PAULO MELO CORUJA NEWS
A crise nuclear no Japão aumentou neste domingo, enquanto autoridades tentam solucionar problemas em pelo menos três usinas e vários reatores causados pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país na sexta-feira. O caso mais grave é a usina de Fukushima, onde funcionários trabalham em ritmo frenético para tentar controlar a temperatura dos reatores.
Neste domingo, as autoridades japonesas comunicaram à Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) que a operação nuclear na usina de Onagawa entrou no primeiro nível de estado de emergência, o mais baixo da classificação.
Segundo a AIEA, o alerta foi declarado após ser detectado que os níveis de radioatividade na área próxima à usina estão acima dos permitidos. No entanto, as autoridades japonesas disseram que os três reatores de Onagawa estão sob controle.
Também foi detectada uma falha no sistema de resfriamento de um dos reatores da usina nuclear de Tokai, cerca de 120 quilômetros ao norte de Tóquio. Uma das duas bombas usadas no processo parou de funcionar, mas autoridades disseram que não há problemas no reator.
Em Fukushima, o governo alertou na manhã de domingo para a possibilidade de uma nova explosão, similiar à que ocorreu no sábado. Segundo o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, é possível que o reator da Fukushima 3 tenha sofrido fusão parcial. "Como o processo acontece dentro do reator, não podemos checar diretamente. Mas estamos tomando medidas baseados nesta hipótese", afirmou.
O governo deu poucas informações sobre quais procedimentos estavam sendo tomados para tentar impedir a fusão dos reatores de Fukushima. Até agora, sabe-se que estão sendo liberados ar e vapor com radioatividade para reduzir a pressão sobre o reator, e que operadores estão injetando água do mar nos reatores para reduzir a temperatura.
A explosão de sábado em Fukushima 1 teria acontecido por causa da liberação de ar e vapor com radioatividade, sem danificar o reator. Por precaução, milhares de moradores foram retiradas de áreas próximas, embora Edano tenha dito que a radioatividade liberada na atmosfera até agora tenha sido pequena demais para representar ameaça à saúde.
O porta-voz da agência nuclear japonesa, Ryo Miyake, disse que até 160 pessoas, incluindo 60 idosos e vários profissionais de saúde, podem ter sido expostas à radiação na cidade de Futabe, próxima às usinas nucleares, enquanto esperavam para ser retiradas do local.
No momento do terremoto, a falta de energia fez com que os reatores perdessem a capacidade de resfriamento. Mesmo após o reator ser desligado, ainda é necessário dissipar o calor produzido pela atividade nuclear dentro do seu núcleo.
Maior tremor da história do Japão
O terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu a costa nordeste do Japão e provocou um tsunami em cidades na região norte. De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior tremor já registrado no Japão e o 7° maior da história mundial.
Até hoje, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.
Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico". O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
Falha em três usinas eleva crise nuclear no Japão
Além de Fukushima, governo também registra falhas em Onagawa e Tokai, mas diz que situação está sob controle
A crise nuclear no Japão aumentou neste domingo, enquanto autoridades tentam solucionar problemas em pelo menos três usinas e vários reatores causados pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país na sexta-feira. O caso mais grave é a usina de Fukushima, onde funcionários trabalham em ritmo frenético para tentar controlar a temperatura dos reatores.
Neste domingo, as autoridades japonesas comunicaram à Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) que a operação nuclear na usina de Onagawa entrou no primeiro nível de estado de emergência, o mais baixo da classificação.
Segundo a AIEA, o alerta foi declarado após ser detectado que os níveis de radioatividade na área próxima à usina estão acima dos permitidos. No entanto, as autoridades japonesas disseram que os três reatores de Onagawa estão sob controle.
Também foi detectada uma falha no sistema de resfriamento de um dos reatores da usina nuclear de Tokai, cerca de 120 quilômetros ao norte de Tóquio. Uma das duas bombas usadas no processo parou de funcionar, mas autoridades disseram que não há problemas no reator.
Em Fukushima, o governo alertou na manhã de domingo para a possibilidade de uma nova explosão, similiar à que ocorreu no sábado. Segundo o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, é possível que o reator da Fukushima 3 tenha sofrido fusão parcial. "Como o processo acontece dentro do reator, não podemos checar diretamente. Mas estamos tomando medidas baseados nesta hipótese", afirmou.
O governo deu poucas informações sobre quais procedimentos estavam sendo tomados para tentar impedir a fusão dos reatores de Fukushima. Até agora, sabe-se que estão sendo liberados ar e vapor com radioatividade para reduzir a pressão sobre o reator, e que operadores estão injetando água do mar nos reatores para reduzir a temperatura.
A explosão de sábado em Fukushima 1 teria acontecido por causa da liberação de ar e vapor com radioatividade, sem danificar o reator. Por precaução, milhares de moradores foram retiradas de áreas próximas, embora Edano tenha dito que a radioatividade liberada na atmosfera até agora tenha sido pequena demais para representar ameaça à saúde.
O porta-voz da agência nuclear japonesa, Ryo Miyake, disse que até 160 pessoas, incluindo 60 idosos e vários profissionais de saúde, podem ter sido expostas à radiação na cidade de Futabe, próxima às usinas nucleares, enquanto esperavam para ser retiradas do local.
No momento do terremoto, a falta de energia fez com que os reatores perdessem a capacidade de resfriamento. Mesmo após o reator ser desligado, ainda é necessário dissipar o calor produzido pela atividade nuclear dentro do seu núcleo.
Maior tremor da história do Japão
O terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu a costa nordeste do Japão e provocou um tsunami em cidades na região norte. De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior tremor já registrado no Japão e o 7° maior da história mundial.
Até hoje, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.
Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico". O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
Foto: Arte/iG
Mapa mostra localização do complexo nuclear em Fukushima