PF DEVE ABRIR CONCURSOS PARA 5 FUNÇÕES

PAULO MELO CORUJA NEWS
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Apreensão de drogas feita pela Polícia Federal no Paraná. Novos agentes devem ser contratados em 2011 Apreensão de drogas feita pela Polícia Federal no Paraná. Novos agentes devem ser contratados em 2011
Preparação

Concurseiros dão dicas para prova da PF

Depois de 7 anos, órgão deve abrir concurso para contratar novos agentes. Salários podem chegar a R$ 13.368,68 para função de delegado
 
Agência JC Concursos

O próximo ano deverá ser positivo para aqueles que desejam ingressar na Polícia Federal (PF), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. A previsão é que depois de sete anos a instituição possa lançar novos editais para cinco carreiras – agente administrativo, papiloscopista, escrivão, delegado e agente de polícia – totalizando 1.352 oportunidades.
Todas as solicitações já estão no Ministério do Planejamento, responsável por dar o aval para a abertura de processos seletivos na esfera federal. Segundo fontes ligadas ao Planejamento, as portarias autorizando a Polícia Federal a realizar concursos deverão ser publicadas em 2011.
Dos cargos anunciados, apenas o de agente administrativo pede o ensino médio completo e tem salário, já somadas as gratificações, de R$ 2.988,44. Os vencimentos para agente, papiloscopista e escrivão são de R$ 7.514,33 e de R$ 13.368,68 para delegado.
Para o aluno da Academia dos Concursos Diogo Toporowski, que está se preparando desde 2006 para tentar ingressar na corporação, o fato de não haver necessidade de um curso de formação para a função de agente administrativo é um dos diferenciais que torna a oportunidade atrativa, além da estabilidade e da remuneração. Já somadas às gratificações, os salários de nível médio da Polícia Federal chegam a R$ 2.988,44. Porém o funcionário do Departamento da Polícia Federal Wesley D’Agostino alerta que o agente administrativo será integrante do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Federal (PECPF), plano que não faz parte do quadro de servidores da PF. “É justamente por isso que estamos buscando a reestruturação da carreira, quem entrar deverá assumir o compromisso de se juntar a essa luta e buscar valorização salarial”, alerta.
Wesley, que passou no concurso há mais de 5 anos, conta que se esforçou bastante para ser aprovado. “Estudava todos os dias, abdiquei de diversão, gastos, passeios, baladas e tudo que pudesse atrapalhar e tirar minha concentração, me dediquei e foquei no objetivo”, lembra. Ele dá a sugestão para quem pretende chegar aonde ele chegou: “comprar um material de qualidade para os estudos, se desprender de tudo que possa atrapalhar e estar disposto a fazer um sacrifício por alguns meses garantirá seu emprego e uma condição de trabalho mais digna por toda a vida”.
Já Toporowski conta que estuda 7 horas por dia, ouvindo as gravações durante o trajeto de ida e volta ao serviço, que dura 2h cada, e mais 3 h no cursinho. Aos sábados a preparação é integral, das 8 h às 19h30, com apenas 1 h de almoço. Folga mesmo, apenas aos domingos, mas mesmo assim arrumando um tempinho para se dedicar à matéria que estiver pendente.
Conteúdo Programático
Para a prova são esperadas as matérias de Português, Infor­­mática, Raciocínio Lógico, Atualidades, noções de Administração e de Direito. O coordenador-geral da Siga Concursos, professor Carlos Alberto De Lucca, aconselha os candidatos iniciarem os estudos por português, informática e raciocínio lógico. “As demais [disciplinas] são as que tendem sofrer mais alterações de um edital para o outro”, explica. Já para Mônica Ferreira Nunes, coordenadora pedagógica da Central de Concursos, a disciplina com a qual o aluno tenha mais dificuldade deve ser a mais estudada, não deixando de lado as outras.
Ambos acreditam que o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) seja o escolhido para organizar a seleção. “Saber qual é a organizadora é fundamental para facilitar os estudos, cada uma tem um estilo de prova e uma forma específica de abordar conteúdos”, acrescenta Mônica.
João Lasmar, professor da Academia do Concurso, concorda “A Polícia Federal já tem um histórico com esta banca, ou seja, as questões tendem a ser mais voltadas ao entendimento e a multidisciplinaridade e não para a simples decoreba”. Para ele é fundamental não ter medo da prova e não vê-la como se fosse a última oportunidade da vida.