a renda dela.
O namorado de Márcia ficou foragido por alguns dias e se entregou mais tarde. A mochila de Louise foi encontrada na casa dele. Durante a reconstituição do crime, o rapaz confessou, de acordo com a polícia, que atirou em Louise.