PAULO MELO CORUJA NEWS
Felipe Passos ficou paraplégico após assalto, em Ponta Grossa, no Paraná.
Felipe Passos com amigos, antes de subir ao palco para testemunhar durante a Vigília, no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)
O testemunho do jovem Felipe Passos, de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, emocionou os participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), encerrada no domingo (28), no Rio de Janeiro.
O rapaz foi um dos quatro jovens convidados a testemunhar experiências
de fé durante a abertura da Vigília, no sábado (27), diante do Papa
Francisco.
Felipe está a caminho de Ponta Grossa nesta segunda-feira (29). Ao G1, ele contou por telefone que ficou nervoso antes de subir ao palco, na praia de Copacabana. “Nunca pude falar pra tanta gente. Deu um frio na barriga”, afirma.
“Eu não decorei nada. Eu já tinha um discurso alinhado, mas na hora deixei o Espírito Santo falar no meu lugar. Eu acho que completei o discurso do dia anterior, quando o Papa Francisco falou sobre a cruz. Eu não fiz igual, já que estava me preparando desde o início do ano, mas complementei”, revela.
Assim que terminou o discurso, Felipe ficou diante do Papa, que o estendeu a mão. “Beijei o anel dele e ele me disse ‘Deus te abençoe’. Ainda ganhei do Papa um terço do Vaticano”, conta. Depois, o jovem ainda lembra que várias pessoas e sacerdotes o agradeceram pelo discurso envolvente.
Testemunho
Felipe Passos fez um discurso de aproximadamente dez minutos. Assim que subiu ao palco, fez uma saudação calorosa aos jovens e sacerdotes que participavam da JMJ. Da cadeira de rodas, ele começou a contar qual o motivo do testemunho. “Participei da JMJ de Madri e voltei motivado, pois sabia que a próxima jornada seria aqui. Junto aos jovens da minha igreja, comecei a arrecadar dinheiro para estarmos nesta JMJ”, conta.
Como Felipe era o responsável pela parte financeira do grupo, o
dinheiro estava guardado na própria casa. No dia 13 de janeiro, dois
dias antes de completar 23 anos, dois jovens entraram na residência dele
para roubar o dinheiro. “Lembrei de todos os jovens que ajudaram na
arrecadação, que tínhamos suado para conseguir. Reagi e levei um tiro”,
revelou.
Durante o testemunho, ele contou que teve parada cardíaca e que os médicos avisaram a família de que não tivesse esperança de vida. “Assim que meus amigos souberam, uma corrente de oração se formou e espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo para que eu pudesse viver”. Felipe conseguiu reagir.
Ele ainda continuou. “Hoje, Deus me deu essa cruz e essa cruz é a minha cadeira. Qual é a sua cruz?”, perguntou aos jovens. Felipe pediu para que todos se ajoelhassem diante do Papa, segurando a cruz que os peregrinos receberam no início da JMJ. Nesse momento, o Papa Francisco também segurou a cruz, abaixou a cabeça e meditou junto aos milhares de fiéis.
“Um dia tentaram me derrubar com a minha cruz, mas na verdade não conseguiram. Essa foi a cruz que me levantou. Minha cruz é de felicidade, de vitória, de alegria e do ressuscitado. Para mim, viver é Cristo”, concluiu o testemunho com muitos aplausos.
Felipe Passos durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)
'Deu um frio na barriga', conta jovem que fez testemunho na JMJ
Felipe Passos ficou paraplégico após assalto, em Ponta Grossa, no Paraná.
Depois de testemunhar na Vigília, jovem beijou a mão do Papa Francisco.
Felipe Passos com amigos, antes de subir ao palco para testemunhar durante a Vigília, no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)Felipe está a caminho de Ponta Grossa nesta segunda-feira (29). Ao G1, ele contou por telefone que ficou nervoso antes de subir ao palco, na praia de Copacabana. “Nunca pude falar pra tanta gente. Deu um frio na barriga”, afirma.
saiba mais
Ele sobreviveu a um assalto sofrido em janeiro deste ano. Felipe levou
um tiro e a bala atingiu o pescoço, causou danos à medula e o impediu de
andar. O jovem lembra que, enquanto estava em coma induzido no
hospital, formou-se uma corrente de oração pelo Brasil e pelo mundo. Por
meio desta intercessão, ele foi convidado a dar o testemunho na
Jornada.“Eu não decorei nada. Eu já tinha um discurso alinhado, mas na hora deixei o Espírito Santo falar no meu lugar. Eu acho que completei o discurso do dia anterior, quando o Papa Francisco falou sobre a cruz. Eu não fiz igual, já que estava me preparando desde o início do ano, mas complementei”, revela.
Assim que terminou o discurso, Felipe ficou diante do Papa, que o estendeu a mão. “Beijei o anel dele e ele me disse ‘Deus te abençoe’. Ainda ganhei do Papa um terço do Vaticano”, conta. Depois, o jovem ainda lembra que várias pessoas e sacerdotes o agradeceram pelo discurso envolvente.
Testemunho
Felipe Passos fez um discurso de aproximadamente dez minutos. Assim que subiu ao palco, fez uma saudação calorosa aos jovens e sacerdotes que participavam da JMJ. Da cadeira de rodas, ele começou a contar qual o motivo do testemunho. “Participei da JMJ de Madri e voltei motivado, pois sabia que a próxima jornada seria aqui. Junto aos jovens da minha igreja, comecei a arrecadar dinheiro para estarmos nesta JMJ”, conta.
Hoje, Deus me deu essa cruz e essa cruz é a minha cadeira. Qual é a sua cruz?"
Felipe Passos
Durante o testemunho, ele contou que teve parada cardíaca e que os médicos avisaram a família de que não tivesse esperança de vida. “Assim que meus amigos souberam, uma corrente de oração se formou e espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo para que eu pudesse viver”. Felipe conseguiu reagir.
Ele ainda continuou. “Hoje, Deus me deu essa cruz e essa cruz é a minha cadeira. Qual é a sua cruz?”, perguntou aos jovens. Felipe pediu para que todos se ajoelhassem diante do Papa, segurando a cruz que os peregrinos receberam no início da JMJ. Nesse momento, o Papa Francisco também segurou a cruz, abaixou a cabeça e meditou junto aos milhares de fiéis.
“Um dia tentaram me derrubar com a minha cruz, mas na verdade não conseguiram. Essa foi a cruz que me levantou. Minha cruz é de felicidade, de vitória, de alegria e do ressuscitado. Para mim, viver é Cristo”, concluiu o testemunho com muitos aplausos.
Felipe Passos durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)
