PAULO MELO CORUJA NEWS
Milhares de manifestantes protestam contra regime de Muammar Khadafi.
Número de mortos em protestos na Líbia chega a 173, diz organização
Milhares de manifestantes protestam contra regime de Muammar Khadafi.
No poder há 42 anos, ele vem reprimindo a oposição com violência.
Pelo menos 173 pessoas já morreram em consequência da violência na Líbia desde o início dos protestos contra o governo, na quarta-feira, de acordo com número informado neste domingo (20) pela ONG internacional Human Rights Watch, que monitora o conflito por meio de fontes que tem no país.
Milhares de pessoas vêm protestando nos últimos dias na região leste contra o governo do coronel Muammar Khadafi, no poder há 42 anos.
De acordo com a agência Associated Press, neste domingo (20), atiradores voltaram a atacar pessoas que participavam do funeral de manifestantes mortos no sábado.
O controle do governo sobre as informações e sobre a internet dificulta a confirmação dos relatos das testemunhas em Benghazi, onde acontecem os distúrbios mais graves.
Um médico citado pela AP diz que já seriam mais de 200 os mortos na cidade.
A Líbia é um dos vários países árabes ou muçulmanos a enfrentar protestos pró-democracia desde os levantes populares que levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.
Desde então, os protestos populares também forçaram a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro.
Brasileiros na Líbia
O governo brasileiro disse que vai auxiliar na retirada de brasileiros que estão na cidade de Benghazi, um dos principais focos de protesto contra o governo da Líbia. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 123 brasileiros estão na cidade. O embaixador brasileiro na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, chegou a Benghazi neste sábado (19) e já conversou com representantes de brasileiros que moram na região. Parte dos brasileiros já expressou a intenção de ficar na cidade.
Controle da internet
Os relatos da situação na Líbia são vagos e esporádicos, depois que o governo passou a controlar o acesso à internet. Um médico disse à BBC que a situação na cidade era "um inferno".
"Estou vendo pessoas feridas serem carregadas durante todo o dia. Elas foram alvejadas na cabeça e no peito, quebraram braços e pernas. Há tiroteios em toda a parte", disse. Ele também sugeriu que mercenários estrangeiros pagos pelo governo da Líbia foram trazidos da África sub-saariana para atacar os manifestantes.
Outro morador disse à BBC que 40 pessoas teriam sido mortas neste sábado em um curto espaço de tempo. "Por favor, por favor diga ao mundo que Khadafi está matando as pessoas sem motivos. São manifestantes pacíficos", disse.
"Ele está trazendo franco-atiradores africanos para atirarem nas pessoas nas ruas de Benghazi, agora está atacando a própria cidade com mísseis."
RetaliaçãoA mídia estatal alertou a população de que haveria retaliação do governo se os protestos continuassem.
A BBC confirmou que páginas de internet, incluindo o Facebook e o site do canal de televisão árabe Al-Jazeera foram bloqueadas no país. Apesar disso, redes sociais como o Twitter foram inundadas com atualizações sobre o que acontecia na cidade.
Muammar Khadafi governa a Líbia desde um golpe de estado em 1969. Ele é o líder que está há mais tempo no poder em todo o mundo.
Outros países árabes, como Bahrein, Marrocos e Tunísia registram protestos neste domingo.
De acordo com a agência Associated Press, neste domingo (20), atiradores voltaram a atacar pessoas que participavam do funeral de manifestantes mortos no sábado.
O controle do governo sobre as informações e sobre a internet dificulta a confirmação dos relatos das testemunhas em Benghazi, onde acontecem os distúrbios mais graves.
Um médico citado pela AP diz que já seriam mais de 200 os mortos na cidade.
Imagem da TV estatal líbia transmitida neste
domingo (20) mostra Muammar Khadafi em evento
com apoiadores de seu governo. (Foto: AP)
domingo (20) mostra Muammar Khadafi em evento
com apoiadores de seu governo. (Foto: AP)
A Líbia é um dos vários países árabes ou muçulmanos a enfrentar protestos pró-democracia desde os levantes populares que levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.
Desde então, os protestos populares também forçaram a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro.
Brasileiros na Líbia
O governo brasileiro disse que vai auxiliar na retirada de brasileiros que estão na cidade de Benghazi, um dos principais focos de protesto contra o governo da Líbia. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 123 brasileiros estão na cidade. O embaixador brasileiro na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, chegou a Benghazi neste sábado (19) e já conversou com representantes de brasileiros que moram na região. Parte dos brasileiros já expressou a intenção de ficar na cidade.
Controle da internet
Os relatos da situação na Líbia são vagos e esporádicos, depois que o governo passou a controlar o acesso à internet. Um médico disse à BBC que a situação na cidade era "um inferno".
Outro morador disse à BBC que 40 pessoas teriam sido mortas neste sábado em um curto espaço de tempo. "Por favor, por favor diga ao mundo que Khadafi está matando as pessoas sem motivos. São manifestantes pacíficos", disse.
"Ele está trazendo franco-atiradores africanos para atirarem nas pessoas nas ruas de Benghazi, agora está atacando a própria cidade com mísseis."
RetaliaçãoA mídia estatal alertou a população de que haveria retaliação do governo se os protestos continuassem.
A BBC confirmou que páginas de internet, incluindo o Facebook e o site do canal de televisão árabe Al-Jazeera foram bloqueadas no país. Apesar disso, redes sociais como o Twitter foram inundadas com atualizações sobre o que acontecia na cidade.
Muammar Khadafi governa a Líbia desde um golpe de estado em 1969. Ele é o líder que está há mais tempo no poder em todo o mundo.
Outros países árabes, como Bahrein, Marrocos e Tunísia registram protestos neste domingo.