CONTADOR COBROU R$ 10 MIL PARA DAR ENTREVIOSTA

PAULO MELO CORUJA NEWS
A Colunas nos Jornais
Claudio Humberto

Contador cobrou R$ 10 mil para dar entrevista

O contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que acessou os dados fiscais sigilosos de Verônica Serra, filha do candidato a presidente José Serra (PSDB), exigiu pagamento de R$ 10 mil para conceder entrevistas, assim que seu nome foi divulgado pela Receita Federal, na quinta-feira (2). A Band foi uma das emissoras que receberam a proposta, mas se recusou a fazer o pagamento. Perdeu o “furo”.

A origem de tudo

A suspeita é que o falso procurador vendeu os dados fiscais da filha de Serra a pessoas recrutadas em Minas para devassar a vida do paulista.

Mui amigos

O objetivo de quem mandou investigar Serra era “ajudar” Aécio Neves, aparentemente à sua revelia, na disputa para ser o candidato do PSDB.

A ‘vingança’

Dias antes da quebra do sigilo de Verônica, amigos mineiros atribuíram à turma de Serra a tentativa “plantar” falsas notícias contra Aécio.

Ajuda externa

Araponga do antigo SNI do Rio seria o elo entre “clientes” na quebra de sigilo e a quadrilha que prestava esse serviço sujo em São Paulo.

No Pará, craques batem um bolão na política

No Pará, a política virou uma grande jogada para atletas de futebol. O artilheiro Robson “Robgol” busca a reeleição para deputado estadual. Do seu ex-clube, Paysandu, saíram outros dois: o atual vereador Vandick Lima e Zé Augusto (o conhecido “Zé Doido”), atacante do clube que disputa a série C do Brasileirão. Pelo rival Remo, disputam o ex-jogador Arthur, o “Rei Arthur”, e Landu, atual atacante do clube.

Pior não fica

A classe já tem seu Tiririca: o loquaz e "histriônico" contador da procuração falsa para vazar o sigilo da filha de Serra.

Calaboca

Lula disparou palavrões quando viu na tevê o ministro Guido Mantega (Fazenda) discorrendo sobre quebra do sigilo. Mandou que se calasse.

Vida dura

Se da gripe, da morte e dos impostos ninguém escapa, Cuba tem mais uma fatalidade: os discursos de Fidel Castro. Recomeçaram, na sexta.

Pagando mico

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), está uma arara: reclamou ao ministro Alexandre Padilha (articulação) que foi induzido a erro (e a um mico histórico) ao dar entrevista jurando ser “verdadeiro” o documento de Verônica Serra autorizando a própria quebra de sigilo.

Bem relaxado

Convenceram o senador Osmar Dias (PDT) de que ele será ministro da Agricultura de eventual governo Dilma, caso perca o governo do Paraná para Beto Richa (PSDB), líder nas pesquisas. Ele acreditou.

Sede ao pote

Brasília anda muito seca, mas não justifica a sede da rapaziada que contratou os shows do programa Virada Cultural, da Secretara de Cultura do DF. Artistas receberam cachês até quatro vezes maior.

Palácio de inverno

A Câmara dos Deputados, que anda mais vazia que porta de cemitério à noite, vai gastar R$ 7,7 milhões com seus copeiros e com os copeiros e cozinheiros da residência oficial do presidente Michel Temer.

Aprendiz de feiticeiro

O governador do DF, Rogério Rosso, aprendeu ligeiro. Mandou abrir licitações nos órgãos Novacap e DER faltando só quatro meses para deixar o governo. Não cuida das atuais e ainda quer começar outras.

Mui querida

O Planalto anda festejando pesquisas internas para o Senado, em São Paulo, que apontam o cantor Netinho (PCdoB) com chances de ser o mais votado, restando a Marta Suplicy (PT) apenas a segunda vaga.

Retrato na parede

A Abin, mais muda que samambaia no brejo, diante de novo escândalo de violação de sigilo, exibe sua “missão” na internet: “desenvolver atividades voltadas para a defesa do estado democrático de Direito.”

Outra batalha

Após inútil inquérito em que denunciou assédio moral do então cônsul-geral no Canadá, Américo Fontenelle, o ex-funcionário Geoges Cunninghan pena há três anos para receber seus direitos trabalhistas.

Sobe!

A candidata Dilma repete e repete o bordão na TV: “o povo vai subir na vida.” Mas não diz quem será o “elevador”: a sufocada classe média.

Poder sem pudor

Guerra das rosas

Foto
Sob efeito da sessão solene em homenagem à bossa-nova, o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha, afirmou que tudo se resolveria no Congresso e o Brasil melhoraria quando “chegar a primavera”. O líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), inconformado com as manobras do governo e a tentativa de controle da imprensa, espetou: - Não será a primavera, mas o bom senso para retirar Medidas Provisórias  protegendo Henrique Meirelles e tutelando jornalistas.