DEM AO LADO DO PMDB NO RS

PAULO MELO CORUJA NEWS

No RS, o DEM anuncia apoio a José Fogaça, do PMDB

  DivulgaçãoColigado ao presidenciável tucano José Serra, o DEM aderiu a José Fogaça, candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul.

A aliança foi anunciada em reunião dos mandachuvas do DEM gaúcho com o próprio Fogaça, nesta quinta (5).

Trata-se de apoio informal. O prazo para as coligações expirou em 30 de junho.

O DEM gaúcho decidira, em convenção estadual, não apoiar nenhum candidato ao governo.

Em 2006, a legenda havia se coligado com o PSDB. Acomodara o ‘demo’ Paulo Feijó na vice da governadora tucana Yeda Crusius.

Na metade final do mandato de Yeda, hoje candidata à reeleição, Feijó tornou-se um vice-problema. De aliado, converteu-se em denunciante.

O DEM federal tentara empurrar o diretório gaúcho para o colo de Fogaça ainda no tempo regulamentar. Mas, dividida, a legenda hesitou.

Embora tardia, a meia-volta foi celebrada por Fogaça. Ele disse que aos neoaliados que não distingue os apoios formais dos informais.

Fogaça frequenta as pesquisas de opinião na segunda colocação, atrás do rival petista Tarso Genro, ex-ministro da Justiça de Lula.

O cenário esboçado pelas sondagens indica que a disputa entre Tarso e Fogaça tende a escorregar para o segundo turno.

Em relação à eleição presidencial, o PMDB de Fogaça equilibra-se entre a simpatia pelo tucano José Serra e a neutralidade.

Vice de Dilma Rousseff, o presidente do PMDB federal, Michel Temer, realizou gestões para evitar que o partido trabalhe contra Dilma no Estado.

As manchetes desta sexta


- Globo: Lei da Ficha Limpa já impede a candidatura de 59 políticos

- Folha: EUA derrubam bloqueio de dinheiro de Dantas

- Estadão: Chávez dá calote em empresas do Brasil

- JB: Dilma abre dez pontos

- Correio: Ficha limpa derruba 75 e Justiça faz mutirão

- Valor: Investidores levam calote de R$ 800 milhões em fundo

- Estado de Minas: O pesadelo que não quer acabar

- Jornal do Commercio: Insegurança no TIP

- Zero Hora: Operação derruba o diretor da Pasc

Barra Limpa!

Nani
- Via Nani Humor.

Placar do debate? 0X0. Resultado serve mais a Dilma

Folha

Ficou no zero a zero o primeiro debate presidencial da sucessão de 2010, promovido pela TV Bandeirantes.

Ninguém saiu de campo contundido. E nenhum candidato fez um golaço capaz de mover drasticamente a opinião média do eleitorado.

Melhor para Dilma Rousseff. Ruim para José Serra. Por quê? O tucanato alardeara durante meses que, nos debates, José Serra faria picadinho da oponente.

Ao deixar a arena inteira, a candidata de Lula cumpriu a tabela. Quanto a Serra, foi como se tivesse cedido o empate num campo que considerava seu.

De resto, em termos de audiência, o debate perdeu de goleada para o outro evento da noite: a partida entre São Paulo e Internacional.

No início do primeiro bloco, Dilma exalava nervosismo. Olhava para a câmera errada.  Perdia o tempo das respostas.  

Do segundo bloco em diante, a pupila de Lula acertou o passo. Modulou os seus nervos com os de Serra, calmo do início ao final.

Cada um jogou o seu jogo. Nada de caneladas. Nem sinal de Farc, MST, dossiês e coisas do gênero. Um prenúncio do que deve ocorrer na propaganda eleitoral.

Dilma agarrou-se em Lula. Ao evocar a atual gestão, falou sempre num plural autoinclusivo: “O nosso governo” fez isso, “nós fizemos” aquilo.

Serra dissociou-se de FHC. Declarou mira o futuro, não o retrovisor. No quarto bloco, aberto a perguntas de jornalistas, teve de olhar para trás.

Foi o ponto em que o debate mais se aproximou do modelo plebiscitário idealizado por Lula.

Um dos “inquisidores” da emissora perguntou a Serra por que foge de FHC, como fizera Geraldo Alckmin, em 2006. Questinou-o sobre as privatizações.

Podendo defender o amigo FHC, Serra acendeu o farol dianteiro: “Vou valorizar o patrimônio público”.

Disse que dará cabo das nomeações políticas. Citou o caso dos Correios. Era “empresa modelo”. Virou feudo partidário, palco de “coisas não recomendáveis”.

Sabia que Dilma comentaria sua resposta. E fustigou: Se o governo Lula era contra as privatizações de FHC, poderia ter reestatizado.

E Dilma: “Nós respeitamos contratos”. Fisiologismo? Havia também sob FHC, ela insinuou. Ao chegar, em 2003, encontrou uma Petrobras loteada,

Deu a entender que a prática grassou também sob Serra, em São Paulo. No mais, disse que, a despeito da coleta das privatizações, dívida pública dobrou sob FHC.

Ao treplicar, Serra cuidou de si. Não loteou cargos, disse. Nem na prefeitura nem no governo. Sobre economia, terceirizou a defesa de FHC.

Recomendou a Dilma uma conversa com Antonio Palocci. O ex-ministro da Fazenda de Lula os assistia da platéia.

“Passou anos elogiando a política econômica do Fernando Henrique. Hoje, é assessor da Dilma”, Serra provocou.

Entre os coadjuvantes, Plínio de Arruda Sampaio roubou a cena de Marina Silva. Radical, talvez não tenha angariado votos. Mas divertiu a platéia.