MANDANTE DA MORTE DE DOROTHY STANG SE APRESENTA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Mandante da morte de Dorothy Stang se apresenta à polícia, diz advogado

1ª Câmara Criminal Isolada do TJ/PA decretou prisão de Regivaldo Galvão.
Ele tinha sido liberado horas antes porque mandado não estava na delegacia.

Do G1, em São Paulo
 
Dotothy Stang (Foto: Reprodução/TV Globo)Missionária Dotothy Stang foi assassinada em 2005
(Foto: Reprodução/TV Globo)
O advogado Janio Siqueira, que representa o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser um dos mandantes da morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, disse que o cliente se apresentou à Polícia Civil de Altamira (PA), às 14h desta terça-feira (6), após a 1ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará ter decretado a prisão preventiva dele horas antes. A prisão só foi efetivada por volta das 18h, segundo a polícia.
Segundo Siqueira, o fazendeiro não foi preso no primeiro momento porque o documento expedido pela Justiça não tinha chegado até a polícia para que a corporação pudesse cumprir o mandado de prisão. "Ele [Galvão] conversou com o delegado e disse que estava à disposição da polícia para ser preso", afirmou o advogado.
A Câmara negou nesta terça-feira o recurso para anular o júri do fazendeiro, conhecido como "Taradão". Ele responde pelo crime em liberdade e a defesa informou que vai recorrer da decisão.
O advogado afirmou que vai entrar com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) após ter conhecimento do pedido de prisão preventiva expedido pela Justiça. Segundo ele, “o tribunal não fundamentou a prisão, não houve nenhum fato novo, decretaram sem nenhum motivo. Ele sempre atendeu a todas as necessidades da Justiça. A decisão foi uma surpresa para nós”, disse Siqueira.
Ainda de acordo com o advogado, ele vai entrar com recurso especial no STJ contra a condenação do fazendeiro e pedir a anulação do julgamento. "Também vou entrar, ao mesmo tempo, com um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta esfera, entendo que cabe o recurso porque entendemos que houve garantias dos direitos constitucionais ao meu cliente durante o processo, principalmente quando se fala da ampla defesa", afirmou Siqueira.