REBELDES LÍBIOS AVANÇAM E TRAVAM DISPUTA POR CIDADE NATAL DE KADAFI

PAULO MELO CORUJA NEWS

Rebeldes avançam e travam disputa por cidade natal de Kadafi

Sirte, onde nasceu o líder líbio, é bombardeada por coalizão e palco de confrontos entre oposição e forças pró-regime

iG São Paulo

Rebeldes avançam em direção ao oeste da Líbia e travam com forças pró-regime uma disputa pelo controle de Sirte, a cidade natal do líder da Líbia, Muamar Kadafi. A cidade, que no domingo foi bombardeada pela coalizão internacional liderada pela Otan, é considerada reduto das forças de Kadafi, uma de suas "fortalezas" mais bem resguardadas e crucial para o objetivo dos rebeldes de avançar rumo ao oeste do país.
Apoiado pelos ataques internacionais, neste fim de semana a oposição líbia conseguiu recuperar o controle de cidades que havia perdido para o regime, avançando mais de 450 quilômetros desde que partiram de Benghazi, no sábado.

Rebelde líbio é visto em Bin Jawad, a 150 km de Sirte
Foto: AP
Rebelde líbio é visto em Bin Jawad, a 150 km de Sirte

As forças rebeldes retomaram Brega, Ugayla, Bin Jawad, Ras Lanuf e Ajdabiya, que havia sofrido intenso bombardeio por parte da oposição. Com o domínio de Ras Lanuf e Brega, os rebeldes controlam todos os principais terminais de petróleo no leste da Líbia.
Já Ajdabiya fica na interseção de duas grandes rodovias, o que abre caminho para os oposicionistas avançarem a oeste. Estas três cidades haviam sido dominadas pelas forças leais a Kadafi antes dos ataques aéreos da coalizão, iniciados na semana passada.
Nesta segunda-feira os rebeldes chegaram a anunciar que tinham tomado o controle de Sirte, mas a imprensa internacional afirma que a disputa ainda está acontecendo. Forças leais a Kadafi teriam impedido o avanço da oposição na estrada que corta a costa da cidade, disparando metralhadoras a bordo de picapes.
"Não vai ser fácil controlar Sirte", afirmou o general Hamdi Hassi, um dos líderes rebeldes na cidade de Bin Jawwad, em entrevista à agência AP. "Mas com os ataques da ONU aos armamentos pesados do governo, agora estamos lutando com as mesmas armas."