PAULO MELO CORUJA NEWS
Um navio de cruzeiro de luxo que levava mais de 4 mil pessoas
naufragou na noite desta sexta-feira na costa da Itália. Inicialmente as
autoridades italianas divulgaram que pelo menos seis pessoas haviam
morrido, mas somente três corpos, de dois franceses e um peruano, foram
resgatados até agora. Várias pessoas ficaram feridas, incluindo duas
gravemente, e dezenas estão desaparecidas, segundo a imprensa italiana. O consulado do Brasil em Roma confirmou que 53 brasileiros estavam a bordo.
Segundo o Itamaraty, pelo menos dois brasileiros que estavam na
embarcação procuraram os consulados de Milão e de Roma, e teriam sido
evacuados em segurança.
O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando. Helicópteros foram usados para retirar ao menos 50 pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada. Unidades da guarda costeira e barcos de passageiros participavam do resgate.
Porém, a retirada dos últimos passageiros e de membros da tripulação apresentou complicações. Uma fenda se abriu, causando vazamento dentro da embarcação, que inclinou.
Em nota, a Costa Cruzeiros confirmou que havia 46 brasileiros a bordo. Também informou que foram evacuados 3.200 passageiros e 1.000 tripulantes. A empresa acrescentou que cerca de 1.000 passageiros são italianos, 500 alemães e 160 franceses. Até o momento, as causas do naufrágio não foram identificadas.
Os passageiros e tripulação do navio Costa Concordia foram levados para a ilha de Giglio e colocados em escolas, casas e igrejas para passar a noite. O cruzeiro encalhou por volta de 21h30 horas (18h30 no horário de Brasília) perto da costa da Toscana.
A operação de resgate envolvendo botes salva-vidas, navios e helicópteros prosseguia horas depois do naufrágio. "No momento temos cerca de 40 homens no trabalho e aguardamos a chegada de equipes especializadas em mergulho para checar todo o interior do navio", disse o porta-voz da corporação de bombeiros, Luca Cari.
"Não descartamos a possibilidade de que mais pessoas estejam desaparecidas. Isto é difícil porque o navio é enorme", declarou.
Veja imagens do navio naufragado
Pânico
Luciano Castro, um dos passageiros, disse à imprensa italiana que "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa". Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve "cenas de pânico" no navio. "Estávamos sentados para jantar e ouvimos aquele grande estrondo. Acho que ele bateu em algumas rochas. Houve muito pânico, as mesas viraram, os copos voaram para todos os lados e nós corremos para os decks onde colocamos nossos coletes salva-vidas. Estávamos muito assustados e congelando, porque ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente", disse.
O Costa Concordia havia deixado o porto de Civitavecchia, perto de
Roma, na sexta-feira para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que deveria
terminar em sete dias em Marselha, na França, após passar por portos da
Sicília, da Sardenha e da Espanha. O navio transportava cerca de mil
passageiros italianos, 500 alemães e 160 franceses, segundo o armador,
que não precisou a nacionalidade das demais pessoas a bordo.
***Com informações do iG Brasília e agências
Navio naufraga e deixa mortos na Itália
Embarcação tinha cerca de 4 mil pessoas e 53 brasileiros a bordo. Três corpos foram resgatados e equipes buscam desaparecidos
Foto: AP
O navio Costa Concordia, que levava 4.000 pessoas, naufragou após bater em banco de areia próximo à ilha de Giglio (Itália)
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O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando. Helicópteros foram usados para retirar ao menos 50 pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada. Unidades da guarda costeira e barcos de passageiros participavam do resgate.
Porém, a retirada dos últimos passageiros e de membros da tripulação apresentou complicações. Uma fenda se abriu, causando vazamento dentro da embarcação, que inclinou.
Em nota, a Costa Cruzeiros confirmou que havia 46 brasileiros a bordo. Também informou que foram evacuados 3.200 passageiros e 1.000 tripulantes. A empresa acrescentou que cerca de 1.000 passageiros são italianos, 500 alemães e 160 franceses. Até o momento, as causas do naufrágio não foram identificadas.
Os passageiros e tripulação do navio Costa Concordia foram levados para a ilha de Giglio e colocados em escolas, casas e igrejas para passar a noite. O cruzeiro encalhou por volta de 21h30 horas (18h30 no horário de Brasília) perto da costa da Toscana.
A operação de resgate envolvendo botes salva-vidas, navios e helicópteros prosseguia horas depois do naufrágio. "No momento temos cerca de 40 homens no trabalho e aguardamos a chegada de equipes especializadas em mergulho para checar todo o interior do navio", disse o porta-voz da corporação de bombeiros, Luca Cari.
"Não descartamos a possibilidade de que mais pessoas estejam desaparecidas. Isto é difícil porque o navio é enorme", declarou.
Veja imagens do navio naufragado
Pânico
Luciano Castro, um dos passageiros, disse à imprensa italiana que "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa". Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve "cenas de pânico" no navio. "Estávamos sentados para jantar e ouvimos aquele grande estrondo. Acho que ele bateu em algumas rochas. Houve muito pânico, as mesas viraram, os copos voaram para todos os lados e nós corremos para os decks onde colocamos nossos coletes salva-vidas. Estávamos muito assustados e congelando, porque ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente", disse.
Homem caminha em praia próxima ao local do naufrágio do navioA Costa Crociere, empresa proprietária do navio, afirmou que ainda é
cedo para dizer o que causou o acidente. "A inclinação gradual do navio
tornou a retirada dos passageiros extremamente difícil", afirma um
comunicado divulgado pela companhia. "A posição do navio, que está
piorando, tornou mais difícil a última parte da retirada."
Foto: Arte iG
Onde o navio naufragou
***Com informações do iG Brasília e agências