DOCUMENTO RESERVADO/PEDRO RIBEIRO

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Deputados aprovam projetos do
Governo para reajustar salários
Com as galerias cheias de policiais militares e civis e também professores, os deputados aprovaram por unanimidade, ontem, em segunda discussão, três projetos de lei encaminhados pelo Governo do Estado sobre reajustes salariais. Por isso, os discursos se revezaram durante à tarde e à noite, em apoio aos projetos, claro, com alguns “poréns”, porque ninguém “é louco” de votar contra aumento salarial em ano eleitoral, admitia um deputado. O primeiro projeto propõe modificações no código de vencimentos da Polícia Militar do Paraná e adota outras providências; o segundo dispõe sobre as carreiras de policiais civis, de investigador de política, escrivão e papiloscopista; e o terceiro, concede aumento de 5% a todas as carreiras estatutárias civis e militar, ativos e inativos, do Poder Executivo do Paraná. Houve pressa e, por isso, o plenário foi transformado em comissão geral, já que a intenção é que os três projetos sigam para a sanção do governador Roberto Requião (PMDB), até o dia 31 deste mês, por causa da lei eleitoral. O terceiro projeto concede reajuste geral de 5% a todos
servidores. No total, as propostas atendem os 252.524 servidores estaduais, entre ativos inativos e pensionistas. O projeto que propõe aumento de 5% trata também de revisão geral de carreira de servidores das mais diversas áreas da administração pública estadual.
Impacto de R$ 67,7 milhões mensais
O impacto financeiro na folha de pagamento dos três projetos é de R$ 67,7 milhões mensais. Hoje, a folha de pagamento do Estado está na casa dos R$ 680 milhões. No entanto, a maior polêmica, ontem, durante a discussão dos três projetos ficou por conta da proposta de readequação dos salários dos policiais militares. O projeto encaminhado prevê, numa primeira fase, a incorporação de todas as gratificações permanentes da carreira ao soldo. Ao final da implementação (quarta fase), com as correções a serem aplicadas, o soldo de um policial em início de carreira (soldado de primeira classe) chegará a R$ 2.289,57, ou quase sete vezes mais do que os atuais R$ 338,63. Agora, as matérias retornam ao plenário para redação final e, depois segue para sanção do governador. Mas, até o final desta edição, os deputados ainda discutiam as dezenas de emendas apresentadas pelos parlamentares.

 
AL propõe a criação
do Diário Oficial Eletrônico
  Em 60 dias o documento estará disponível para consulta
Na abertura dos trabalhos de ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), anunciou a implantação na Casa do Diário Oficial Eletrônico, que será instituído por meio do Projeto de Resolução, e a extinção do Diário Oficial impresso. “Ao contrário do que alguns dizem, nós não precisamos falar mais, precisamos, sim, mostrar resultados”, disse, lembrando que, depois da reunião realizada na manhã de ontem, com os líderes partidários, a mesa executiva da Casa, com base com o que dispõe o artigo 121, do Regimento Interno, vai instituir o diário eletrônico da AL. Segundo Justus, o acesso à publicação estará disponível no site da Casa (www.alep.gov.br), em cerca de 60 dias. Ele disse, ainda, que a atualização será diária, exceto em feriados. Conforme o projeto, as edições eletrônicas contarão com assinatura digital do presidente da Assembleia Legislativa. Os atos publicados no Diário Oficial Eletrônico não poderão ser modificados ou suprimidos. As eventuais retificações terão que constar em uma nova publicação, sendo a responsabilidade do teor publicado de cada unidade administrativa ou órgão que a tiver produzido. As informações apenas poderão ser publicadas pela Diretoria de Informática. Cada setor da Casa terá que encaminhar eletronicamente a esta diretoria, das 8 às 14 horas, as informações para publicação na edição seguinte do diário. Ao receber as informações, a Diretoria de Informática fará a organização, ficando responsável pela manutenção, pleno funcionamento e arquivamento das cópias de segurança. O Diário Oficial Eletrônico poderá ser impresso no todo ou em sua parte por qualquer cidadão, ficando proibida a sua comercialização. Justus também lembrou os funcionários da Casa que a ficha para o recadastramento já está disponível no site da AL para ser impressa e entregue na sessão de recursos humanos, juntamente com todos os documentos exigidos.

