Manifestações contra o governo se espalham em países da África e do Oriente Médio após a queda do regime na Tunísia e no Egito
UOL Notícias - Internacional
Crise no mundo árabe: Espaço aéreo de Trípoli está fechad
21/02/2011 -Atualizada 21/02/2011 - 18h28
Crise no mundo árabe: Espaço aéreo de Trípoli está fechado
Do UOL Notícias
Em São Paulo
O espaço aéreo sobre Trípoli está fechado até nova ordem, informou nesta segunda-feira à noite à AFP um porta-voz do exército austríaco, que tentava evacuar os cidadãos europeus para Malta a bordo de um avião militar.
O número de mortos nos quatro dias de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança da Líbia chegou a 233, informou a organização Human Rights Watch. Fontes ouvidas pela organização em dois hospitais na cidade de Benghazi, a segunda maior do país, relataram que mais de 60 pessoas morreram apenas no domingo (20), um dos dias mais violentos dos protestos.
A situação hoje em Trípoli, capital da Líbia, é de máxima tensão, com corpos dispostos nas ruas e contínuos barulhos de tiros em vários bairros da cidade, inclusive de projéteis de artilharia pesada, segundo constatou a Agência EFE e assim como relataram habitantes de várias áreas da capital. A capital registrou os primeiros protestos desde o início das manifestações.
Violência na Líbia atingiu nível inaceitável, diz Patriota
(18h12) O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, condenou a repressão a manifestantes na Líbia e disse que um avião com brasileiros está aguardando autorização para deixar a cidade de Benghazi com destino à capital Trípoli. "O Brasil repudia atos de violência contra manifestantes desarmados e vemos com grande preocupação os desenvolvimentos na Líbia. Parece que alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável", disse Patriota em entrevista coletiva em São Paulo.
Tunísia pede à Arábia Saudita extradição da esposa de Ben Ali
Berlusconi considera "inaceitável" uso da violência contra civis na Líbia
(17h51) O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, se mostrou nesta segunda-feira "alarmado" pelas revoltas na Líbia e pelo "uso inaceitável da violência contra a população civil" na região. Em um comunicado, ele pediu à União Europeia (UE) e à comunidade internacional para que trabalhem com o objetivo de evitar que a tensão resulte em uma guerra civil.
"Gaddaffi não queria Israel e hoje Líbia ficará sem Gaddafi", diz Shimon Peres
(14h42) Seif al-Islam, o filho do dirigente líbio Muammar Gaddafi, anunciou nesta segunda-feira (21) a criação de uma comissão para investigar a violenta repressão dos manifestantes, segundo informações da televisão estatal.
A comissão, que será dirigida por um juiz, incluirá "membros de organizações de direitos humanas líbias e estrangeiras", acrescentou a fonte.
EUA pedem que funcionários não essenciais deixem Líbia
(14h34) Os Estados Unidos pediram que todo seu pessoal diplomático não essencial deixe a Líbia e alertaram cidadãos americanos a evitar viajar para o país do norte da África por conta dos protestos antirregime. "O Departamento de Estado ordenou que todos os familiares de funcionários da embaixada e pessoal não emergencial deixem a Líbia", informou um comunicado.
Governo venezuelano nega que Gaddafi fugiu para o país
Bélgica vai investigar uso de armas vendidas à Líbia
(12h43) O governo regional da Valônia (sul da Bélgica), criticado por ter autorizado a venta de armas à Líbia, informou que pretende de averiguar se o armamento foi utilizado na repressão dos protestos contra o regime de Muammar Gaddafi. O embaixador belga em Trípoli obterá informações sobre o uso final das armas interrogando as "autoridades líbias e outros contatos", informou à AFP Christopher Barzal, porta-voz do ministro-presidente valão Rudy Demotte.
Ministro da Justiça da Líbia renuncia em protesto contra violência
(10h40) A polícia líbia debandonou no domingo da cidade de Zauia (60 km a oeste de Trípoli), que, desde então, está mergulhada no mais completo caos, informaram vários tunisianos que fugiram para Ben Guerdan (Tunísia), perto da fronteira entre os dois países.
Duas cidades sob controle da oposição
(10h38) Pelo menos duas cidades já estão sob controle dos manifestantes que protestam contra o governo do presidente da Líbia, Muammar Gaddafi, segundo informações das agências de notícias. Além de Benghazi, onde dezenas de pessoas foram mortas desde que começaram os protestos na semana passada e que já estaria sob controle dos moradores, Jalu, ao sul de Benghazi, também foi tomada pelos opositores de Gaddafi, informou um turco preso na localidade ao canal "NTV".
