PAULO MELO CORUJA NEWS
Pacientes dizem que médicos cobram de quem tem plano de saúde.
Gestantes de Maringá, no norte do Paraná, reclamam que muitos médicos
estão cobrando uma taxa extra para acompanhar partos normais e
cesarianas pagos por planos de saúde. Segundo as pacientes, o valor pode
chegar a R$ 3 mil, dependendo do profissional. Eles dizem que sem a
taxa não é possível estar perto da mãe no momento do nascimento do
filho.
A dona de casa Dayane Montresol acabou trocando de médico em função da taxa. “Ele [médico] explicou que vários médicos da cidade estavam se manifestando, mobilizando, por conta de que o que eles recebiam não estaria condizente com o que eles gostariam”, conta.
O pai de uma criança nascida há dois meses que preferiu não se identificar disse que pagou a taxa ao médico, pois ficou com medo do que pudesse acontecer à mulher durante o nascimento do primeiro filho. “O meu médico me abordou, quando eu fui a uma consulta com a minha esposa, acompanhando ela. E falou que seria cobrado um valor de R$ 3 mil para fazer a cesariana”, afirma. Segundo o homem, o médico levou cinco meses até informa-lo sobre a cobrança.
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou médicos para efetuar a cobrança de taxas extras. A entidade considerou a prática ética e afirma que isso não fere os contratos com os planos de saúde. A condição para isso é o profissional não estar de plantão e a cobrança deve ser informada aos pacientes desde a primeira consulta.
O Conselho Regional de Medicina (CRM), porém, afirma que essa cobrança só pode ser feita em casos de parto normal. Pedir qualquer taxa extra em casos de cesariana é, na análise do CRM proibida. “O Conselho Regional de Medicina chegou à conclusão que haveria autorização para a cobrança da disponibilidade médica no caso de acompanhamento para parto, que é um procedimento demorado”, afirma o presidente da entidade, Raul Bendlin Filho. Conforme o médico, os planos de saúde não cobrem a disponibilidade do médico.
Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo informou que os planos têm a obrigação de cobrir todos os procedimentos que constam no contrato assinado com o cliente. Já a Agência Nacional de Saúde (ANS) afirma que a cobrança é ilegal, salvo se o usuário escolher médicos ou hospitais que não estão credenciados junto ao plano de saúde.
Gestantes de Maringá reclamam de taxa para fazer partos e cesarianas
Pacientes dizem que médicos cobram de quem tem plano de saúde.
Valor que pode chegar a R$ 3 mil é ilegal, segundo a ANS.
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A dona de casa Dayane Montresol acabou trocando de médico em função da taxa. “Ele [médico] explicou que vários médicos da cidade estavam se manifestando, mobilizando, por conta de que o que eles recebiam não estaria condizente com o que eles gostariam”, conta.
O pai de uma criança nascida há dois meses que preferiu não se identificar disse que pagou a taxa ao médico, pois ficou com medo do que pudesse acontecer à mulher durante o nascimento do primeiro filho. “O meu médico me abordou, quando eu fui a uma consulta com a minha esposa, acompanhando ela. E falou que seria cobrado um valor de R$ 3 mil para fazer a cesariana”, afirma. Segundo o homem, o médico levou cinco meses até informa-lo sobre a cobrança.
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou médicos para efetuar a cobrança de taxas extras. A entidade considerou a prática ética e afirma que isso não fere os contratos com os planos de saúde. A condição para isso é o profissional não estar de plantão e a cobrança deve ser informada aos pacientes desde a primeira consulta.
O Conselho Regional de Medicina (CRM), porém, afirma que essa cobrança só pode ser feita em casos de parto normal. Pedir qualquer taxa extra em casos de cesariana é, na análise do CRM proibida. “O Conselho Regional de Medicina chegou à conclusão que haveria autorização para a cobrança da disponibilidade médica no caso de acompanhamento para parto, que é um procedimento demorado”, afirma o presidente da entidade, Raul Bendlin Filho. Conforme o médico, os planos de saúde não cobrem a disponibilidade do médico.
Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo informou que os planos têm a obrigação de cobrir todos os procedimentos que constam no contrato assinado com o cliente. Já a Agência Nacional de Saúde (ANS) afirma que a cobrança é ilegal, salvo se o usuário escolher médicos ou hospitais que não estão credenciados junto ao plano de saúde.