 
Todos na sindicância
O deputado Tadeu Veneri (PT) quer que um representante de cada partido com assento na Assembleia Legislativa faça parte dos trabalhos da Comissão de Sindicância, que foi criada para apurar responsabilidades sobre as denúncias dos “diários secretos”, feitos por jornalistas da Gazeta do Povo e TV Paranaense. De acordo com Veneri, a responsabilidade maior pela investigação é dos deputados, que, “legitimamente, integram o Poder Legislativo, e tiveram seus mandatos outorgados pelos eleitores do Paraná”. O petista protocolou ontem requerimento sugerindo que cada partido indique um deputado para acompanhar a comissão de sindicância.
 
Rossoni contestou
O deputado Valdir Rossoni (PSDB) contestou ontem matéria da Gazeta do Povo e TV Paranaense, sobre os “Diários Secretos” que envolve seu nome. E assegurou que, em momento algum, afirmou desconhecer o funcionário Cláudio da Vice Gerolimo, contratado como assessor parlamentar em seu gabinete. “O que declarei, em nota de esclarecimento à emissora, foi que ‘informado da impossibilidade de mantê-lo como funcionário’, solicitei imediatamente a sua exoneração. Mas a maneira como o assunto foi tratado pelos meios de comunicação [Gazeta do Povo e TV Paranaense], afirmando que foi uma contratação feita sem qualquer critério, que mostra que ‘Rossoni não se preocupa com a ficha de seus funcionários’ e que ‘empreguei o vereador sem saber que ele havia sido eleito’, distorce os fatos, concluindo que compactuo com o esquema de contratação de funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa”, disparou.
 
Marcando presença
Está ficando comum, na Assembleia Legislativa, semana sim, outra também, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) comparecer para entregar projetos de lei do Executivo. Já foram entregues projetos que tratam do reajuste do salário mínimo regional, aumento para o funcionalismo público, aos policiais militares. Ontem, foram entregues propostas que prevêem a continuidade do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) e um que pede a formalização da decisão dos governadores do Codesul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul), que pretendem construir a ferrovia da integração, a Ferrosul, nos mesmos moldes da Ferroeste.
 
PAC da Mobilidade
E, por último, um projeto de lei que pede autorização da Assembleia Legislativa para que o Governo do Paraná possa fazer empréstimo de mais de R$ 229 milhões, para um conjunto de obras em Curitiba e Região Metropolitana. É, segundo Pessuti, o PAC da Mobilidade para a Copa do Mundo de 2014. “O Governo Federal sinaliza com a liberação de recursos, via Caixa Econômica Federal”, disse o vice-governador, pedindo celeridade na discussão da matéria no decorrer dessa e da próxima semana, porque, de acordo com ele, trata-se de uma operação de crédito e, por isso, deve ser sancionada até o dia 31 deste mês, em razão da lei eleitoral.
 
Última semana
Esta deve ser a última semana do governador Roberto Requião (PMDB) e do prefeito Beto Richa (PSDB) em seus respectivos cargos. É que no final do mês eles passam os cargos para os vices, Orlando Pessuti (governo), e Luciano Ducci (prefeitura). Requião quer o Senado Federal e Richa, o Governo do Estado.
 
Chicletes
No grupo do Malutrom (master, ou velhos), tem um cidadão, com estatura abaixo da média, que perde o amigo, mas não perde a piada. Aliás, fica o dia todo infernizando a vida das pessoas (amigos) com seu bom humor. No final de semana, quando o assunto na roda foi política, ele foi direto: coitado do Pessutão. Pelo jeito só vai conseguir inaugurar bueiros e quadro negro de escolas de vilas rurais. Quer dizer: Requião grudará mais que chiclete e não deixará o homem governar. Desencarna!
 
58 prefeitos
Quem apostar que o secretário-geral do PMDB, João Arruda, não será candidato à Câmara Federal, vai perder. O jovem político está trabalhando há mais de dois anos para chegar a Brasília e, nos próximos dias, reunirá 58 prefeitos em Curitiba com as presenças do governador Roberto Requião e do futuro governador, Orlando Pessuti. Outro jovem que está a todo vapor é Alexandre Curi (PMDB). Este tem mais de 150 prefeitos como parceiros.
 
