APÓS RESSACA DESTRUIDORA, PREFEITURA COMEÇA RESTAURAÇÃO DA ORLA NA ZONA SUL DO RJ

PAULO MELO CORUJA NEWS

Após ressaca destruidora, Prefeitura do Rio inicia reparos na orla da zona sul

Hanrrikson de Andrade
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos do Rio de Janeiro começou nesta segunda-feira (30) a recuperar trechos danificados pela violenta ressaca que atingiu as orlas da zona sul da capital fluminense. Pelo menos 25 toneladas de areia foram retiradas das vias, da ciclovia e do calçadão de Copacabana. Até esta quarta-feira (1º), a infraestrutura física das áreas prejudicadas também passará por reparos emergenciais.

Ressaca faz mar invadir calçadas e causa estragos no litoral sudeste do país

A ressaca que atinge a costa do Rio de Janeiro só deve acabar no meio da semana, segundo o Centro de Hidrografia da Marinha. Neste domingo (29) ondas de mais de 3 metros de altura destruíram parte do calçadão da orla de Niterói, na região metropolitana do Estado, e invadiram ruas das zonas sul e oeste da capital e de balneários da Região dos Lagos. O mar na cidade de Santos (SP) também passa pelo fenômeno Luiz Gomes/Futura Press
Já são cerca de 100 toneladas de areia removidas pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) nos últimos dois dias. Além da orla de Copacabana, as praias de Ipanema e do Leblon também sofreram com a violência das ondas, que causaram buracos nas ruas e calçadas, derrubaram muros, entupiram ralos, entre outros prejuízos. A Coordenadoria Geral de Conservação já está preparando um levantamento para totalizar os danos.

No Leblon, entre os postos 10 e 11, os funcionários da Comlurb fazem limpeza manual e mecânica de 45 bocas de lobo, 65 caixas de ralo e 455 metros de ramal de ralo. Além disso, técnicos estão recuperando 45 metros de meio fio de concreto da ciclovia e 43 metros quadrados de pavimentação em pedras portuguesas.

Em Copacabana, entre os posto 5 e 6, serão recuperadas 100 unidades do beiral de concreto e 12 metros quadrados de piso em pedra portuguesa do calçadão. O trabalho também inclui limpeza de 40 ralos e 120 metros de ramais de ralo que foram obstruídos pela areia em todo o trecho das praias de Leblon, Ipanema e Copacabana.

Segundo os meteorologistas, a ressaca que causou destruição nas praias fluminenses, no fim de semana, foi causada pelo deslocamento de um ciclone extratropical, que se associou a uma frente fria e provocou ondas de três a quatro metros e meio. Em Niterói, na região metropolitana do Estado, o fenômeno natural quebrou parte do calçadão da praia das Flechas e arrancou grades de proteção.

A Prefeitura do Rio alerta que a ressaca deve perdurar até esta quarta-feira (1º), porém com ondas menores, de até três metros. Neste período, as pessoas devem evitar áreas inseguras da costa. O fenômeno, porém, foi comemorado pelos surfistas, que aproveitaram o dia atípico para praticar o esporte, em especial nas praias do Diabo e do Arpoador, na zona sul.