GOVERNO FEDERAL DESCARTA SOCORRO AOS ESTÁDIOS

PAULO MELO CORUJA NEWS............

Ministro descarta socorro do governo federal para os estádios



Agência Estado
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sugeriu que cidades e estádios sem condições de sediar a Copa de 2014 sejam substituídos ou simplesmente retirados da lista original. Ele descartou a possibilidade uma ajuda federal às obras - seja para reformar estádios, seja para melhorar o sistema de transportes.

"Já ouvi dirigente de clube dizer que não vai fazer reforma. Tudo bem. Então vamos ter de arrumar outro estádio. Imagino que com seis estádios seja possível fazer a Copa", afirmou.

Bernardo considera inviável a hipótese de socorro para municípios e Estados que estejam em atraso com as obras. "A Copa é em 2014. Se pudéssemos fazer em 2020, iríamos rediscutir tudo, começar o debate."

O ministro argumentou que logo depois de anunciada a vitória do Brasil para sediar o mundial de 2014, um acordo foi feito com governos estaduais e municipais partilhando as responsabilidades para os preparativos. Ao governo federal cabe providenciar a infraestrutura, como melhorias de aeroportos e de estradas, e investimentos na área da segurança. Obras para melhorar o trânsito nas cidades e reformas nos estádios ficariam por conta de Estados e municípios.

"O que estamos fazendo é oferecer empréstimo, com juros baixos, prazo bom para pagar, mas é empréstimo. O governo não vai fazer estádio", avisou o ministro.

Para garantir as obras, linhas de crédito do BNDES foram abertas Para cada estádio, um limite máximo de R$ 400 milhões.

Apesar da oferta, nenhum empréstimo ainda foi liberado, por exemplo, para melhorar o trânsito nas cidades. E, justamente por isso, ele disse estranhar a convicção de que, sem auxílio do governo federal, os preparativos não irão adiante. "Nem uma obra começou ainda, portanto é difícil falar que vai ter atraso. É preciso fazer licitação e começar. Supor que vai começar atrasado, que vai atrasar é estranho."

A possibilidade de o governo federal fazer doações para reformas de estádios particulares também foi praticamente descartada.

As declarações foram dadas depois do lançamento do modelo de fiscalização da Copa de 2014 do Tribunal de Contas da União(TCU)