Ministro de Obama
O secretário nacional de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos, Shaun Donovan, desembarca em Curitiba amanhã (24). Ele, que faz parte da administração do presidente Barack Obama e seu cargo corresponde a ministro de Estado, visitará o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e a Universidade Federal do Paraná. Donovan assumiu o cargo em janeiro de 2009. Antes de virar secretário de Estado, ele foi comissário do Departamento de Habitação e Desenvolvimento da cidade de Nova York, criando e implementando o Novo Plano de Habitação Marketplace, que garantiu 165 mil casas a preços acessíveis, o maior plano de habitação popular municipal da história americana.
 
Cartilha
O Governo do Paraná reuniu, em uma publicação, os principais programas da atual gestão e os resultados já obtidos. O “Dicionário do Governo do Paraná – Programas de A a Z” está disponível na versão impressa e também online, no portal www.pr.gov.br e na Agência Estadual de Notícias (www.aenoticias.pr.gov.br). Os programas estão organizados em ordem alfabética e divididos em 19 áreas de atuação. Há ainda um índice remissivo para facilitar a pesquisa. “Trata-se de uma memória do nosso Governo, do que já fizemos até agora e será completado até o final deste ano”, explicou o governador Roberto Requião.
 
Novo líder
O vereador João do Suco (PSDB) é o novo líder do prefeito na Câmara de Curitiba. O atual Mário Celso (PSB) foi um dos quatro vereadores de todo país escolhidos para representar a União dos Vereadores do Brasil (UVB) no Fórum Urbano Mundial, que acontece dia 26, no Rio de Janeiro.
 
MBA do ICI
Depois de longos 18 meses de muito trabalho – entre pesquisa de literatura, entrevistas e estudos de casos –, está chegando ao fim o MBA (do inglês Master of Business Administration) da primeira turma de colaboradores do ICI. Produto de parceria com o Instituto de Administração e Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV), o MBA terá como resultado final trabalhos de conclusão de curso (TCC) cujas propostas poderão ser aplicadas no ICI. Na semana passada, os 43 alunos do curso, distribuídos em dez grupos, fizeram a apresentação de resumos eletrônicos de seus trabalhos, que foram comentados pelo coordenador do curso, Carlos Salles Jr.; orientadora, Denise Basgal; diretor administrativo e financeiro do ICI, Lucio Hansel; e pelo diretor técnico, Renato Rodrigues. (Foto: Eveline Martins/ICI).
 

Curitiba ganha quinto
Parque de Reciclagem
O prefeito Beto Richa e a presidente da Fundação de Ação Social, Fernanda Richa, inauguraram, ontem (22), na Regional CIC, o quinto Parque de Reciclagem e Inclusão Social de Curitiba, para organizar o trabalho dos catadores de papel. “É um equipamento que melhora as condições de trabalho e a renda dos coletores, garantindo mais dignidade
a estes trabalhadores”, disse Richa, que também entregou na CIC uma biblioteca e 60 casas do conjunto Habitacional Moradias Arroio. A entrega dos novos equipamentos faz parte da programação da Prefeitura em comemoração ao aniversário de 317 anos de Curitiba. O Parque de Reciclagem, do programa Ecocidadão, será usado por 37 catadores, que farão a separação e reciclagem do lixo, permitindo a venda direta sem intermediário. Ao todo, serão instalados 25 parques na cidade. Richa já entregou parques no Uberaba, Vila Torres, Boqueirão e Capão Raso. Os parques são administrados por organizações não-governamentais, como a Aliança Empreendedora, com apoio da Fundação Avina (Ação Vida e Natureza), por meio de convênios com a Prefeitura de Curitiba. A instalação do parque da CIC teve apoio do Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Associação Evangélica de Ação Social de Curitiba e a empresa Kubitz.

