‘Abril vermelho’ do MST já soma 31 invasões no país
Alheio às críticas, o MST mantém o ritmo de invasões de
propriedades rurais privadas do seu “abril vermelho”.
Até a noite passada, segundo as informações
levadas à página do movimento na web, as incursões já haviam chegado a
31 fazendas.
São oito em São Paulo, 16 em Pernambuco, cinco na Paraíba e duas em Alagoas. A coisa prossegue até o
final do mês.
Afora as
puladas de cerca, o MST intensificou a ocupação de prédios públicos.
Só em São Paulo, foram ocupadas cinco
repartições públicas entre segunda (12) e terça-feira (13):
1.
Prédio do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), na
capital.
2.
Prédio do Incra na cidade de Iaras.
3. Escritório do Itesp no município de
Itapeva (SP).
4.
Secretaria de Educação da cidade de Tremembé (SP).
5. Prédio do Incra em
Bauru.
O MST
desafia lei brandindo o lema que adotou para embalar a cruzada vermelha
de 2010: "Lutar não é crime!"
Abespinhada com a presidente da CNA (Confederação Nacional da
Agricultura), senadora Kátia Abreu (TO), esteve no Ministério da
Justiça.
Entregou no
protocolo proposta de criação de
um Plano Nacional de Combate Às Invasões. O MST não se deu por achado.
Em texto levado à
internet, o movimento serve-se de um argumento que encontra eco nos
gabinetes da administração Lula.
Anota que a senadora não deseja senão “criminalizar as lutas
sociais e impedir o avanço da reforma "agrária". Investe contra a presidente da CNA.
E arrasta
FHC e o presidenciável tucano para a contenda: “A senadora, que quer
aparecer porque sonha em ser vice do candidato a presidente José
Serra...”
“...Deveria
saber que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder dos tucanos,
assinou um decreto que instituiu o 17 de abril como Dia Nacional de Luta
pela Reforma Agrária”.
Conclui a nota à moda de Lula ‘Neste País’ da Silva: “Ou seja, é
um direito lutar pela reforma agrária neste país”.