Londrina
Fiscalização contra comércio de "pulseirinhas do sexo" visita 300 lojas
A maioria dos estabelecimentos já sabia
da proibição. Entretanto, apenas 45% tinha o produto à venda, embora
todos tenham sido avisados da determinação
Fábio Luporini
Desde
que a comercialização e uso de pulseiras coloridas com conotação sexual
foram proibidos em Londrina, na semana passada, a Companhia
Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) já visitou 300
estabelecimentos comerciais para orientar os proprietários a respeito da
determinação judicial. O juiz da Vara da Infância e Juventude
de Londrina, Ademir Ribeiro Richter, publicou portaria na
quarta-feira (31), proibindo
comércio e uso dos acessórios para menores de 18 anos. O principal
argumento é o caso em investigação de
uma adolescente de 13 anos estuprada por quatro rapazes na semana
retrasada.
Ao todo, segundo o presidente da CMTU, Nelson Brandão, foram 300 estabelecimentos visitados, dos quais 30 deles na 50ª Expo Londrina. “Lá a gente teve uma dificuldade a mais, porque havia muita gente [comerciante] de fora, que não conhecia a lei. Eles disseram que venderam em Santo Antônio da Platina, por exemplo, mas falamos que aqui era outra coisa”, explicou Brandão. De acordo com ele, os objetos não foram recolhidos, porque as pulseiras só não podem ser vendidas para menores de 18 anos.
“É a mesma coisa do cigarro. Para eu prender o cara que
vende cigarro [para menores], tenho que ficar de plantão na frente e
pegar em flagrante. Mas é uma dificuldade”, declarou o presidente da
CMTU. Outros 270 estabelecimentos foram visitados na cidade, em locais
como o Terminal Rodoviário de Londrina. “Os ficais vão onde há potencial
para vender o produto, como bazares. Nem todos tinham ou disseram ter.
Mas em 45% dos visitados havia pulseiras. Todos foram avisados [sobre a
proibição]”, ressaltou Brandão.
Para Brandão, a aceitação dos comerciantes está sendo boa. Ele revelou os argumentos utilizados pelos fiscais para convencer os lojistas a não vender os acessórios para menores de 18 anos. “A gente fala que poderia ter acontecido com o filho de cada um”, disse. Para que os estabelecimentos sejam multados, é necessário que a proibição seja para de venda para todas as idades.
Crise de valores
A polêmica envolvendo um simples acessório utilizado por crianças e adolescentes, revela, na realidade, uma crise de valores e falta de educação sexual. É o que defendem especialistas ouvidos pelo JL. Carência e necessidade de ser aceito pelo grupo são apontados como motivos que levam crianças e adolescentes a usarem as chamadas “pulseiras do sexo”, objetos coloridos em que cada cor tem uma conotação sexual. A utilização dos acessórios revela ainda o contexto familiar.
Ao todo, segundo o presidente da CMTU, Nelson Brandão, foram 300 estabelecimentos visitados, dos quais 30 deles na 50ª Expo Londrina. “Lá a gente teve uma dificuldade a mais, porque havia muita gente [comerciante] de fora, que não conhecia a lei. Eles disseram que venderam em Santo Antônio da Platina, por exemplo, mas falamos que aqui era outra coisa”, explicou Brandão. De acordo com ele, os objetos não foram recolhidos, porque as pulseiras só não podem ser vendidas para menores de 18 anos.
Para Brandão, a aceitação dos comerciantes está sendo boa. Ele revelou os argumentos utilizados pelos fiscais para convencer os lojistas a não vender os acessórios para menores de 18 anos. “A gente fala que poderia ter acontecido com o filho de cada um”, disse. Para que os estabelecimentos sejam multados, é necessário que a proibição seja para de venda para todas as idades.
Crise de valores
A polêmica envolvendo um simples acessório utilizado por crianças e adolescentes, revela, na realidade, uma crise de valores e falta de educação sexual. É o que defendem especialistas ouvidos pelo JL. Carência e necessidade de ser aceito pelo grupo são apontados como motivos que levam crianças e adolescentes a usarem as chamadas “pulseiras do sexo”, objetos coloridos em que cada cor tem uma conotação sexual. A utilização dos acessórios revela ainda o contexto familiar.