VEREADORA ANA MARIA RENUNCIA AO CARGO EM PONTA GROSSA

PAULO MELO CORUJA NEWS

Vereadora acusada de forjar próprio 

sequestro renuncia ao mandato

Ana Maria de Holleben renunciou no fim da manhã desta sexta-feira (30).
Renúncia foi minutos antes da sessão que poderia definir pela cassação.

Silvia CordeiroDo G1 PR, em Ponta Grossa
Carta de renúncia foi enviada minutos antes do início da sessão, que definiria pela cassação da vereadora (Foto: Josy Tibério/CMPG)Carta de renúncia foi enviada minutos antes do início da sessão, que definiria pela cassação da vereadora (Foto: Josy Tibério/CMPG)
A vereadora Ana Maria de Holleben (sem partido), de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, renunciou ao mandato, nesta sexta-feira (30), poucos minutos antes do início da sessão extraordinária, que poderia definir pela cassação da parlamentar. O advogado Davi Artero entregou à Câmara Municipal uma carta com o pedido de renúncia da vereadora.
Vereadora Ana Maria de Holleben, de Ponta Grossa (Foto: Reprodução/RPCTV)Vereadora Ana Maria de Holleben, de Ponta Grossa
(Foto: Reprodução/RPCTV)
O presidente da Casa, Aliel Machado (PC do B), chegou a abrir a sessão para anunciar a renúncia, entretanto, a interrompeu logo depois. O suplente da vereadora, Nilson Ribeiro (PT), deve assumir o cargo, em data a ser definida pelo presidente da Câmara.
Há oito meses, a Câmara investiga o caso da vereadora acusada de forjar o próprio sequestro após cerimônia de posse no dia 1º de janeiro. O caso provocou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e posteriormente uma Comissão Parlamentar Processante (CPP).
Após análises dos parlamentares, três membros da CPP, Marcio Schirlo (PSB), Rogério Mioduski (PPS) e Julio Küller (PSD), pediram o arquivamento do relatório, que foi derrubado em votação em 24 de junho, em sessão extraordinária. Foram 17 votos favoráveis a continuação das investigações contra três votos para o arquivamento. Os vereadores, então, fizeram um novo relatório, que foi entregue na quarta-feira (28). Os integrantes da CPP concluíram que houve quebra de decoro parlamentar 
Vereadora não vai responder criminalmente
Fora da Câmara Municipal, o episódio passou pela Polícia Civil. Os investigadores concluíram que a vereadora forjou o próprio sequestro, apesar de ter negado as acusações. O caso também chegou a ir para a Justiça. No início de junho, a parlamentar fez um acordo e não vai responder por falsa comunicação de crime e fraude processual, já que as penas não somam mais de um ano de prisão. Ela cumpre em liberdade algumas condições impostas pela Justiça para que o caso não seja retomado.
Ana Maria também foi expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT). No dia 8 de junho, a Comissão de Ética da legenda decidiu pela saída da parlamentar por estar “comprometendo o nome do partido”. A vereadora chegou a negociar a filiação com outras três legendas, mas até agora está sem partido.