PAULO MELO CORUJA NEWS
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Itaipu ignora a
lei e esconde
salários de marajáA direção brasileira da estatal Itaipu Binacional ignorou o que dispõe a Lei de Acesso a Informação e se negou a informar o salário do ministro Celso Amorim (Defesa) para participar de duas reuniões mensais do seu conselho de administração. Mas esta coluna apurou que Amorim recebe ao menos R$ 19,4 mil mensais. Somando esse valor aos vencimentos de ministro, Amorim embolsaria R$ 46,1 mil por mês.
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Acima do teto
Segundo a lei, no serviço público federal ninguém pode perceber mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal: R$ 26.723,13.
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Vice-marajás
Conselheiros da Petrobras e da BR Distribuidora, Guido Mantega (Fazenda) e Mirian Belchior (Planejamento) têm R$ 41,5 mil por mês.
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Gordo contra-cheque
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento Industrial) embolsa R$ R$ 38,1 mil por mês, porque integra conselhos como o do BNDES.
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Acumulou, ganhou
Advogado-geral da União, o ministro Luís Adams que soma salário aos jetons na BrasilPrev e na BrasilCap, e fatura R$ 38,7 mil mensais.
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Infraero indica
leigos para gestão
de aeroportosAs Sociedades de Propósito Específico (SPE), criadas pelo governo, vão administrar os aeroportos, em regime de concessão, mas começam muito mal: dos doze representantes das “classes trabalhadoras” nos conselhos de Administração e Fiscal, apenas dois possuem experiência em administração aeroportuária. Os demais foram indicados pelos diretores da estatal Infraero. Um dos indicados para o conselho, fiscal, por exemplo, é irmão do diretor Financeiro.
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Vou de ônibus
No aeroporto de Brasília, são privilegiados os que usam ponte (finger) de desembarque. Dois terços são jogados na pista distantes até 2 km.
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Nomenclatura
Os analistas estão em guerra com a Controladoria-Geral da União para serem chamados de “auditores”, como no Tribunal de Contas da União.
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No meio do caminho
Vice de Fernando Haddad em São Paulo, a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) diz que “continua na mesma rua” do PT. Só que bateu no poste.
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DF: mudança no Turismo
O secretário de Turismo do governo do DF, Luiz Octavio Neves, será demitido até julho e seu substituto já foi escolhido: Marcos Dantas, presidente do PSB-DF. A Secretaria de Turismo é feudo do partido.
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Ao pé do ouvido
Assessor jurídico da liderança do PT no Senado, Marcos Rogério de Souza tem despertado atenções na CPI do Cachoeira. Está sempre falando aos cochichos com o relator, deputado Odair Cunha (SP).
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Conta de chegar
O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) diz que falta pouco para a Assembleia Legislativa do Rio aprovar a dispensa de curso superior para novos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Bastará “notório saber”.
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Escala africana
Bela e jovem, a embaixadora de Zâmbia no Brasil, Cynthia Misozi, faz sucesso dentro e fora de seu país: ex-secretária do presidente Michael Sata, ela abala corações por onde passa, em Brasília.
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Menos um
A Bolívia anulou o contrato de financiamento de US$ 332 milhões do BNDES para a brasileira OAS construir rodovia num parque ecológico. E pensar que Lula pegou jatinho para tentar conter a fúria cocaleira...
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Lorota cicloviária
Alguém do governo do DF contou lorota ao pessoal da revista de bordo da GOL, jurando que Brasília teria a segunda maior “malha cicloviária” do País. Os 179 quilômetros informados só existem nas promessas.
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Decisão anterior
O DNIT informou que a habilitação da Delta Construções para concorrer em licitação de R$ 13,6 milhões no Ceará ocorreu antes da decisão da Controladoria-Geral da União de declará-la inidônea.
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Dados incompletos
Após notificação do Senado, o Banco Central informou ter identificado a “dificuldade” que levou à omissão da origem e destino do dinheiro movimentado na conta bancária da Delta. Os dados foram enviados com as lacunas à CPI mista do Cachoeira.
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Pensando bem…
…enquanto Lula é “o cara”, Cavendish é “o caro”.
- Poder sem pudor
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Promessa de político
Jefferson Brant saiu de Uberlância (MG) e, em Brasília, pediu um emprego ao primo Rondon Pacheco, líder do governo do general Emílio Garrastazu Médici na Câmara.
- Claro! É só esperar. Você será agente administrativo da Câmara.
O tempo foi passando, e nada. O primo só dizia: “vai sair”. E advertia: “não fale para ninguém, guarde segredo”. Certo dia um jornal informou que 20 mil candidatos disputavam as vagas para agente administrativo na Câmara. Jéferson jamais esquecerá a desculpa esfarrapada do primo:
- Eu não disse para não falar a ninguém? Vazou