No Palmeiras, Felipão diz que clube não é trampolim para seleção
Técnico não se preocupa com possível futuro no comando do Brasil
- Eu me apresento hoje com intuito de trabalhar no Palmeiras. Pela milésima vez respondo sobre isso. Nunca trabalho em um lugar com segundas intenções, pensando em outra situação. Se tiver de sair solicitado por A ou B, isso vai ser comunicado ao presidente do clube e resolvido da melhor forma para todos. Venho me apresentar ao Palmeiras, e é ele que fará parte da minha vida. Não estou preocupado com o que vai acontecer, e sim com quem me trouxe, que é o Palmeiras. Agradeço a manifestação do povo brasileiro, a lembrança depois de tantos anos, mas meu foco é o Palmeiras - afirmou o treinador, arrancando aplausos dos presentes.
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Felipão veste a camisa do Palmeiras em
sua apresentação (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
Perguntado se aceitaria dividir o trabalho entre o Palmeiras e a
seleção, já que o Brasil não precisará disputar eliminatórias por ser o
país que receberá a Copa de 2014, o treinador palmeirense brincou com a
situação.- Nem assinei contrato ainda. Vou pedir aumento (risos). Pelo amor de Deus. A única certeza é que estou no Palmeiras e vou fazer meu trabalho para que a equipe tente e evolua como imaginamos. Não vamos alimentar uma situação que não existe.
Mas Felipão gostaria ou não de voltar a dirigir a seleção brasileira, com a qual foi campeão mundial em 2002? O treinador fez um longo discurso para tentar responder a simples questão.
- Vamos separar as situações. Quando terminou meu contrato na seleção, fui convidado a conversar com o Ricardo Teixeira sobre uma possível renovação. No final perguntei: se eu fosse você, e você fosse o Felipão, o que é que diria? Ele falou: vai embora, vai que é bom pra ti. Em 2006, sim, recebi um convite e recusei pela família. Meus filhos estavam na escola, e minha esposa entendeu que não era a hora de voltar ao Brasil. Tinha acertado com Gilberto e Belluzzo que viria depois de ter conversado bastante, e que no dia 15 estaria aqui. Se houver algo envolvendo meu nome no futuro, será passado ao Belluzzo. Sempre representarei o Brasil, fiz amizade com a maioria dos técnicos de outras seleções. Quando vierem para a Copa, vão me procurar.