QUINTA VÍTIMA DE MÉDICO DE BRASILIA NÃO PRECISAVA DE CIRURGIA DIZ EX-MARIDO

PAULO MELO CORUJA NEWS
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Quinta vítima de médico de Brasília não precisava da cirurgia, diz ex-marido

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A FOTO MOSTRA O MÉDICO LUCAS SEIXAS (esq.) OPERANDO
 Yara de Camargo Daher é outra vítima atribuída ao médico Lucas Seixas Dicas Júnior, que responde acusação de homicídio na Justiça pela morte de duas pacientes. O marido de Yara, Fabio Antinoro, contou que sua mulher morreu em 16 de setembro de 2006 de infecção, após sofrer durante oito meses em uma UTI. Fábio não esquece o "absurdo" que sua ex-mulher sofreu. "Ela foi operada pelo dr. Lulas e ele não sabe operar. Antigamente, para você fazer uma cirurgia dessas,  tinha que ter o IMC elevado para dar obesidade mórbida, ou seja, ela engordou para fazer a operação, ele conseguiu isso".

Intestino perfurado Segundo Fabio Antinoro, durante a cirurgia o intestino da paciente sofreu perfuração, ocasionando a infecção. “Ela precisou grampear o estômago depois, e ele não usou um grampo original porque custava R$ 10 mil, caro pra caramba, então usou um inferior e deu infecção interna”. Ele disse que na época não divulgou o caso para não agravar os traumas sofridos pelo filho de apenas 11 anos.

Pesava 90kg e definhou até os 26kg - Yara, que media 1,70 de altura, morreu pesando apenas 26 quilos. “Ela faleceu em estado deplorável, em setembro de 2006. Tinha 90kg e morreu com 26kg. Eu fui contra o estímulo do médico para operar, ela não precisava, se ela fizesse natação resolvia. O médico disse que se não a operasse ia ser sempre gorda – ela operou contra a vontade da família”.

Casos são semelhantes - A psicóloga Maria Cristina Silva e a advogada Fernanda Wendling, professora da UniCeub, e também o estudante de medicina Felício Natal Palazzo morreram em circunstâncias semelhantes, e os respectivos familiares se queixam também de negligência do médico na fase pós-operatória. Em entrevista à rádio BandNews FM Brasília nesta quarta-feira, o advogado do médico admitiu ainda que parentes de uma outra vítima fatal tentaram, mas não conseguiram caracterizar a culpa do médico no falecimento. Ele não mencionou o nome dessa vítima.