Itamaraty confirma quatro brasileiros entre
os 72 mortos de massacre no México
Sobrevivente disse que grupo tentava entrar nos EUA e foi sequestrado por traficantes
Do R7
SRT/EFE
Foto
tirada nesta quarta-feira em hospital mostra o equatoriano que foi o
único sobrevivente do massacre; ele disse que 72 pessoas morreram
vítimas de narcotraficantes na cidade de San Fernando
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Itamaraty disse que a informação foi repassada pelo Ministério das Relações Exteriores do México. Ainda não se sabe se há mais brasileiros entre os mortos, nem a identidade e origem das vítimas confirmadas.
Segundo o Itamaraty, diplomatas devem seguir à região do massacre para acompanhar as investigações e tentar identificar as vítimas brasileiras.
Segundo o sobrevivente, um equatoriano, os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas e resolveram assassinar os imigrantes após eles recusarem a oferta de trabalhar como matadores de aluguel para a organização criminosa.
As vítimas, 58 homens e 14 mulheres e entre os quais havia também centro-americanos, teriam entrado pelo Estado de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, e conseguido chegar à cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, na divisa com o Estado americano do Texas.
Ao escapar, o sobrevivente foi ferido a bala e foi procurar apoio médico, relatando a história. Após um tiroteio entre as forças de segurança e os membros do grupo criminoso - durante o qual morreram um militar e três integrantes do bando - os corpos foram encontrados.
México sofre onda de violência
Nos últimos anos, o México vem assistindo a uma escalada de violência por conflitos das forças de ordem com os cartéis narcotraficantes, e entre os próprios grupos ilegais.
Desde dezembro de 2006, quando o presidente Felipe Calderón mobilizou as Forças Armadas para combater os criminosos, já foram assassinadas pelo menos 28 mil pessoas no país, de acordo com dados oficiais.