PREFEITO É CASSADO POR PROPINA E VICE QUE ASSUMIU CONFESSOU QUE TAMBÉM RECEBEU

PAULO MELO CORUJA NEWS


Novo prefeito de Londrina admite ter recebido 


propina de empresários

José Joaquim Ribeiro prestou depoimento sobre compra de kits escolares.
Segundo ele, empresários pagaram R$ 150 mil para serem beneficiados.

Do G1 PR com informações da RPC TV Londrina
 
O atual prefeito de Londrina, no norte do Paraná, José Joaquim Ribeiro confirmou, em depoimento ao Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que recebeu propina de empresários para que eles fossem beneficiados em uma licitação para a compra de kits escolares pela prefeitura. O negócio foi fechado em 2011, quando Ribeiro ainda era vice-prefeito da cidade.
Segundo o prefeito, as empresas pagaram R$ 150 mil, que foram divididos entre ele, o ex-prefeito Barbosa Neto e o ex-secretário da Fazenda, Lindomar dos Santos. O dinheiro seria dividido em partes iguais, ou seja, cada um deles teria recebido R$ 50 mil.
Já o ex-secretário Lindomar dos Santos disse que só vai se manifestar judicialmente sobre o caso. Ele lembrou ainda que, na sexta-feira (31), colocou os sigilos fiscal e telefônico à disposição do Ministério Público.Após a divulgação da declaração do atual prefeito, Barbosa Neto foi chamado ao Gaeco para prestar novos esclarecimentos aos promotores. Na saída, ele falou rapidamente com a imprensa e arguiu que é vítima de uma armação de Ribeiro. O ex-prefeito afirmou ainda que não recebeu propina e que não aceitou participar do esquema
G1 tentou entrar em contato com a prefeitura, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia um posicionamento oficial sobre o caso.
Já a Câmara de Vereadores ainda não sabe como vai proceder com o caso. Há a possibilidade de os parlamentares pedirem pela cassação de Ribeiro.
O caso da compra dos kits escolares de Londrina vinha sendo investigado pelo Gaeco, que encontrou indícios de fraude na licitação. Na última semana, várias pessoas chegaram a ser presas por suspeita de envolvimento com o esquema.
As investigações ganharam fôlego depois que a ex-secretária de Educação, Karin Sabec, admitiu que servidores da prefeitura haviam recebido propina para beneficiar as empresas vencedoras da licitação. Contudo, o trabalho do Gaeco precisou ser suspenso na segunda-feira (3), quando o Tribunal de Justiça do Paraná pediu para revisar o inquérito.
O motivo para a suspensão foi a presença de uma pessoa com direito a foro privilegiado nas investigações, no caso, o atual prefeito. A mesma determinação do TJ-PR também revogou as prisões feitas pelos promotores do Gaeco