PMDB pró-Serra aconselha Temer a evitar ‘retaliação’
Diretórios dissidentes ameaçam se insurgir contra o
‘vice’
Lula
Marques/FolhaA 22 dias da convenção que formalizará sua indicação para vice
na chapa de Dilma Rousseff, Michel Temer trava com os dissidentes do
PMDB um cabo-de-guerra.
Presidente da legenda,
Temer tenta impedir que os diretórios estaduais sublevados façam
campanha para o presidenciável tucano José Serra.
Foi avisado de que, se
esticar a corda, pode eletrificar a convenção nacional. Algo que
tisnaria e, no limite, até ameaçaria sua assunção à vice de Dilma.
O primeiro aviso veio do
Mato Grosso do Sul. Ali, o governador pemedebê André Puccinelli disputa a
reeleição contra José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.
A disputa local empurrou
Puccinelli para uma aliança com o PSDB de Serra. A despeito disso, o
governador não cogitava criar problemas para Temer.
Na última terça (18), o
deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), avisou a Temer que os ventos podem
soprar noutra direção.
Candidato ao Senado na
chapa de Puccinelli, Moka disse a Temer que as ameaças de retaliação
podem convulsionar a convenção do PMDB federal.
Reclamou de uma consulta
que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhara ao TSE, em combinação
com Temer.