JUSTIÇA DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE IRMÃOS DE EX ASSESSOR DA CASA VIVIL

PAULO MELO CORUJA NEWS

Justiça decreta prisão preventiva de irmãos de ex-assessor da Casa Civil

Edmundo e Francisco Gaievski são suspeitos de pagar testemunhas.
Eduardo Gaievski está preso e responde por estupro de adolescentes.

Fabiula Wurmeister Do G1 PR, em Foz do Iguaçu

Dois irmãos de Eduardo André Gaiesvski, preso por estupro de adolescentes, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça de Realeza, no sudoeste do Paraná, na sexta-feira (25). Edmundo e Francisco Gaievski estão sendo investigados por formação de quadrilha e por pagarem testemunhas para que registrassem declaração em favor do ex-assessor da Casa Civil. Segundo o delegado Valderes Scalco, desde que a prisão foi decretada, a Polícia Civil vem fazendo buscas pela região com o objetivo de cumprir o mandado.
Na quarta-feira (23), quando o advogado Fernandes Borges e André Gaievski - filho do ex-assessor - foram presos, o delegado Sandro Spadotto Barros afirmou que o dinheiro havia sido entregue às testemunhas no dia anterior, na casa de um dos irmãos do político. “Os irmãos do Gaievski, o filho e o advogado deram dinheiro para duas testemunhas para fazerem uma declaração falando coisas que não são verdade. Eles estavam indo para o cartório, quando foram presos em flagrante”, comentou na época.
O filho do ex-assessor e o advogado permanecem presos em Realeza e responderão pelos crimes de formação de quadrilha e por fornecer dinheiro a testemunhas para que ajudassem a inocentar Gaievski. Durante o depoimento, os dois disseram que só devem falar em juízo.
Favores sexuais
Gaievski, que estava preso em Curitiba desde o dia 31 de agosto, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão na quinta-feira (24). Prefeito de Realeza entre 2005 e 2012, ele é acusado de levar meninas de 13 a 14 anos a motéis com ajuda de mulheres mais velhas e de retribuir os favores sexuais com dinheiro e cargos na prefeitura.
Nomeado pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Gaievski foi exonerado do cargo de assessor especial após a polêmica, além de ser expulso do Partido dos Trabalhadores (PT). As investigações foram deflagradas pelo Ministério Público de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, há cerca três anos. O processo corre em segredo de Justiça.