Câmara começa hoje
a discutir projeto “fichas sujas”
Hoje (23), a partir das 15 horas, o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB-SP), se reúne com líderes dos partidos e vai pedir a cada um deles apoio junto às bancadas para apoiar o projeto de lei contra os candidatos “fichas sujas”. Temer afirma que existe “um certo consenso” e acredita que a matéria estará pronta para ser examinada no plenário na semana depois da Páscoa. “Com o apoio dos líderes, o projeto pode ser aprovado, o texto melhorou bastante”, afirmou, referindo-se às mudanças feitas pela comissão de deputados, como a de especificar que a inelegibilidade decorrerá da condenação firmada por um colegiado, e não por um único juiz. Temer negou ter dificultado a tramitação do projeto. “Pelo contrário, eu sempre disse que queria sua aprovação, mas achava difícil avançar na tramitação, com a condenação em primeira instância”, explicou.
Trabalho intensificado
Fora do Congresso, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) intensificou o trabalho para impedir ou tirar da vida pública os candidatos ficha suja. Além da entrega de mais 77 mil assinaturas para se juntar aos 1,5 milhão que embasam o projeto de iniciativa popular, uma série de eventos tem sido feitos em todo o País para divulgar a causa. A posição dos 513 deputados está sendo mapeada por meio de um questionário encaminhado pela internet aos gabinetes, desde sexta-feira. Daí sairá – de acordo com a diretora do movimento, Jovita José Rosa – a planilha sobre os que querem ou não acabar com a corrupção na vida pública do País. Uma espécie de auge dessa mobilização está sendo preparada para o aniversário de 50 anos de Brasília. De acordo com Jovita, será a ocasião de comprovar até que ponto a impunidade dos políticos ficha sujo dilapida as administrações públicas.

Indústria vai investir mais
em expansão da planta
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que a indústria pretende aumentar a capacidade instalada em 14,6%, em média, neste ano. Esta projeção é a maior em oito anos. A Sondagem de Investimentos da Indústria, divulgada ontem, mostra que, para o triênio 2010-2012, a projeção do setor é de expansão de 23,8%, maior do que a do ano passado para o triênio 2009-2010, de 21,2%. O percentual, no entanto, é inferior à previsão de 2008, de 25,1%. O setor de bens de consumo, que inclui imóveis e veículos, teve a maior previsão de expansão, com média de 16%, considerada a mais favorável dos últimos cinco anos. Os setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens intermediários (vestuário, calçados e alimentos) vieram a seguir, com previsões médias de 15,4% e 13,8%, respectivamente. Já para o período 2010-2012, a maior taxa média de investimentos em capacidade de produção foi verificada no setor de bens de consumo, com 27,1%; em bens de capital, subiu de 17,1% em 2009 para 25,9% em 2010; enquanto em bens intermediários, a taxa prevista para este ano é de 21,7%, contra 19,9% no ano passado. Oitenta por cento das empresas pesquisadas classificaram o nível de demanda interna uma influência positiva para a realização de investimentos em 2010, enquanto  40% das indústrias informaram que a demanda externa seria um fator positivo para a previsão de investimentos.
Saneamento básico terá R$ 40 bilhões
“Estamos otimistas, torcemos para que os números que apresentamos, que estão acima dos valores atuais, sejam confirmados. No mínimo, os números atuais serão mantidos.” A avaliação é do secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski, ao se referir à segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que prevê investir pelo menos R$ 40 bilhões em saneamento básico entre 2011 e 2014, o mesmo volume da primeira etapa, e pode chegar a cifras mais altas. O governo está fechando os números e deve anunciar o pacote no próximo dia 29. A manutenção do ritmo das aplicações deve acelerar o acesso à água potável e ao saneamento básico no país, segundo Tiscoski. Os dados mais recentes apontam que 80,9% dos brasileiros são atendidos com água potável, mas apenas 42% têm coleta de esgoto. O índice de tratamento só chega a 32,5%. A universalização desses direitos custaria R$ 200 bilhões em investimentos, de acordo com o secretário. No atual ritmo de aplicação dos recursos, a meta levaria pelo menos 20 anos para ser cumprida. No entanto, segundo Tiscoski, a continuidade dos investimentos pode acelerar os resultados. “Antes do PAC, os setores estavam muito desmobilizados. Foram muitos anos sem investimentos, não havia projetos, a indústria não estava preparada, faltava corpo técnico. Com a continuidade do PAC, o setor vai se manter mobilizado”, pondera. Ele acredita que o Brasil ainda pode atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para saneamento, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir pela metade a proporção da população sem acesso à água e ao esgotamento sanitário até 2015.
Descompasso entre IED e déficit em conta corrente
O déficit nas transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior deve ficar em US$ 49 bilhões no ano, segundo estimativas do Banco Central (BC). Isso é reflexo do fato de o investimento estrangeiro direto (IED), destinado ao setor produtivo do país, de não ser suficiente para cobrir o déficit em conta corrente pela primeira vez desde 2001. O IED deve chegar a US$ 45 bilhões. Em 2001, foi registrado déficit em conta corrente de US$ 23,215 bilhões e os investimentos chegaram a US$ 22,457 bilhões. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, o melhor seria cobrir o déficit com investimento estrangeiro direto, mas não há motivo para preocupação, pois o país conta com outras fontes de financiamento. “As empresas brasileiras voltam a ter acesso ao mercado internacional de crédito. Tem-se ainda uma melhora significativa no investimento no mercado de ações e em renda fixa no país”, afirmou. Os dados da instituição, sobre o primeiro bimestre do ano, mostram que o investimento estrangeiro total em ações negociadas no país e no exterior chegou a US$ 3,112 bilhões. No caso das ações negociadas no país, o investimento foi de US$ 3,138 bilhões, e em renda fixa negociado no Brasil ficou em US$ 2,517 bilhões no primeiro bimestre. De acordo com Lopes, o país está menos vulnerável por conta das reservas internacionais elevadas. Ele afirmou ainda que, se forem confirmadas as projeções do BC, o déficit em transações correntes corresponderá a 20% das reservas internacionais do país. De 1970 para 2009, a média dessa relação era de 56%.