A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), por sua vez, declarou nesta segunda-feira que os manifestantes estão com o controle de várias cidades da Líbia, como Benghazi e Syrta. Segundo a FIDH, em Trípoli há uma "resistência que se desenvolve" contra o regime de Muammar Gaddafi, que adotou "a estratégia do caos", disse Souhair.
Ex-membro do governo Gaddafi pede diálogo com oposição
(10h17) Líbia, membro da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep), é o quarto produtor de petróleo da África, depois da Nigéria, Argélia e Angola, com cerca de 1,8 milhão de barris diários e possui reservas avaliadas em 42 bilhões de barris. Leia mais
Mais de 2.300 tunisianos abandonaram a Líbia
(10h13) Mais de 2.300 tunisianos residentes na Líbia abandonaram o país desde domingo por razões de segurança, informou a agência oficial tusinisiana TAP. Os tunisianos que vivem em Benghazi (leste) e outras cidades afetadas pela rebelião contra o regime do coronel Muamar Kadhafi estão encontrando dificuldades para chegar à fronteira por questões de segurança.
Roma monta plano para retirar italianos da Líbia
(9h49) A Itália já tem um plano para retirar seus cidadãos da Líbia, informou nesta segunda-feira uma alta funcionária da diplomacia do país à agência de notícias Ansa. "Estão prontos os planos de evacuação caso [isso] seja necessário, mas ainda não foi autorizado", declarou Stefania Craxi, subsecretária do Ministério das Relações Exteriores da Itália, sobre a situação dos cidadãos italianos no país de Muammar Gaddafi.
Ataque de manifestantes a banco no Marrocos deixa 5 mortos
Oposição critica Berlusconi por dizer que não quer "incomodar" Gaddafi
(9h39) As declarações do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de que não poderia "incomodar" o líder líbio, Muammar Gaddafi, pelo fato de a situação na Líbia estar em evolução, geraram duras críticas da oposição. "O que a oposição pode fazer além de exigir que se preste atenção na grave situação que o norte da África está vivendo? A única coisa que se escutou de Berlusconi, perante um mundo que está sendo derrubado, é que não quer incomodar Kadafi", afirmou o líder da Itália dos Valores (IDV), Antonio Di Pietro, nesta segunda-feira.
Irmandade do Egito pede reforma mais ampla no governo
"Exaltados" tentam imitar Tunísia, afirma mídia oficial chinesa
(8h13) A imprensa oficial chinesa afirma nesta segunda-feira que "exaltados" tentaram no domingo "imitar a Revolução do Jasmim" da Tunísia e insiste que uma revolução na China é "impossível". "Não há vontade coletiva a favor de uma revolução na China", afirma o jornal "Global Times", conhecido por seu nacionalismo.
Para Amr Musa, Tunísia e Egito têm 'enorme influência' sobre mundo árabe
(8h) As revoltas populares na Tunísia e no Egito terão "uma enorme influência" sobre todo o mundo árabe, afirmou o egípcio Amr Musa, secretário-geral da Liga Árabe, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal espanhol El País. Segundo ele, "a influência da grande revolução egípcia e da Tunísia, que iniciou tudo, será enorme".
Crise no Oriente Médio e países vizinhos
Na TV, filho de Gaddafi adverte para guerra civil na Líbia
Turquia pede explicações à Líbia por acusações de instigar protestos
(7h29) A Turquia pediu explicações ao Governo líbio depois de ter recebido acusações de que cidadãos turcos estariam por trás dos protestos registradas no país árabe nos últimos dias. O governo dirigido desde 1969 pelo coronel Muammar Gaddafi responsabilizou pelas revoltas certos "grupos islâmicos" que servem às "forças sionistas" e afirmou que há cidadãos turcos entre eles.
UE estuda retirar cidadãos da Líbia
(7h25) A ministra espanhola de Assuntos Exteriores, Trinidad Jiménez, afirmou nesta segunda-feira em Bruxelas que a União Europeia (UE) estuda retirar seus cidadãos da Líbia, em particular da cidade de Benghazi, reduto dos opositores ao regime de Muamar Gaddafi.
Ulemás do Iêmen proíbem uso da força contra manifestantes