PAULO MELO CORUJA NEWS
Dos 20 leitos disponíveis, 50 foram atendidos nesta quinta, em Cascavel.
A superlotação do pronto-socorro do Hospital Universitário de Cascavel, no oeste do Paraná, gerou reclamação dos pacientes e familiares. A capacidade de atendimento é de 20 leitos, mas, na manhã desta quinta-feira (10), chegou a 50. Muitos doentes aguardavam em cadeiras e nos corredores da unidade de saúde.
O estudante Tales Gallina está internado no HU desde segunda-feira (7) à tarde porque precisou fazer uma cirurgia de apendicite. “Fiquei internado, fiz uma cirurgia e vim para cá [corredor]. Desde segunda à noite que estou aqui”, disse o rapaz. Apesar do desconforto de estar no corredor da unidade, ele afirmou que está sendo bem atendido pela equipe médica.
Na sala de emergência, onde ficam os pacientes mais graves que aguardam uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tinham oito pessoas, o dobro dos dias normais. “Eles atendem bem, é grande aqui, mas o espaço é pouco para muita gente”, reclamou o motorista Dirlei Lopes Mattos.
O chefe do pronto socorro, Gerson Bredt Júnior, admitiu o problema enfrentado na unidade de saúde e diz que e a superlotação é rotina no HU. Além disso, segundo ele, isso tem prejudicado o trabalho dos profissionais. “Isso está tornando a situação praticamente inviável, caótica, não só para material, mas, principalmente, para recursos humanos. As enfermeiras, os médicos, as auxiliares de enfermagem estão trabalhando no limite psicológico e profissional”, desabafou Gerson.
A direção do HU reclama que a situação tem se agravado, pois tem concentrado todos os internamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto outros hospitais também credenciados, segundo os diretores, estão com os leitos vazios. “Essa distribuição de fluxo tem que ser rediscutida pelas entidades responsáveis. Mas é importante que todos tenham ciência dessa situação que, realmente, ultrapassou o limite do tolerável”, complementou Gerson.
Samu regional
Quem realiza o serviço de direcionamento dos pacientes é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo os novos dirigentes do Consórcio do Samu Regional, que assumiu o controle da unidade na quarta-feira (9), nas últimas 24 horas, não houve concentração de internamentos no HU.
O Consórcio é uma empresa privada e recebe recursos públicos para funcionar. Cascavel foi a primeira dos 43 municípios que fazem parte das regionais de saúde de Cascavel e Toledo a entrar em funcionamento. Duas ambulâncias e uma UTI móvel estão em operação. No entanto, a estrutura de funcionários é a mesma do Samu antigo: 15 funcionários realizam os atendimentos do 192.
Sem leitos, médicos atendem pacientes nos corredores de hospital
Dos 20 leitos disponíveis, 50 foram atendidos nesta quinta, em Cascavel.
Chefe do pronto-socorro admitiu que problema de superlotação é diário.
O estudante Tales Gallina está internado no HU desde segunda-feira (7) à tarde porque precisou fazer uma cirurgia de apendicite. “Fiquei internado, fiz uma cirurgia e vim para cá [corredor]. Desde segunda à noite que estou aqui”, disse o rapaz. Apesar do desconforto de estar no corredor da unidade, ele afirmou que está sendo bem atendido pela equipe médica.
Na sala de emergência, onde ficam os pacientes mais graves que aguardam uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tinham oito pessoas, o dobro dos dias normais. “Eles atendem bem, é grande aqui, mas o espaço é pouco para muita gente”, reclamou o motorista Dirlei Lopes Mattos.
O chefe do pronto socorro, Gerson Bredt Júnior, admitiu o problema enfrentado na unidade de saúde e diz que e a superlotação é rotina no HU. Além disso, segundo ele, isso tem prejudicado o trabalho dos profissionais. “Isso está tornando a situação praticamente inviável, caótica, não só para material, mas, principalmente, para recursos humanos. As enfermeiras, os médicos, as auxiliares de enfermagem estão trabalhando no limite psicológico e profissional”, desabafou Gerson.
A direção do HU reclama que a situação tem se agravado, pois tem concentrado todos os internamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto outros hospitais também credenciados, segundo os diretores, estão com os leitos vazios. “Essa distribuição de fluxo tem que ser rediscutida pelas entidades responsáveis. Mas é importante que todos tenham ciência dessa situação que, realmente, ultrapassou o limite do tolerável”, complementou Gerson.
Samu regional
Quem realiza o serviço de direcionamento dos pacientes é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo os novos dirigentes do Consórcio do Samu Regional, que assumiu o controle da unidade na quarta-feira (9), nas últimas 24 horas, não houve concentração de internamentos no HU.
O Consórcio é uma empresa privada e recebe recursos públicos para funcionar. Cascavel foi a primeira dos 43 municípios que fazem parte das regionais de saúde de Cascavel e Toledo a entrar em funcionamento. Duas ambulâncias e uma UTI móvel estão em operação. No entanto, a estrutura de funcionários é a mesma do Samu antigo: 15 funcionários realizam os atendimentos do 192.