Regras para contas eleitorais
Os bancos são obrigados a acatar, em até três dias, a solicitação de abertura de conta de qualquer comitê financeiro, partido político ou candidato escolhido em convenção, sendo proibido condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas e/ou outras despesas de manutenção. O objetivo é registrar todo o movimento financeiro da campanha, inclusive quando relacionado a recursos próprios e àqueles decorrentes da comercialização de produtos e realização de eventos. A determinação consta de carta circular do Banco Central (BC) publicada ontem (22) no Diário Oficial da União. O instrumento ainda  traz esclarecimentos sobre a abertura, movimentação e encerramento de contas de depósitos à vista específicas para a campanha eleitoral deste ano. A conta específica deve ser aberta na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central. Os diretórios nacional ou estadual/distrital dos partidos que optaram por arrecadar recursos e aplicá-los nas campanhas eleitorais 2010 tiveram até o último dia 19 para providenciar a abertura de conta bancária específica. Esse procedimento é diferente do que tem de ser seguido pelos candidatos e comitês financeiros, que só podem abrir a conta e arrecadar recursos após serem registrados na Justiça Eleitoral.  
Procedimentos
Segundo a circular do BC, para abrir a conta, o diretório deve usar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ao contrário dos candidatos e comitês, cujas contas serão vinculadas aos CNPJs gerados após seu registro na Justiça Eleitoral. Os registros, tanto dos candidatos quanto dos comitês, serão requeridos à Justiça Eleitoral após as convenções partidárias, previstas para o período entre 10 e 30 de junho. A abertura de conta específica é obrigatória para todos os candidatos, inclusive os que vão disputar cargos de vice e suplências, para os comitês financeiros e para os partidos que optarem por arrecadar recursos para os gastos de campanha. Pela resolução, o uso de recursos que não se originem de contas específicas resultará na desaprovação da prestação de contas. Se ficar comprovado o abuso do poder econômico, o candidato terá o registro cancelado ou o diploma cassado, caso já tenha sido diplomado. As contas eleitorais de candidatos e de comitês financeiros devem ser encerradas até 30 de dezembro deste ano, com a transferência de eventual saldo para o partido ou coligação.
Festa fantasma do PSDB
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu do PSDB  um pedido de investigação para apurar a origem de uma mensagem que circula na internet convidando para evento de apoio à candidatura do governador José Serra à Presidência da República. O evento estaria marcado para a noite de sexta-feira (19), às 19h30, em um restaurante no bairro do Catete, no Rio de Janeiro (RJ). Na mensagem veiculada por e-mail, uma “suposta entidade” chamada 'Coordenação da Frente Rio Serra Presidente' convida para o encontro de lideranças, militâncias, empresários e outros da sociedade fluminense que apóiam a candidatura de José Serra à Presidência “tendo em vista as atividades do ano eleitoral”. A mensagem pede confirmação de presença ao evento considerando que é uma reunião com lista fechada de candidatos para comemorar o aniversário de 68 anos de idade de Serra. O PSDB e o governador afirmam que nada têm a ver com esta iniciativa de reunião e desconhecem a autoria da mensagem “que não foi jamais autorizada por quem quer que seja”. A direção do partido acha que, “pelas características apócrifas da mensagem", todo o evento não passe de uma farsa engendrada para causar algum impacto ou dano político em período pré-eleitoral. O relator do pedido é o ministro Fernando Gonçalves.

