AURGÊNCIA NO MINIMO REGIONAL

PAULO MELO CORUJA NEWS............

Mínimo

Assembleia vota reajuste de piso salarial regional nesta segunda-feira

Requião apressa votação para poder sancionar aumento antes de deixar o governo
   
Redação Bem Paraná

Plenário será transformado em comissão para avaliar emendas e acelerar votação (foto: Reprodução)
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A realização de audiências públicas nas cidades paranaenses sobre o novo valor do mínimo regional, que pode passar das atuais variações de R$ 605,52 a R$ 629,45 para R$ 663,00 a R$ 765,00, chegou ao fim nesta semana. A última foi realizada na cidade de Londrina, mais ainda houve audiências em Maringá, Foz do Iguaçu e Curitiba. A matéria já deve entrar na pauta da próxima segunda-feira, por conta das diversas emendas que serão apresentadas, a sessão plenária será transformada em Comissão Geral. Assim, as emendas são analisadas em plenário mesmo, sem ter de passar antes pela análise das comissões permanentes.

O governo Requião tem pressa na votação. Quer aprovar o novo piso a tempo do governador, que deixa o cargo na quarta-feira, sancioná-lo e captalizar a medida eleitoralmente. Requião deixa o governo para disputar uma vaga no Senado nas eleições de outubro.

O deputado Reni Pereira (PSB), que presidiu a audiência em Londrina, antecipou que irá apresentar duas emendas. A primeira delas é a que insere no texto a obrigatoriedade das empresas terceirizadas, contratadas para prestar serviços ao governo estadual, pagarem aos trabalhadores o valor do mínimo regional ao invés do piso nacional. A questão já estava pleiteada num projeto do Executivo, mas segundo o deputado, não pode haver uma lei estadual com este teor, porque fere a Constituição Federal, portanto deve constar da lei do mínimo regional.

Outra emenda, que Reni deve apresentar, é a que garante que o valor do seguro-desemprego tenha por base o mínimo regional e não o piso nacional. Aliás, a questão da manutenção dos empregos, mais precisamente a preocupação com a possibilidade de demissões em virtude do reajuste, foi a tônica dos discursos dos empresários, que se mostraram preocupados com o novo valor e os reflexos que poderia causar no setor empresarial.

Uma das emendas, que deve ser apresentada pela bancada da oposição, é a que cobra que o valor pago pela iniciativa privada sirva de referência também para o setor público, ou seja, que nenhum funcionário público receba menos do que o valor do mínimo regional. A questão vem sendo defendida pelos oposicionistas desde que o mínimo foi implantado, no ano de 2006. Mas, desde então a emenda não foi aprovada.

Outro ponto defendido pela bancada da oposição é que o percentual de aumento do mínimo, que varia entre 9,5% até 21,5%, seja concedido também aos servidores públicos. Para os deputados oposicionistas, o governo estadual deve arcar com o mesmo índice pago pelo setor privado.