MP-PR PEDE PARA PONTA GROSSA QUE ADOTE AÇÃO PARA DIMINUIR CÃES DE RUA

PAULO MELO CORUJA NEWS

MP-PR pede para que Ponta Grossa adote ação para diminuir cães de rua

Prefeitura estima que cidade tenha 34 mil animais em situação de abandono.
Ministério Público quer dobrar número de castrações e ampliar canil.

Do G1 PR, em Ponta Grossa
 

Gerência de Controle de Zoonoses estima que, em Ponta Grossa, existam cerca de 34 mil cães de rua (Foto: Alana Fonseca/RPC TV)Gerência de Controle de Zoonoses estima que, em Ponta
Grossa, existam cerca de 34 mil cães de rua
(Foto: Alana Fonseca/RPC TV)
A Prefeitura de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, tem até o dia 22 de janeiro para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê mudanças no controle da população de cães de rua da cidade. A solicitação, feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pede que o número de castrações dobre até 2017. O documento também exige o aumento da capacidade do canil municipal. De acordo com o município, as ações começam 90 dias após a assinatura do termo.
Segundo a Gerência de Controle de Zoonoses do município, com base no último levantamento feito em 2011, Ponta Grossa tinha perto de 32 mil cães soltos pelas ruas da cidade. Hoje, o número estimado de animais chega a  34 mil.
Atualmente, o canil municipal abriga 25 cães, incluindo os de grande porte, como rottweilers e pitbulls. Um espaço que poderia servir para acomodar mais animais tem sido utilizado para armazenar ração e vacinas. Com a ampliação proposta pelo TAC, o local conseguirá receber até 240 
O diretor de Vigilância em Saúde do município, Carlos Coradassi, explica que o termo apresenta metas para os próximos quatro anos. “É um instrumento importante que vai validar todo o processo de ampliação do canil, mudar a concepção cultural das pessoas em relação à guarda responsável de animais, aos maus tratos e o bem estar animal”, defende.
Além do aumento de castrações e da reforma no canil, o TAC também propõe a criação do Departamento de Maus Tratos em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o recolhimento de cavalos soltos pelas ruas e a contratação de mais funcionários. A fundação de um espaço para adoção e educação sobre bem estar animal também está prevista.
ONGs tentam ajudar
Organizações Não-Governamentais (ONGs) espalhadas pelo município procuram cuidar dos animais abandonados enquanto a reforma no canil não começa. Só o Canil Lar, que fica em uma chácara de Ponta Grossa, abriga 300 cães e 90 gatos.
A responsável pela ONG, Rosélia Vanat, se dedica ao cuidado de cães e gatos há 25 anos. O dinheiro de doações e da aposentadoria militar do marido é que tem mantido o local. “Se eu abandoná-los, serão 300 novos problemas nas ruas da cidade. Estou tentando ajudar, mas também preciso de um pouco de ajuda”, diz.