 
Paraná Rural
Líder do PDT no Senado Federal, Osmar Dia disse, ontem, em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira (22), que o retorno de programas como o Paraná Rural é importante para a conservação dos recursos hídricos no Estado. “Nosso Estado deu exemplo ao mundo ao conservar seis milhões de hectares de terras e evitar a poluição dos rios. Com o indispensável trabalho dos técnicos do sistema de agricultura do Paraná integramos os produtores rurais, as cooperativas e as prefeituras num grande mutirão”, disse Osmar. O programa promovia a conservação do solo, preservação das matas ciliares e das fontes de água e a readequação das estradas para evitar o assoreamento dos rios, o que auxiliou em muito no bom desempenho agrícola do Paraná. “Se foi possível naquela época executar o maior programa de preservação ambiental do nosso Estado, é possível fazer agora para garantir a preservação do meio ambiente”, completou.
 
R$ 122 milhões
Supera os R$ 122,3 milhões o total destinado pelo Governo Lula, entre 2003 e 2009, a ONGs investigadas na CPMI do MST, pelo repasse de dinheiro público para o Movimento dos Sem-terra. Segundo Cláudio Humberto, só a ONG paulista Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) levou quase R$ 76 milhões. A Inocar e a Concrab receberam juntas R$ 17,6 milhões desde 2006. Todas essas ONGs são ligadas ao MST e ao PT. A ONG Anca, que embolsou R$ 22 milhões desde 2003, teve os bens bloqueados pela Justiça em 2009, após não contabilizar seus gastos. Intriga a oposição: a ONG Inocar nada recebeu do Governo até 2006, e a Concrab passou a receber 35% a menos a partir de 2006. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deverá pedir a quebra de sigilo bancário das entidades usadas para drenar dinheiro público para o MST. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, nos últimos oito anos, mais da 50% dos 2.450 conflitos envolvendo o MST ocorrem no início do ano.
 
“Avanço” do crack
Diante do aumento do tráfico e consumo de crack no Brasil, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou que, apesar de o Ministério da Saúde ter anunciado R$ 120 milhões para melhoria do serviço público de saúde mental, as autoridades públicas têm reservado atendimento precário aos usuários de drogas pesadas como o crack - derivado da cocaína de qualidade inferior, porém mais tóxico - e da própria cocaína. “O mais triste ainda é ver o iniciante no uso do crack que, em uma semana, já está completamente viciado”, disse o senador também não poupou a Polícia Federal, que, segundo ele, está dotada de equipamento moderno para rastreamento de drogas, mas não consegue identificar as rotas do tráfico e nem onde as drogas ficam armazenadas.
 
Políticas insuficientes
Paes ainda criticou o desempenho do governo de São Paulo no combate ao crack, apesar das tentativas neste sentido, especialmente na área chamada Cracolândia. Para ele, as políticas públicas de segurança e de educação são insuficientes para o combate eficiente. “No quadro de um novo perfil sociológico, nunca é tarde lembrar que o crack, antes usado apenas por marginais e menores de rua, há algum tempo invadiu o espaço nobre da classe média. No entanto, o consumo da droga entre a população mais abastada ainda não se faz visível nas pesquisas dos órgãos de saúde”, destacou. E afirmou que as unidades públicas de atendimento no país não estão preparadas para lidar com a complexidade do problema e com os viciados em crack. Para o parlamentar, a droga está atravessando "as frágeis fronteiras da conduta do poder público.
 
Farra de diárias
Os ministros do Governo Lula gastaram mais de R$ 1 milhão apenas com pagamento de diárias em viagens nacionais e internacionais no ano passado. Isso significa um aumento de mais de 100% nos custos em relação a 2008 (R$ 497,5 mil). A cifra de 2009, equivale a uma média mensal de R$ 87,2 mil gastos em hotéis, refeições e táxis. Ou ainda, R$ 2,9 mil por dia. Do Giba Um.
 
Uísque e chimarrão
Em vídeo para parabenizar o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, por seus 63 anos, o presidente Lula recomendou ao pré-candidato do PT ao governo gaúcho que troque o chimarrão por uísque “de qualidade”, conforme informa o jornal Folha de S. Paulo. “O Tarso é um baita de um companheiro, mas é um companheiro polêmico. Em vez de chimarrão, Tarso, tome um belo de um uísque de qualidade, tome uma cachaça de qualidade, tome uma caipirinha”, disse Lula na mensagem. O vídeo, com pouco mais de três minutos, foi exibido na noite de sábado em Porto Alegre, em jantar de comemoração do aniversário do petista. A festa reuniu cerca de mil militantes no Sport Club Internacional, que pagaram entre R$ 20 e R$ 500 pelo ingresso.
 
Profundidade...
“... eu vim aqui dizer para vocês que o importante é o principal, o resto é secundário”. Do presidente Lula, na II Conferência Nacional de Cultura, em Brasília. Mais profundo que isso, impossível!
 


 
Armazém da Família  
Ontem, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), participou da inauguração de um Armazém da Família em Bocaiuva do Sul. É o primeiro Armazém da Família da cidade, implantado com apoio da Prefeitura de Curitiba. "É mais um fruto da integração entre a capital e os municípios da Região Metropolitana. Nosso compromisso é levar alimentação de qualidade a custo baixo para as famílias mais carentes", destacou Richa. Em Bocaiuva do Sul, o armazém tem capacidade para atender três mil famílias que ganham até um salário mínimo, por mês. Os preços do Armazém são, em média, 35% menores que nos mercados convencionais. Em Curitiba, as 29 lojas do Armazém da Família atendem famílias com renda de até três salários mínimos. A capital terá mais três lojas até agosto, na Vila Leão, Vila Osternack e Tatuquara. "O apoio da Prefeitura de Curitiba foi fundamental para esse presente chegasse também às famílias mais carentes de Bocaiuva do Sul", disse a prefeita Lucimere de Fátima Franco.
 
Navio em Paranaguá
Centenas de turistas de várias partes do mundo desembarcam, ontem (22), no Porto de Paranaguá para conhecer um pouco da cidade que deu origem à colonização do Paraná. Eles estavam a bordo do navio Veendam, de bandeira holandesa, que veio de Punta del Este, no Uruguai, e que ontem mesmo seguiu viagem para o litoral paulista. A maioria dos mais de 1,3 mil turistas é do Canadá e Estados Unidos. Parte deles seguiu de ônibus para Morretes e outra parte foi para Curitiba para almoçar em Santa Felicidade e visitar os principais pontos turísticos da Capital. Para os visitantes que ficaram em Paranaguá, a prefeitura local colocou ônibus para traslado até o centro histórico, onde foi montado um receptivo para orientar sobre os passeios na cidade.
 
Ação contra secretário
As Promotorias de Proteção ao Patrimônio Público e de Defesa da Saúde Pública de Campo Mourão propuseram ontem (22) ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito da cidade, Nelson José Tureck, e o secretário municipal de Saúde, Paulo Adriano Davidoff. O Ministério Público sustenta que o secretário tem trabalhado como dentista, quando o cargo que ocupa exige dedicação exclusiva ao município. Liminarmente, o MP/PR cobra o afastamento imediato de Davidoff da função pública. No mérito, a condenação dos dois requeridos por improbidade, visto que o gestor municipal seria conivente com o suposto desvio de conduta do secretário. Uma eventual condenação por ato de improbidade pode levar a sanções como a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e multa.
 
Internacionalização
O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) quer levantar e avaliar as dificuldades das empresas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul no processo de internacionalização para subsidiar a formulação de uma política federal de internacionalização de empresas, a pedido do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A questão será discutida no dia 29, em Curitiba, durante o seminário “Internacionalização de Empresas do Codesul”, promovido pelo Codesul, Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (CIN/Fiep), com o apoio do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).